terça-feira, 7 de janeiro de 2020

MOBILIZAÇÃO MULTITUDINÁRIA DAS MASSAS NO IRÃ CONTRA O IMPERIALISMO: ENTERRO DE SULEIMAN LEVOU MILHÕES AS RUAS


Entoando palavras de ordem contra o terrorismo do imperialismo ianque, uma verdadeiro “tufão” de milhões de manifestantes, levantando cartazes com o retrato do general Qassem Suleimani, deu seu adeus nesta segunda-feira (06/01) ao comandante militar do Irã assassinado covardemente por ordem do reacionário Trump na semana passada. Carregando bandeiras iranianas, libanesas e iraquianas, milhões de pessoas tomaram as ruas da capital iraniana, e outras cidades do país, se comprometendo a honrar a trajetória do comandante da resistência prosseguindo em seu combate ao terrorismo dos EUA. Para o novo comandante militar da Força Quds, Esmail Qaani, não há outra forma de honrar o exemplo e a trajetória do comandante assassinado senão resistindo à barbárie da agressão. “Seguiremos o caminho do mártir Suleimani com firmeza e resistência e a única compensação para nós será expulsar os Estados Unidos da região”. Durante a homenagem, a filha do general Suleimani, afirmou que o martírio do pai “levará a um despertar no front da resistência aos Estados Unidos”. “O ataque dos norte-americanos”, assinalou a filha do general, “levará dias escuros aos Estados Unidos”. Segundo ela, “o plano maligno do presidente Donald Trump de causar a separação entre o Iraque e o Irã falhou. Trump, louco, não pense que tudo está terminado com esse martírio de meu pai”. As homenagens começaram no sábado (04/01) ainda no Iraque, depois de sair de Bagdá, o corpo passou pelas cidades de Karbala e Najaf, consideradas sagradas pelos muçulmanos xiitas. A mobilização popular lembrou a movimentação das massas que se reuniram em 1989 para o funeral do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, porém os gigantescos atos de hoje conseguiram superar os funerais de Khomeini, revelando a enorme disposição das massas persas e árabes em derrotar a ofensiva anunciada pelo presidente Trump contra os povos do Oriente Médio. Encerrada as homenagens póstumas ao general Suleimani nesta terça-feira, está colocado a organização de uma vigorosa e enérgica resposta política e militar aos carniceiros do Pentágono. Como Marxistas Leninistas não podemos confiar plenamente no regime dos aiatolás, que apesar de seu caráter nacionalista, e pela sua essência de classe burguesa sempre está disposto a encontrar um “compromisso” com o imperialismo, fato que já ocorreu no passado recente do Irã. Entretanto apoiaremos incondicionalmente qualquer ataque da nação oprimida contra o governo imperialista dos EUA. A tarefa dos Bolcheviques neste conflito, onde formamos parte de um campo anti-imperialista, passa por impulsionar a ação independente do proletariado e transformar a guerra em revolução socialista!