sexta-feira, 10 de abril de 2020

PREÇO DAS COMMODITIES CAI NO MERCADO INTERNACIONAL: MAS NA PONTA FINAL DO CONSUMIDOR BRASILEIRO CONSEGUIU SUBIR...


O aumento dos preços dos alimentos que compõe a cesta básica do brasileiro começa a ser constatado como prática abusiva e especulativa em meio à crise da pandemia do coronavírus. A falta de uma regulação nacional que proteja os consumidores durante a quarentena, em especial os desempregados e trabalhadores sem renda, estimulou o aumento de preços que, para alguns itens, chega a 70%, em uma verdadeira ação genocida por parte dos grandes atacadistas que controlam o mercado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi divulgado nesta quinta-feira (09/04)pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando que o grupo que compõe Alimentos e Bebidas sofreu alta de 1,13% no mês passado, embora o resultado geral do índice que mede a inflação oficial do país tenha sido de variação de 0,07%, a menor desde 1994. O IPCA identificou que as pessoas estão pagando mais caro nos supermercados por produtos como ovo de galinha (+4,67%), a batata-inglesa (+8,16%), o tomate (+15,74%), a cebola (+20,31%) e a cenoura (+20,39%).Uma pesquisa anterior da Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou que a maior parte dos itens da cesta básica sofreu reajuste médio de 1,64% apenas na última semana de março, mostrando que fornecedores e supermercadistas estão praticando as leis do “livre mercado”, enquanto a situação do país, em especial dos trabalhadores e desempregados, requer uma intervenção estatal emergencial para garantir que a população mais pobre consiga se alimentar. De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (APAS), os produtos que mais apresentaram elevação nos preços desde o início das medidas de distanciamento social foram itens básicos, cujo reajuste chega a 70%. Foram observadas altas de até 75,5% para o feijão, 73,5% para o arroz e 40% para o leite.Os supermercadistas estão transferindo a responsabilidade pelo aumento dos preços aos produtores e afirmam que estão unindo esforços para denunciar as práticas abusivas que não estejam relacionadas à safra ou desabastecimento.Uma falácia descarada destes trustes monopolistas que investiram pesado para “fechar” o mercado, quebrando os pequenos comerciantes. Inutilmente o Procon de São Paulo notificou produtores e grandes distribuidores para comparar a diferença dos preços dos alimentos que chegam à população. Porém sabemos muito bem que se trata de uma medida inócua, dos governos burgueses para acobertar o lucro criminoso das redes de supermercados, quase todos pertencentes a grupos transnacionais, como Extra, Carrefour, Pão de Açúcar, Wall Mart, etc..Somente a expropriação destas empresas poderá garantir a sobrevivência do nosso povo oprimido e espoliado pela maior crise capitalista mundial desde o crash financeiro da Bolsa de Valores em 1929.