quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

DOCENTE RAQUEL VARELA FAZ GRAVE DENÚNCIA DESDE PORTUGAL: PROFESSORES E ESTUDANTES SUBMETIDOS AO FRIO DE 4 GRAUS EM SALAS DE AULA COM JANELAS ABERTAS SEM DIREITO DE LIGAR O AQUECIMENTO PROVOCANDO AUMENTO NOS CASOS DE PNEUMONIA 

A professora universitária, investigadora e historiadora portuguesa Raquel Varela, colunista do Esquerda On Line (direto de Lisboa), portal do grupo Resistência (PSOL), fez uma grave denuncia em sua publicação no Facebook de ontem, dia 6 de Janeiro. Raquel afirma que “As escolas estão com as salas de aula de portas e janelas abertas com 4 graus. Os alunos estão de mantas, a tremer. Em risco de apanharem pneumonias e outras doenças. Estive em aulas na Alemanha e Suíça com 10 graus ou 15 estavam as salas fechadas com aquecimento a 24 graus, apesar do confinamento. Atingiu-se um estado de completa insanidade. Dizem que é a DGS que obriga a, seja qual for a temperatura, ter janelas abertas - a ser verdade já não há palavras que descrevam o absurdo. É evidente que a saúde de 1 milhão de professores e alunos está em causa - parados horas com estas temperaturas. Perdeu-se toda a razão e sentido de realidade”. Não resta a menor dúvida que as medidas irracionais impostas em Portugal pelo terror sanitário ditado pela OMS e adotadas pelos governos burgueses (como o do PS de António Costa), corretamente denunciadas por Raquel Varela não tem nenhuma base científica e, muito menos, estão voltadas a “salvar vidas”, pelo contrário, como alerta a professora e experiente militante provocará certamente graves doenças, como a pneumonia, entre os trabalhadores da educação e os alunos!

Na postagem de seu blog intitulada “Números da Covid-19” (05.01) a professora alerta sobre a manipulação estatística em torno dos dados da pandemia em Portugal e declara “Tenho sido muito crítica da forma como os números da COVID são apresentados. A ideia de que se pode fazer estatística em bruto sem conhecer as variáveis sociológicas e históricas caiu por terra nestes meses. As urgências estão cheias mas... menos do que no ano passado. O Covid é responsável por menos de metade do excesso de mortalidade e ainda menos porque as gripes normais ‘desapareceram’ das estatísticas”. 

Como alertamos várias vezes, a gripe está sendo rebatizada de Covid nas estatísticas mundiais pelos governos burgueses para inflar os números de contaminados, manter o terror sanitário e impor medidas repressivas contra os trabalhadores, que atacam as liberdades democráticas. 

Pode haver um grande número de casos de gripe incluídos na categoria ‘suspeita de covid’ de pessoas que apresentam sintomas de covid (com os quais os sintomas da gripe podem ser confundidos), mas não são comprovados para RNA de Sars. Esses pacientes também podem ter algum RNA de Sars em seu nariz durante a infecção com a gripe, caso em que isso iria ‘confirmar’ que a gripe está sendo falsamente rotulada como Covid. 

Na sua postagem de 2 de Janeiro (“Mortalidade não Covid é mais de metade”), Raquel Varela analisa detalhadamente dados da letalidade da Covid em Portugal: “Chegaram hoje aos jornais os dados do excesso de mortalidade em Portugal. Aconteceu o que previmos há meses. Mais de metade do excesso de mortalidade não é de Covid, é de falta de assistência na saúde. Os que conhecemos a sociologia do país e o SNS, e a assistência privada, sabíamos que este seria o resultado. Não argumentem por isso que as medidas do Covid estavam todas bem, ‘só faltou assistência aos outros’. Porque isso é inaceitável, é prosseguir no erro. Não se pode ter sol na eira e chuva no nabal. O que se fez ia dar este resultado previsível (que previmos) porque se bloqueou o acesso ao SNS, a maioria não têm nem podem pagar seguros privados, e se fez uma campanha que promove o terror e o medo”.

No artigo de seu Blog “Crianças e Pandemia” (01.01), a professora e historiadora alerta sobre os efeitos nocivos o uso de máscara sem levar em conta situações muito específicas: “Ontem em conversa com uma amiga, doutorada em neuro-psicologia e psicóloga num hospital público português (e também a dar consultas no sector privado) perguntei-lhe o que ela tinha notado estes meses na sua prática clínica. A resposta foi ‘muito mais perturbações de ansiedade e um aumento dos casos graves de dependência de tecnologias’. Muitos têm-me questionado sobre o uso de máscaras. Seria eu contra o seu uso? Não sou contra. Sempre fui a favor, mesmo quando a DGS dizia que não eram necessárias… Sou a favor nos profissionais de saúde que lidam com os doentes (e não são, nem podem ser, estas máscaras que as pessoas usam na rua porque essas não protegem das partículas ínfimas do vírus), e nas pessoas com sintomatologia”. 

Raquel Varela no mesmo texto segue sua justa denúncia: “Por estes dias saiu no British Medical Journal um estudo sobre transmissão em assintomáticos e vários outros com dados – a taxa de transmissão de um doente assintomático para uma pessoa que fique muito doente é, segundo dados recentes, inferior a 0,002%. Para quem sabe de estatística, mesmo que fosse um pouco superior o resultado pouco difere. Como aliás, e a própria DGS defendia ao início, não há evidência que com estes valores o uso de máscara na comunidade por pessoas que se sentem bem tenha relevância estatística no contágio da doença. Ou seja, só se transmite a doença quando se tem sintomas (quantos médicos e cientistas não o disseram por meses, deve usar-se se se tem febre, tosse etc!) e, raramente, daí o valor, há transmissão em pré-sintomáticos”

Varela ainda pontua no artigo em questão sobre as regras e efeitos do chamado isolamento social: “Mandar crianças para a escola todos os dias sem ver a cara dos colegas, dos professores, foi e é uma violência. O que se devia ter feito era garantir que quem tem qualquer sintoma, mesmo que ligeiro, fica em casa. Não é colocar máscaras em todos. Não há uma imediata relação de causa-efeito entre uso de máscaras e perturbação de ansiedade. Mas há fortes hipóteses de que a dessocialização que se impôs às crianças e aos jovens, em idade de namorar, fazer amigos e formar identidade, de obrigá-los a usar máscaras estando saudáveis, fecho de actividades desportivas colectivas, proibição de festas e encontros, tragam-lhes terríveis consequências psíquicas. Para 2021 fica, das inúmeras reflexões a ser realizadas, a facilidade com que uma sociedade de adultos penalizou deste modo brutal os mais novos. Admito que se vivem com idosos de risco deve-se ter medidas com os jovens; que professores de alto risco deviam ter direito a baixa com salário completo. O que se fez foi o caminho mais fácil – deixar que quem não tem voz (crianças e jovens) assuma a incapacidade dos adultos em tomar decisões baseadas no bem estar da pessoa humana”. 

Sempre pontuamos que o uso de máscaras em locais públicos é obrigatório na grande maioria dos países há meses do estabelecimento da pandemia. A orientação foi dada pela cúpula da OMS, logo após mudar a posição inicial contrária a obrigatoriedade das máscaras para a população em geral. As máscaras cirúrgicas foram recomendadas, segundo seus mais especializados fabricantes para conter e proteger pessoas debilitadas e pessoal de saúde da contaminação de bactérias, muito mais “pesadas” do que os patógenos aerosólicos, como o coronavírus. A “3M” uma das maiores fabricantes de máscaras, adverte que seu melhor produto, a N95, não é capaz de bloquear a entrada de vírus no sistema respiratório humano, além de afirmar que as máscaras devem ser trocadas no máximo a cada duas horas, sob pena de perderem totalmente sua eficiência. Porém o uso contínuo e massivo por milhões e milhões de pessoas no mundo, de máscaras de qualquer tipo e sem o menor critério higiênico (a orientação atual é simplesmente usar uma máscara sem nenhuma outra recomendação) coloca em xeque a recomendação atual da OMS, reproduzida religiosamente pela mídia corporativa como a “verdadeira ciência”. 

As máscaras em geral não foram projetadas para uso contínuo da população, que obviamente não tem a menor condição de adquirir uma máscara “N95” (já muito limitada para impedir a aspiração de vírus) e tampouco trocá-la a cada duas horas. A propaganda oficial afirmando que qualquer tipo de máscara evita as gotículas visíveis, é uma meia verdade, já que as viroses não são apenas transmitidas por gotículas, mas sim pela contaminação do ar ambiente. A consequência da nova regra imposta é óbvia para a maioria dos cientistas mais rigorosos: o vírus continua a se espalhar, apesar da imposição generalizada de máscaras. Porém a questão é muito mais grave, não é apenas que as máscaras sejam quase inúteis, mas acabam causando o que deveriam prevenir: a maior propagação de vírus, em função da cultura de vírus e bactérias que possam acumular em seu bojo. Imaginem que a maioria esmagadora da população mundial, trabalhadores formais e informais, tem que passar o dia todo com a mesma máscara de pano, obviamente não tem condições de adquirir uma máscara cirúrgica da 3M e tampouco substituí-la a cada duas horas. 

Lembremos que Raquel Varela é historiadora, investigadora e professora universitária. É especialista em história do trabalho, condições de trabalho, movimento operário e história europeia do século XX. É autora de 32 livros e militante socialista de longa data. Não por acaso ela caracteriza o Teletrabalho que os professores e os trabalhadores em geral estão sendo obrigados a fazer como “uma contrarrevolução que transforma o lar em uma tortura”. Com base nos seus estudos ela alerta que “Não chamaria de revolução trabalhista, mas de contrarrevolução, porque a gestão do teletrabalho é dramática. Quando mais precisávamos de trabalho coletivo, em equipe, criativo … Estamos devolvendo as pessoas às suas casas, transformando trabalhar em uma casa aconchegante, mas nossa casa aconchegante é uma tortura para o trabalho. A fronteira pública e privada desaparece e a demanda por trabalho se intensifica. O que acontece com o teletrabalho é uma intensificação dos lucros das empresas, pois reduzem os custos imediatos e invadem a casa das pessoas”, lamenta em entrevista. 

As conceituadas análises que vem sendo elaboradas por Raquel Varela tem sido de grande validade para auxiliar a denúncia da manipulação política, midiática e estatística em torno da pandemia do Covid-19 por parte da grande imprensa burguesa e dos governos capitalistas. Pena que o portal Esquerda On Line no Brasil não às reproduzam, talvez porque suas postagens e artigos sobre a pandemia se chocam abertamente com as posições de Valério Arcary, dirigente da Resistência (PSOL) que defende, como o restante da esquerda domesticada, seguir cegamente as medidas ditadas pela OMS, órgão imperialista controlado pela Big Pharma via a Fundação Gates. 

Na contramão dessa subserviência, como professores e militantes classistas que estamos sendo pressionados a voltar as aulas neste começo de ano de 2021, sem as mínimas condições sanitárias, com arrocho salarial e em meio ao terror sanitário imposto pela grande mídia e os governos burgueses, vamos lutar pela via da ação direta para derrotar as medidas anticientíficas e a política do medo coletivo que estão sendo ditadas pelas administrações capitalistas a serviço da Big Pharma, como bem pontua a professora Raquel Varela!

OPOSIÇÃO DE LUTA DOS PROFESSORES NÚCLEO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DA LBI