quinta-feira, 6 de julho de 2023

REFORMA TRIBUTÁRIA LULOPETISTA EM PLENO ACORDO COM A DIREITA PRIVATISTA: UM PROJETO SOB ENCOMENDA DO RENTISMO FINANCEIRO INTERNACIONAL  

As discussões sobre a reforma tributária se arrastam há anos no Congresso Nacional. Sob a supervisão da equipe econômica neoliberal do “Presidente Pelegão”, o relator do novo projeto da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou no último dia 22 de junho a primeira versão da proposta elaborada em comum acordo entre as oligarquias institucionais dominantes (Planalto, governadores e prefeitos) e o rentismo financeiro internacional que rege de fato o capitalismo semicolonial brasileiro. A malfadada reforma tributária não passa de uma maquiagem mais atualizada a Nova Ordem Mundial do velho regime fiscal brasileiro que penaliza a classe trabalhadora em favor do Estado burguês e dos grandes especuladores financeiros. Em síntese a proposta busca a substituição de dois tributos federais (PIS e Cofins) por uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pela União, e dois outros impostos (ICMS [estadual] e ISS [municipal]) por um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido pelos estados e municípios. Também será criado o Imposto Seletivo em substituição ao IPI. Lula tem apresentado a inciativa de retomar o projeto da reforma tributária como uma iniciativa do seu governo da Frente Ampla para supostamente acabar com a chamada “guerra fiscal”. Entretanto a realidade é bem diferente da demagogia populista, típica do Lulopetismo. A proposta aparentemente “gestada” no gabinete do ministro Fernando Haddad, abraçada pelo “Centrão” e a direita reacionária do Congresso Nacional, tem as “digitais” do Banco Mundial que pretende centralizar ao máximo os recursos estatais, ou seja, a arrecadação fiscal e tributária, para a garantia do pagamento escorchante da Dívida Pública contraída fraudulentamente pelos governos burgueses do país junto à banca financeira internacional.