sábado, 8 de julho de 2023

TRAGÉDIA “PROGRAMADA” MATA 14 MORADORES EM PERNAMBUCO: LULA, JADER BARBALHO E RAQUEL LYRA SÃO OS RESPONSÁVEIS 

Na manhã do último 7 de julho, em Paulista, cidade na grande Recife em Pernambuco), 14 trabalhadores foram soterrados após o desabamento de um prédio que estava sendo ocupado por diversas famílias proletárias. As buscas entre os escombros continuam, e duas pessoas já foram resgatadas com vida. É a segunda vez  neste ano em que um prédio ocupado desaba sobre famílias pobres em PE, em uma tragédia “programada” onde os responsáveis diretos são o presidente Lula e seu Ministro das Cidades, Jáder Barbalho, e a governadora do estado, Raquel Lyra. O prédio do Conjunto Beira-Mar havia sido interditado por ordem judicial desde 2010, e as famílias que ali moravam foram expulsas. Ao mesmo tempo em que despejou as famílias do imóvel, a prefeitura na época não ofereceu qualquer alternativa, entre construção de moradias populares ou aluguel social, para que as famílias proletárias pudessem viver dignamente. Diante da falta de moradia, o prédio foi reocupado novamente no ano de 2012, e desde então dezenas de pessoas moravam lá.

Em Pernambuco, mais de 320 mil famílias sofrem com a falta de moradia. A região metropolitana do Recife apresenta um panorama ainda mais grave: um déficit de 130.142 unidades habitacionais. Os dados são da Fundação João Pinheiro (FJP). O estado de Pernambuco também é líder no Nordeste e terceiro estado do Brasil onde existem mais famílias vivendo sob a ameaça de despejo, segundo a Campanha “Despejo Zero”. Em abril deste ano, na cidade de Olinda, também localizada na grande Recife, um prédio interditado desde os anos 2000 desabou em cima de famílias trabalhadoras que ocupavam o local. Seis pessoas morreram e cinco ficaram feridas.

No Brasil, o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do ano de 2022 trouxe à tona uma realidade brutal: enquanto famílias são soterradas por ocuparem prédios precários, a cada 100 habitações no país, 13 estão vagas. São 11,4 milhões de casas e apartamentos vazios no país, o dobro do déficit habitacional. Tal situação agravou-se nos últimos 13 anos, quando, em 2010, o censo anterior de 2010 constatou que a cada 100 imóveis, 9 encontrava-se vazio.

A única alternativa diante da barbárie capitalista que assola os grandes centros urbanos do país, principalmente as famílias proletárias sem emprego, renda e habitação digna,  é a expropriação revolucionária dos monopólios da construção civil e de seus gigantescos empreendimentos imobiliários.