segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

DE FRAUDE EM FRAUDE E DE “NÃO EM NÃO”: FARSA DA CONSTITUINTE CHILENA PARIU A VELHA CARTA DA DITADURA PINOCHETISTA 

Neste último domingo (17/12) cerca de 13 milhões de chilenos compareceram às urnas, pela segunda vez, para se posicionar a “Favor ou Contra” de um novo texto constitucional chamado para substituir a velha constituição que data da época da ditadura militar de Augusto Pinochet. Esta votação fraudulenta marca a segunda vez que o povo chileno recusa uma mudança constitucional, sem que nunca uma verdadeira constituinte soberana tenha sido convocada pelo governo burguês do neoreformista Gabriel Boric. De fraude em fraude, de “não em não”, a farsa da nova constituição “trucha” pariu a velha carta do regime minha pinochetista. Esse era exatamente o objetivo do “embuste democrático” da burguesia chilena, desviar a ação direta das massas para o terreno das ilusões institucionais em um “capitalismo sustentável”.

O reacionário presidente do Chile, Gabriel Boric, rapidamente se pronunciou sobre o triunfo do “Em contra” na votação sobre a nova constituição, enfatizando cretinamente que com o resultado do plebiscito: "Se encerrará o processo constitucional". Desnudada claramente a manobra para semear ilusões de que uma nova constituição articulada pelas classes dominantes poderia alterar as condições de vida do proletariado chileno, somente os reformistas corrompidos pelo capital financeiro, podem comemorar este lamentável final.

Para entender todo o processo político impulsionado pelo imperialismo para desviar a ação direta das massas com este amálgama de pseudo constituinte, devemos compreender a dimensão mundial da rebelião operária e popular que abalou as estruturas do regime pinochetista em 2019. A rebelião social que durou cerca de 3 meses ininterruptos agrupando milhões nas ruas e paralisando fábricas, ameaçou derrubar não só o regime político, mas o próprio Estado capitalista, inaugurando o que poderia ser a primeira revolução socialista no continente Sul Americano.

A Governança Global do capital financeiro não poderia admitir sofrer uma derrota histórica desta amplitude, logo em um país considerado um dos “berços” do neoliberalismo mais ortodoxos. Pelo “Fator Chile” a própria pandemia farsesca do coronavírus foi antecipada mundialmente, “exportando” o patógeno para nosso continente para criar o terror sanitário do “Isolamento Social”. É bom lembrar para os crédulos na OMS&BIGPHARMA, que apesar de nenhum vírus participar de “Conferências de Cúpula”, o coronavírus esteve “credenciado” no “Event 201” em meados de 2019, onde foram traçados cronogramas para uma contaminação global, e até estava “previsto” que a pandemia chegaria na América vindo da China somente em junho de 2020. Com o terror sanitário decretado e balizado pela esquerda reformista, que passou a fazer apologia do “isolamento Social”, a gigantesca rebelião popular do Chile sofre um duro revés, estabilizando temporariamente assim o regime burguês.

Em novembro de 2019, em pleno curso revolucionário das massas, o então governo da direita e a oposição reformista (atual gerente neoliberal do Estado chileno) pactuaram o “Acordo pela Paz e Nova Constituição“. Já era a o embrião de uma operação criminosa para desviar a rebelião popular da perspectiva de tomada do poder pela via insurrecional. Na sequência de firmarem o “Acordo pela paz e Nova Constituição”, a esquerda reformista e a direita pinochetista passaram a chamar as massas a ficarem isoladas em casa, por conta da orientação dos protocolos anticientíficos da OMS, um braço das corporações imperialistas farmacêuticas que faturaram trilhões de dólares na pandemia.

Para culminar coma “pá de cal” no processo revolucionário, a burguesia conservadora cedeu sua gerência estatal para a esquerda reformista, ou seja, Boric e seus cupinchas “comunistas”, que deu início de fato ao engodo constitucional, que agora se encerra com a “volta dos que nunca foram”… A tarefa dos Marxistas Leninistas passa por reconstruir a organização do movimento operário e popular desde o momento em que foi bloqueado pela farsa da pandemia e pelas cretinas ilusões constitucionais.