sexta-feira, 10 de abril de 2020

ABAIXO O BLOQUEIO COMERCIAL E AS SANÇÕES ECONÔMICAS CONTRA CUBA: PARA DERROTAR O CORONAVÍRUS É PRECISO LUTAR CONTRA O IMPERIALISMO IANQUE!


Enquanto uma equipe de médicos e técnicos de saúde cubanos instalava hospitais de campo na região da Lombardia, no norte da Itália, para tratar milhares de italianos infectados com Covid-19 no final de março, o Departamento de Estado ianque emitiu um alerta absurdo, via Twitter, contra a aceitação da ajuda cubana. Os países que buscam a ajuda de Cuba para o Covid-19 devem submeter os acordos a um exame minucioso e pôr fim aos abusos trabalhistas, dizia a mensagem, e garantiram que as missões médicas internacionais cubanas têm a única intenção de compensar o dinheiro perdido durante o ano. Por fim, quando países como o Brasil e a Bolívia expulsaram milhares de médicos cubanos ... uma decisão que chegou a custar caro a eles agora que o coronavírus está em expansão. Não importa que membros da equipe médica cubana na Itália estejam arriscando suas próprias vidas para salvar as vidas dos cidadãos de outras nações capitalistas. Nesse momento terrível, os esforços punitivos de Washington para cercar o Estado operário cubano são uma evidência da política nefasta do imperialismo ianque, por isso é tarefa dos revolucionários lutar e exigir pelo fim imediato do bloqueio e das sanções dos EUA contra Cuba, que comprometem seriamente os esforços cubanos para proteger seus próprios cidadãos e levar serviços médicos a muitos outros países. Como todas as nações do planeta, Cuba luta para conter a propagação do vírus. O governo fechou escolas e hotéis, além das fronteiras do país. Mas, diferentemente da maioria dos países, a capacidade de Cuba de lidar com a pandemia é reduzida por severas sanções norte-americanas. O embargo comercial de quase seis décadas continua a obstruir sua capacidade de exportar e importar materiais necessários de países como o México. Entre outras medidas punitivas, o governo Trump penalizou as empresas de transporte estrangeiro que transportam carga de outros países para Cuba, impedindo o fluxo comercial essencial para as necessidades diárias dos cubanos. De fato, um carregamento recente de suprimentos médicos da China foi colocado em risco quando a transportadora dos EUA, citando restrições ao embargo, se recusou a entregar os materiais a Cuba. Como Trotskystas não podemos rejeitar possíveis manobras diplomáticas de um Estado Operário no contexto de um mundo hegemonizado pelo capital financeiro, reconhecemos o direito de Cuba exigir o fim do criminoso bloqueio comercial, porém não somos “ingênuos” ao ponto de desconsiderar os objetivos estratégicos do imperialismo ianque. 


Como nos ensinou Lenin que pessoalmente em sua época celebrou vários acordos comerciais com o imperialismo europeu, é necessário aproveitar as fissuras da crise imperialista sem “baixar a guarda” de uma política que convoque permanentemente a mobilização do proletariado mundial contra a atual ofensiva neoliberal contra os povos. Nesta perspectiva revolucionária não podemos confiar plenamente na burocracia Castrista, que busca conservar o atual regime estatal cada vez mais sob as bases de concessões econômicas e políticas. Frente a esta disjuntiva histórica, está colocado a construção do genuíno Partido Operário Revolucionário na Ilha com o objetivo de avançar nas conquistas sociais e do chamado a expropriação da burguesia mundial, se opondo a política de colaboração de classes das direções reformistas, rompendo desta forma o isolamento de Cuba por meio da vitória da revolução proletária em outros recantos do planeta!