domingo, 17 de julho de 2022

O EURO SUPERADO PELO VELHO DÓLAR PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA: “QUEM MUITO SE CURVA ACABA SEMPRE APARECENDO OS FUNDILHOS” …

A moeda euro, um artifício do imperialismo europeu para centralizar suas políticas neoliberais e acabar com a autonomia nacional dos países periféricos do velho continente, caiu abaixo da paridade com o dólar nesta última quarta-feira (13/07) sendo negociado a US$ 0,998 (cerca de R$ 5,37).Embora com leve recuperação nos dias 14 e 15, foi a primeira vez, em 20 anos, desde sua criação,  que a moeda europeia fica abaixo do dólar. Esta condição de moeda subvalorizada em relação ao dólar com sua forte queda no mercado cambial, é produto direto da humilhante submissão da União Europeia (UE), em impor sanções ditadas pela Casa Branca à Rússia. Como diz o ditado popular “Quem muito se curva, acaba sempre aparecendo os fundilhos”…

Acompanhando à desvalorização do euro, há também a inflação mais alta desde que o euro entrou em circulação e ainda uma estagnação econômica capitalista  como resultado da combinação dos fatores pandemia criada pelo capital financeiro e a crise energética. Esta última se deve essencialmente às sanções contra a Rússia sob pretexto do conflito militar que a Otan provocou na Ucrânia.

O euro é a moeda oficial de 19 dos 28 países europeus que formam a chamada “Zona do Euro”, parte da União Europeia. São eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta e Portugal. Nesta semana, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, ao observar a desvalorização do euro, ironizou: “Os europeus atiraram na própria cabeça com uma pistola de sanções”,frisou o dirigente russo.

O valor de uma moeda é determinado por vários fatores. Um deles é a balança comercial, ou seja, as exportações versus importações de um país ou conjunto de países que adotam um determinado padrão cambial como equalizador de sua economia. Neste sentido, a crise energética europeia acabou se tornando um fator decisivo no comportamento da taxa de câmbio das moedas internacionais. As sanções econômicas do imperialista a Moscou causaram uma elevação nos preços do petróleo bruto e seus derivados. Por essa razão, a maioria dos países da União Europeia (UE) teve que pagar mais euros para comprar gás e energia em outros mercados a preços mais elevados. Em maio, a Alemanha, maior economia capitalista da UE, registrou uma taxa de inflação interanual de 7,9%, a mais alta em quase meio século.

O Banco Central Europeu decidiu  aumentar as taxas de juros pela primeira vez em mais de 10 anos, seguindo o padrão do chefe ianque que adotou a mesma medida no FED, o que significa que os problemas de estagflação (estagnação combinada com inflação) podem estar longe de serem resolvidos. A crise capitalista mundial inicia uma etapa de profunda turbulência, a disputa pelos mercados nacionais vai levar ao surgimento de novas guerras promovidas pelo imperialismo. Os Marxistas Leninistas devem aproveitar este período do crash econômico, tomando a posição justa no combate militar à ofensiva ianque, assim como semana agitando a bandeira da revolução socialista, descartada pelos cretinos da esquerda domesticada pelo capital financeiro.