terça-feira, 7 de abril de 2020

“DEFENDER EUROPE 2020” EM MARCHA: PENTÁGONO MANTÉM “SIMULAÇÃO” DE MEGA-EXERCÍCIO MILITAR DA OTAN CONTRA A RÚSSIA E A CHINA DURANTE A PANDEMIA, ESTIMULANDO O FECHAMENTO GLOBAL DOS REGIMES POLÍTICOS BURGUESES


A OTAN, em parceria com a União Europeia, manteve o essencial das manobras militares chamadas de “Defender Europe 2020”, apenas reduzindo o número de soldados devido a pandemia de Coronavírus. O objetivo da operação militar é a simulação de um cerco à Rússia e a China, além da ocupação de várias cidades europeias. Registre-se que essa movimentação ocorre no marco do fechamento global dos regimes políticos tendo como pretexto a escalada viral. O Pentágono anunciou que reduziu o “tamanho e o escopo” de sua participação nos exercícios bélicos que vem sendo executada, perdurando até o mês de maio. Segundo o site do Exército dos EUA na Europa “O objetivo do ‘Defender-Europe 2020’ é criar prontidão estratégica, empregando uma força credível de combate na Europa em apoio à OTAN e à Estratégia de Defesa Nacional dos EUA. Esse esforço exerceu a capacidade do Exército de coordenar movimentos de larga escala com aliados e parceiros. Desde janeiro, o Exército enviou aproximadamente 6.000 soldados dos Estados Unidos para a Europa, incluindo um quartel-general da divisão e uma equipe de combate de brigada blindada. A empresa transportou aproximadamente 9.000 veículos e equipamentos dos estoques pré-posicionados pelo Exército e aproximadamente 3.000 equipamentos por via marítima dos Estados Unidos. E, em coordenação com aliados e parceiros, também concluiu a movimentação de soldados e equipamentos de vários portos para áreas de treinamento na Alemanha e na Polônia. Ainda há muitos detalhes sendo trabalhados e discutidos com nossos aliados e parceiros. Preveem-se mudanças nos cronogramas de implantação de soldados atualmente na Europa, na reimplantação de equipamentos baseados nos EUA. Continuaremos a fornecer atualizações à medida que detalhes estiverem disponíveis sobre esses ajustes.”. Parte dos 20.000 soldados americanos, que deveriam formar a espinha dorsal do maciço treinamento de 37.000 soldados envolvendo forças de 18 Estados-membros da OTAN, já estão na Europa desde março, fora o contingente de suas bases instaladas no velho mundo e nas antigas repúblicas soviéticas. O Comando Europeu dos EUA evitou cuidadosamente especificar o número de soldados que participariam do exercício reduzido, dizendo que “muitos detalhes ainda estão sendo trabalhados e discutidos com nossos aliados e parceiros”. No entanto, expressou esperança de que pelo menos “a equipe de combate de brigada blindada já enviada para a Europa realize artilharia e outros eventos de treinamento combinado com os aliados, como parte de um exercício modificado do Espírito Aliado”. O Pentágono reafirmou seu compromisso sem precedentes com “alianças e parcerias” e se vangloria de 6.000 soldados e 3.000 equipamentos militares já transferidos para a Europa antes da declaração de Pandemia pela OMS. 


Inicialmente, esperava-se que o “Defender Europe 2020” fosse o maior exercício da OTAN em 25 anos, com a maior parte dos exercícios programados para abril e maio. O treinamento tem a participação e base em sete países europeus - Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia. País mais afetado na Europa pela Covid-19, a Itália sediou recentemente o exercício de guerra submarina “Dynamic Manta” da OTAN. Note-se que os EUA, que proibiram a entrada de cidadãos oriundos da Europa no seu território (menos a Grã-Bretanha), deslocaram para a Europa milhares de soldados, meios e materiais, exigindo a abertura de fronteiras para as operações militares e transporte de mercadorias. O objetivo foi enviar de tropas ianques para a Europa, além de simular uma resposta militar a uma possível agressão em larga escala, obviamente contra a Rússia e a China. Os exercícios foram duramente criticados por Moscou, que os chamou de provocadores. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, lamentou a manutenção dos exercícios militares da OTAN, ainda que reduzidos em plena pandemia! Alertamos que se um governo pode levar o exército para as ruas por “medidas sanitárias”, este também pode impor a censura típica de qualquer guerra, embora não precise mais impor por “decreto político”, pois é para isso que as corporações midiáticas entraram em cena para criar o pânico mundial, enquanto os mercados desabam e a produção industrial é drasticamente reduzida. A Pandemia está servindo como treinamento, um verdadeiro “balão de ensaio”, para um recrudescimento global dos regimes, não por acaso o Pentágono manteve o “Defender Europe 2020” testando a capacidade de reação das massas e das nações adversárias como a Rússia e a China diante do novo quadro de correlação de forças mundiais.