domingo, 16 de julho de 2023

CÚPULA CELAC-UE: UM INSTRUMENTO DE CHANTAGEM DO IMPERIALISMO EUROPEU E DA OTAN CONTRA OS GOVERNOS SEMICOLONIAIS DA AMÉRICA LATINA E CARIBE

A guerra na Ucrânia-OTAN contra a Rússia vem mobilizando grandes debates entre lideranças internacionais burguesas nas principais cúpulas ao redor do mundo desde o início do conflito. O apoio ou não à OTAN é um dos centros das discussões entre os governos da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e o imperialismo europeu concentrado na União Europeia (UE) durante encontro em Bruxelas, na Bélgica desta semana. Além disso, há forte pressão contra a Venezuela, Cuba e a Nicarágua. Essa cúpula é um claro instrumento de chantagem das potências capitalistas aos países semi-coloniais e seus governos covardes, como Lula, Boric, Petro e Fernandez que se opõem a enfrentar o imperialismo europeu e os EUA.

Assim como os Estados Unidos, os países da UE vêm demonstrando forte apoio à Ucrânia, enviando armamentos e recursos, e também impõem sanções econômicas à Rússia. Simultaneamente, o bloco e os norte-americanos vêm cobrando que outros países do mundo se alinhem a eles e à Kiev em oposição Kremlin, como fazem agora na cúpula da Celac-UE.

Após a guerra e a grande quantidade de sanções aplicadas, a Europa ocidental percebeu que ainda é muito dependente da Rússia em commodities agrícolas e, principalmente, gás. Por isso, vem tentando recuperar sua influência em determinados territórios e fortalecer suas relações com outros países do mundo, dentre eles aqueles que compõem a Celac, para suprir esses recursos, espoliando ainda mais a região.

O acordo de livre comércio Mercosul-UE, em negociação, é um exemplo da tentativa dos europeus de diversificar seus parceiros econômicos com foco na América Latina, buscando aprofundar as relações de troca desiguais que beneficiam as potências capitalistas europeias e os EUA.

É necessário repudiar essa pressão e romper relações com a UE e os EUA para assumir uma posição anti-imperialista diante da guerra da Ucrânia-OTAN contra a Rússia, tarefa que se opõem os governos da centro-esquerda burguesa como Lula, Boric, Fernandez e Petro.