ALTA DO DÓLAR E ESCALADA INFLACIONÁRIA LEVA POUPANÇA INTERNA
A MARCAR O MENOR NÍVEL DOS ÚLTIMOS ANOS: “CULPA” DO BOLSONARO OU É REFLEXO
DIRETO DA CRISE CAPITALISTA MUNDIAL?
Os saques da caderneta de poupança, de janeiro a junho do ano, superaram depósitos em R$ 50,489 bilhões no período. O montante é 40% superior a tudo que foi sacado no ano passado ou R$ 35,469 bilhões. Nos seis primeiros meses deste ano, os saques na poupança somaram R$ 1,808 trilhão. Já os depósitos totalizaram R$ 1,758 trilhão. Este é o maior volume de resgate já registrado na série histórica do Banco Central desde janeiro de 1995. Só em junho, a poupança teve saída líquida de R$ 3,775 bilhões. Os saques somaram R$ 312,369 bilhões, contra R$ 308,613 bilhões de depósitos. O volume total de recursos da poupança em junho foi de R$ 1,013 trilhão.
Com a escalada inflacionária e desemprego elevado, a
caderneta de poupança, o mais importante instrumento da economia popular do
país, vem sofrendo o impacto da queda na renda do trabalhador no governo
Bolsonaro com a disparada da inflação, que em 12 meses até junho atingiu
11,89%. O fenômeno do estancamento das forças produtivas é estrutural e nem
mesmo o artifício financeiro da governança global do capital financeiro(
aquecimento descomunal da Big Pharma e expansão do crédito para os
Estados)gerado pela pandemia global pode reverter este quadro terminal.
A escalada de juros, com a taxa Selic a 13,25% ao ano,
também prejudica a tradicional caderneta de poupança que segue com o rendimento
travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial), perdendo para a inflação e
para outras aplicações de renda fixa. A produção industrial nacional está
praticamente paralisada, sendo transformada em uma plataforma de montagem e
formatação para os produtos importados, inclusive os combustíveis.
Porém diante da profunda crise capitalista mundial, que
abala seriamente as economias periféricas semi-coloniais, a esquerda reformista
domesticada só consegue enxergar a responsabilidade do crash que abala o modo
de produção vigente, nas costas do gerente neofascista tupiniquim, apontando a
substituição eleitoral da atual gestão como sendo a “redenção de todas as
mazelas” do nosso país e a “salvação” do povo pobre e trabalhador…os cretinos
oportunistas da Frente Ampla preparam mais uma derrota histórica para a classe
operária brasileira.