O EURO SUPERADO PELO VELHO DÓLAR PELA PRIMEIRA VEZ NA
HISTÓRIA: “QUEM MUITO SE CURVA ACABA SEMPRE APARECENDO OS FUNDILHOS” …
A moeda euro, um artifício do imperialismo europeu para centralizar suas políticas neoliberais e acabar com a autonomia nacional dos países periféricos do velho continente, caiu abaixo da paridade com o dólar nesta última quarta-feira (13/07) sendo negociado a US$ 0,998 (cerca de R$ 5,37).Embora com leve recuperação nos dias 14 e 15, foi a primeira vez, em 20 anos, desde sua criação, que a moeda europeia fica abaixo do dólar. Esta condição de moeda subvalorizada em relação ao dólar com sua forte queda no mercado cambial, é produto direto da humilhante submissão da União Europeia (UE), em impor sanções ditadas pela Casa Branca à Rússia. Como diz o ditado popular “Quem muito se curva, acaba sempre aparecendo os fundilhos”…
Acompanhando à desvalorização do euro, há também a inflação
mais alta desde que o euro entrou em circulação e ainda uma estagnação
econômica capitalista como resultado da
combinação dos fatores pandemia criada pelo capital financeiro e a crise
energética. Esta última se deve essencialmente às sanções contra a Rússia sob
pretexto do conflito militar que a Otan provocou na Ucrânia.
O euro é a moeda oficial de 19 dos 28 países europeus que
formam a chamada “Zona do Euro”, parte da União Europeia. São eles: Alemanha,
Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia,
França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta
e Portugal. Nesta semana, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia,
Dmitry Medvedev, ao observar a desvalorização do euro, ironizou: “Os europeus
atiraram na própria cabeça com uma pistola de sanções”,frisou o dirigente
russo.
O valor de uma moeda é determinado por vários fatores. Um
deles é a balança comercial, ou seja, as exportações versus importações de um
país ou conjunto de países que adotam um determinado padrão cambial como
equalizador de sua economia. Neste sentido, a crise energética europeia acabou
se tornando um fator decisivo no comportamento da taxa de câmbio das moedas
internacionais. As sanções econômicas do imperialista a Moscou causaram uma
elevação nos preços do petróleo bruto e seus derivados. Por essa razão, a
maioria dos países da União Europeia (UE) teve que pagar mais euros para
comprar gás e energia em outros mercados a preços mais elevados. Em maio, a
Alemanha, maior economia capitalista da UE, registrou uma taxa de inflação
interanual de 7,9%, a mais alta em quase meio século.
O Banco Central Europeu decidiu aumentar as taxas de juros pela primeira vez
em mais de 10 anos, seguindo o padrão do chefe ianque que adotou a mesma medida
no FED, o que significa que os problemas de estagflação (estagnação combinada
com inflação) podem estar longe de serem resolvidos. A crise capitalista
mundial inicia uma etapa de profunda turbulência, a disputa pelos mercados
nacionais vai levar ao surgimento de novas guerras promovidas pelo
imperialismo. Os Marxistas Leninistas devem aproveitar este período do crash
econômico, tomando a posição justa no combate militar à ofensiva ianque, assim
como semana agitando a bandeira da revolução socialista, descartada pelos
cretinos da esquerda domesticada pelo capital financeiro.