CIRCO MIDIÁTICO EM TORNO DOS PSEUDO-ASSASSINOS DE MARIELLE E ANDERSON: MÁFIA DA FAMIGLIA MARINHO MATOU A VEREADORA PARA FABRICAR UM ÍCONE INDENTITÁRIO E JOGAR A “BOMBA NO COLO” DE BOLSONARO
As manchetes da TV e dos portais da grande mídia corporativa sob o comando das Organizações Globo não param de noticiar a delação de Élcio Queiroz, um dos acusados de matar a vereadora do PSOL Marielle Franco e Anderson Gomes em março de 2018. O circo midiático em torno do depoimento de Élcio, contanto supostos detalhes de como operou o assassinato junto com Ronie Lessa há 5 anos, caiu como uma luva nos planos da mafiosa Famiglia Marinho, a verdadeira responsável por matar a parlamentar fluminense para fabricar um ícone identitário e ao final desse enredo jogar a “bomba no colo” de Bolsonaro e seu clã. A atual cobertura de um fato requentado tem um nítido caráter distracionista, voltado a favorecer o governo Lula empossado em uma operação política montada pela Casa Branca com o apoio da Globo, no momento em que a gerência burguesa da Frente Ampla completa 6 meses sem apresentar nenhuma conquista para as massas, montando apenas uma cortina de fumaça em torno da venda dos carros “populares” que só beneficiou as grandes montadoras transacionais. Se há cinco anos a Famiglia Marinho forneceu o planejamento estratégico da conveniência conjuntural da eliminação de Marielle a fim de rifar o PT, hoje ela faz esse circo midiático como objetivo de favorecer gestão de Lula, na medida que o velho pelego traidor voltou ao Planalto completamente refém dos donos do verdadeiro poder burguês: as grandes corporações, o rentismo e mídia corporativa que opera politicamente controlando os togados do STF, o parlamento e o próprio governo da Frente Ampla.
Como denunciamos em 2018, o assassinato político de Marielle
foi evidentemente operado por falanges policiais, profissionalizadas em crimes
de maior complexidade. Muito bem executado e de forma bem diferenciada das
execuções praticadas por meras quadrilhas de traficantes de morro em guerra com
seus oponentes. Porém o atentado criminoso não foi “pensado politicamente” por
seus operadores, é uma mais peça da engrenagem golpista que tinha na “Lava Jato”
seu centro logístico e estatal no país, mas que seguiu uma rígida “agenda”
organizada pelos "falcões" de Washington.
Com certeza a criminosa decisão estratégica não partiu dos
sicários milicianos, talvez “bons de mira” mas estupidos assassinos sem nenhum
horizonte político para tomar decisões neste nível de implicações. Como
apontamos no próprio dia da tragédia para todo o movimento popular, o PSOL
deveria tomar a iniciativa de convocar e organizar uma apuração absolutamente
independente, seja da polícia (estadual e federal), do Ministério Público e por
fim do próprio judiciário do Estado Burguês. Essa iniciativa seria a única
garantia possível para chegar na “ponta final” da sinistro assassinato, ou seja, nos verdadeiros mandantes das mortes de Marielle e Anderson. Porém para uma
esquerda completamente degenerada programaticamente e cooptada até a medula
pelas instituições do Estado Burguês, poderia se chegar aos reais culpados
apelando para o Ministério Público de Brasília e seu braço armado a PF, ambos
impregnados com o golpe e o regime de exceção.
Na época o objetivo do assassinato de Marielle retirar do PT da primazia política de uma esquerda que controla os movimentos sociais ainda com um viés da classe trabalhadora (formalmente classista), transferindo esta hegemonia para uma nova esquerda "identitária" e policlassista (como o PSOL).
Hoje, o atual
circo midiático serve para “aliviar a barra” do governo Lula&Alckmin, após a elite burguesa
ter decidido usar o petista (retirando-lhe da prisão pelas mãos do STF) para rifar o bufão neofacista Bolsonaro da presidência, na medida que ele não mais servia a seus interesses, imponto a vitória
da Frente Ampla via a fraude eleitoral eletrônica, entronando a dupla Petucana completamente
subordinada aos ditames da Governança Global do Capital Financeiro.
Em breve, mais particularmente às vésperas das eleições presidenciais de 2026, não temos dúvida que a Famiglia Marinho (cuja "folha corrida" é descrita no Livro "A História Secreta da Rede Globo", de Daniel Herz) vai emparedar ainda mais o clã Bolsonaro, acusando-os diretamente pela morte de Marielle Franco, com o objetivo de escolher um novo gerente estatal que siga fielmente as ordens do grande capital.