terça-feira, 21 de abril de 2020

IMPERIALISMO “RESGATA” ATÉ PERDA DOS BANCOS: NÃO MORRERÃO DE COVID-19...


A forte queda na cotação do preço do petróleo “abalou” o mercado financeiro com a possibilidade da quebra de algumas gigantes transnacionais do setor, o que poderá resultar "um choque de crédito sem precedentes" em todo o mundo, alerta a agência de classificação de risco Moody’s em um relatório divulgado nesta manhã de terça-feira (21/04). A situação do petróleo afeta todos os setores da economia, a Moody's afirma que o fluxo bancário será bastante reduzido e as provisões para grandes empréstimos em atraso aumentarão, necessitando portanto o de um vultuoso “resgate financeiro” por parte do FED para cobrir os prejuízos. No entanto, a Moody’s considera que a crise do petróleo terá um impacto nos resultados da produção e não no capital financeiro que permanecerá "intacto" após melhorar substancialmente sua acumulação desde o crash de 2008. A rentabilidade dos bancos de investimento nos Estados Unidos é mais sensível à situação de crise do que a de seus concorrentes europeus, que não contam com cobertura do FED. A perda de receita do setor bancário será mais pronunciada nas atividades do gerenciamento de ativos e patrimônio, atuação típica dos bancos que atuam no “varejo.” As baixas taxas de juros que prevaleceram na Europa nos últimos anos e chegaram aos Estados Unidos desde o ano passado e agora tendem a tornarem-se negativadas. Bancos mais diversificados, como os oligopólios financeiros ianques acreditam que estão melhor preparados para resistir ao aumento da inadimplência e à queda nos negócios devido à recessão econômica e ao rápido aumento do desemprego. O Citibank seria na avaliação do Moody’s o banco mais atingido pelas falências e inadimplência, mas as perdas de sua carteira de empréstimos seriam absorvidas por um resgate bilionário do FED,  comprando títulos podres sem limites de risco. A economia capitalista dos países imperialistas vem operando na pandemia como um cenário que já tinham projetado para a profunda recessão que se avizinhava, só que agora de forma exponencial...os seus bancos centrais “despejando trilhões de helicópteros” no resgate dos monopólios financeiros.