domingo, 23 de julho de 2023

ELEIÇÕES ESPANHA: CANDIDATO DA OTAN E APOIADO POR LULA, SOCIAL DEMOCRATA PEDRO SANCHEZ, É DERROTADO NAS URNAS

As eleições parlamentares para as 350 cadeiras da Câmara dos Deputados, que indica o Primeiro-Ministro da Espanha por maioria simples, se encerraram neste domingo (23/07), com uma fragorosa derrota do PSOE, o partido do Social Democrata Pedro Sánchez, que atualmente governa o país sob o rígido controle das rédeas imperialistas da Casa Branca e OTAN. Sanchez recebeu enfático apoio político do Presidente Lula, que durante a semana publicou várias declarações pedindo votos para o PSOE de Sánchez, o “mamulengo” da OTAN que defendeu todas as sanções econômicas dos EUA contra a Rússia e ainda mandou tanques do exército espanhol para combater ao lado do governo neofascista de Zelensky. O PSOE estagnou em 122 deputados, apenas dois a mais do que a atual legislatura e ficou atrás da oposição direitista do PP, que cresceu de 89 para 136. A extrema-direita reunida no Vox despencou de 52 para 33.

Com 8.078.210 votos (32,77%), o PP ampliou sua bancada de 89 para 136 deputados, o PSOE alcançou 7.749.791 votos (31,86%), indo de 120 para 122, o Vox atingiu 3.029.886 votos (12,39%), despencando de 52 para 33 e a coligação reformista do Sumar (ex-Podemos) obteve 3.013.679 votos (12,31%) e 31 cadeiras. A abstenção de 29,6%, foi uma das maiores da história, refletindo o profundo rechaço do proletariado espanhol pelo circo eleitoral da democracia dos ricos.

Em meio à panaceia “democrática“ para desviar a luta das massas, o governo Social Democrata envia um total de 10 tanques Leopard em ajuda militar ao governo neofascista da Ucrânia, seis já foram entregues e quatro estão a caminho da Polónia, conforme prometido e cumprido por Sánchez ao seus amos da OTAN. O Ministério da Defesa espanhol também garantiu que enviou diferentes tipos de munição e armamento. 

Para o líder do reacionário Partido Popular, Alberto Nuñez Feijóo, foi uma vitória amarga pois não conseguiu alcançar a esperada maioria absoluta para formar um outro governo de direita, sem a maquiagem de “esquerda”. O interessante é que no cenário político institucional da Espanha, todo o espectro partidário existente apoia a guerra da OTAN contra a Rússia, da esquerda burguesa até a extrema direita, passando é claro pelos reformistas do antigo Podemos, hoje chamado de Sumar.