sexta-feira, 17 de abril de 2020

BEZOS, UM DOS INVESTIDORES DA BLACKROCK: PURA SORTE PARA GANHAR COM A PANDEMIA?



Na última quarta-feira (15/04) no cassino de Wall Street, as ações da Amazon subiram para U$ 2.333,17, um recorde diário para a gigante do comércio eletrônico, em plena pandemia do coronavírus. O “CEO”, proprietário e fundador da empresa, Jeff Bezos, considerado o número 1 na lista das pessoas mais ricas do mundo, de acordo com a agência Bloomberg, conseguiu aumentar sua fortuna em 24 bilhões de dólares somente nos três primeiros meses deste ano, alcançando uma fortuna de cerca de 140 bilhões dólares. Com os consumidores impossibilitados de sair de casa, o aumento no mercado da demanda domiciliar é tal que a Amazon solicitou a contratação de mais 75.000 funcionários para enfrentar a quantidade de trabalho de armazém e logística do truste imperialista. Bezos e muitos dos seus colegas bilionários do “Clube de Bilderbeg” viram suas fortunas dobrarem nas últimas semanas, ajudados pelo impulso financeiro dado aos mercados por esforços sem precedentes de estímulo por parte de governos capitalistas e bancos centrais. Embora o patrimônio líquido combinado das 500 pessoas mais ricas do mundo tenha caído US$ 553 bilhões este ano, produto da crise capitalista de superprodução bem anterior a pandemia, Bezos subiu seu capital em mais de 20%, segundo o insuspeito Bloomberg Billionaires Index. Mas nem todos os grandes capitalistas globais tiveram a “sorte” de Bezos, muitos na indústria de petróleo e gás por exemplo foram atingidos pelo colapso dos preços do petróleo, este é o caso do megaempresário do setor Harold Hamm, cuja fortuna caiu 64%, para US $ 3,7 bilhões. 

Em meio a ofensiva de acusações da Casa Branca sobre a origem do coronavírus, que de uma hora para outra mudou a versão de seus “cientistas”, de vírus de origem natural para modificado em um laboratório... em Wuhan na China. Para os Marxistas Leninistas a questão do agravamento da crise econômica capitalista e o surgimento da pandemia sempre estiveram intimamente ligadas, para muito além de uma mera coincidência. O fato de estar em pleno curso uma guerra híbrida do imperialismo ianque contra a China, e a epidemia do coronavírus ter “estourado” neste país também está bem distante de outra coincidência. Porém a China, com sua planificação central, herança do Estado Operário, logo debelou a pandemia com poucos mortos, mas a um custo muito alto para sua economia, que teve neste primeiro trimestre um forte recuo não visto há mais de 40 anos, desde o período de Mao Tsé-Tung. 

O fato de termos iniciado este artigo citando Bezos, linkando o aumento de sua fortuna com a origem do coronavírus também não é aleatório, muito pelo contrário. Entretanto foi exatamente nos EUA, que a pandemia atingiu o ápice de contaminados e mortos, um número até momento igual de óbitos a Itália e Espanha juntos. Esta situação caótica, com imagens de valas comuns em Nova York, aparentemente excluiría as suspeitas de manipulação do vírus pelos EUA, supostamente a principal “vítima”, recolocando no governo chinês do Partido Comunista a suspeição da autoria criminosa. Mas como diz um refrão neoliberal: “siga o dinheiro e encontrará o responsável”, e logo verificamos que os verdadeiros “beneficiários” econômicos da crise da pandemia estão no território ianque e não na Ásia ou Europa. É verdade que os mortos da pandemia mundial estão em grande número nos EUA, mas são na sua esmagadora maioria velhos, pobres, negros e imigrantes sem acesso à saúde privada, ou seja, considerados pela elite eugenista do imperialismo, subcidadãos descartáveis. Na outra ponta da pandemia estão Bezos, a Blackrock e os barões do capital financeiro que “paparam” do FED por conta da crise alguns trilhões de dólares. Voltamos então a pergunta que estamos “martelando” no Blog da LBI: Quem realmente ganhou com a pandemia do coronavírus? Será que o laboratório que alterou a estrutura genética do vírus (hoje a maioria dos cientistas já reconhecem que o patógeno foi modificado pelo homem, ainda que não se saibam em que laboratório) fica mesmo em Wuhan?