terça-feira, 13 de outubro de 2020

MARCHA CONTRA O FMI NA COSTA RICA: MILHARES SAEM ÀS RUAS PARA DERROTAR O PLANO DE AJUSTE NEOLIBERAL IMPOSTO PELO FANTOCHE CARLOS ALVARADO

Centenas de pessoas marcharam pela capital da Costa Rica, nesta segunda-feira (12), para rejeitar que novos impostos sejam incluídos em um acordo que o governo pretende apresentar ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A multidão cruzou a Avenida Segunda de San José para o leste, passando pela sede da Assembleia Legislativa e da Casa Presidencial, com bandeiras da Costa Rica e de vários sindicatos. A maior parte da marcha transcorreu sem incidentes, mas houve confronto quando os manifestantes chegaram à sede da Presidência e tentaram romper o cordão policial. "Chega de impostos", gritavam na mobilização. 

Nesta segunda-feira, além da marcha, foram registrados sete bloqueios de estradas, longe dos mais de 40 pontos de paralisação da semana passada, embora o trânsito pela fronteira com o Panamá em Paso Canoas continue bloqueado, segundo relatório do governo. O presidente neoliberal, Carlos Alvarado, junto com o presidente do Legislativo, Eduardo Cruickshank, anunciaram na noite de domingo o início de um “diálogo nacional” com vistas a impor a ajuste ditado pelo FMI, desatando forte repressão ao protesto.

O líder do maior sindicato da Costa Rica, Albino Vargas, acusou o presidente Carlos Alvarado de ordenar a repressão policial contra os manifestantes que protestaram nesta segunda-feira (12) contra o pacto que está sendo costurado com o Fundo Monetário Internacional. Centenas de pessoas marcharam hoje (12) por San José para demonstrar aversão aos termos de um acordo que o governo pretende apresentar ao FMI. Em troca de um empréstimo do fundo, a administração de Alvarado estaria disposta a adotar medidas de austeridade que desagradam a boa parte da população. Confrontos teriam sido registrados em frente à Casa Presidencial. 

A Costa Rica fechou 2019 com um déficit fiscal de 6% do PIB, mas este ano projeta um forte aumento para pelo menos 9,7% do PIB, como resultado das medidas de contenção da pandemia. Em resumo, o FMI impõe um calendário global e metas de ataque as empresas estatais, aos trabalhadores e suas conquistas sociais via um endividamento por 20 anos para todos os países que supostamente ajudou em meio a pandemia! 

Trata-se da velha receita neoliberal de jogar o ônus da crise nas costas dos trabalhadores, esse é o amargo “remédio” que o imperialismo e suas “agências multilaterais” como o FMI e a OMS vão impor aos países semincoloniais e seus trabalhadores nos próximos anos, um verdadeiro plano de guerra contra o povo pobre!