6 ANOS DO ATAQUE TERRORISTA AO JORNAL CHARLIE HEBDO: UM ATENTADO ORGANIZADO PELA CIA E MOSSAD SOB ENCOMENDA DA EXTREMA DIREITA FRANCESA
A ação terrorista ocorrida no dia 7 de janeiro de 2015 em Paris há exatos 6 anos, levando a morte 12 pessoas em sua maioria colaboradores do jornal satírico Charlie Hebdo e de um policial, foi “debitada” na conta de grupos “radicais” islâmicos em função das constantes provocações realizadas pelo periódico contra a cultura árabe e muçulmana. No primeiro momento pareceu tudo se “encaixar”, já que o jornal vinha sendo alvo de constantes ameaças promovidas por uma ampla gama de organizações fundamentalistas. Porém sob uma análise mais criteriosa dos trágicos fatos ocorridos na “operação militar” de fuzilamento das vítimas podemos aferir que a “metodologia” empregada se assemelhou muito mais a forma de atuar de grupos treinados pelo Mossad israelense do que propriamente a de células islâmicas “infiltradas” na Europa ou nos EUA.
Isto sem falar no “oportuno” momento político para desencadear uma frenética campanha islamofóbica, em meio à maior crise vivida pelo então governo social- democrata (neoliberal até a medula) de François Hollande.
A população de Paris saiu às ruas para manifestar a
solidariedade aos jornalistas ameaçados e aos familiares dos mortos, mas no
curso desta justa reação popular já se desencadeia uma verdadeira “caça às
bruxas” contra a esquerda revolucionária que vem corajosamente defendendo os
parcos direitos civis ameaçados dos imigrantes árabes, além de criticar
duramente a postura política provocadora do jornal Charlie Hebdo. Naquele
momento o reacionário presidente francês chamou a “União Nacional contra o
terror” e a Frente Nacional convocou “mão dura” da repressão estatal contra
tudo que pudesse se assemelhar com o “Mundo Árabe”. Como Marxistas
Revolucionários condenamos qualquer ação militar de grupos extremistas
muçulmanos que não estejam diretamente focadas em alvos imperialistas, este sim
o maior centro terrorista que a humanidade já conheceu.
Ao mesmo tempo que alertamos que as evidências apontavam
para a responsabilidade direta do gendarme sionista nesta operação contra a
sede do jornal Charlie Hebdo. Chamamos naqueles dias a mobilizar a classe
operária na busca dos verdadeiros responsáveis pela chacina de Paris, tendo
como norte a solidariedade política integral com todos os movimentos palestinos
e árabes que combatem o imperialismo e seu aliados sionistas em todo o mundo. A
“comoção nacional” criada na França após o atentado foi muito bem usada pela
extrema-direita nativa em clara ascensão eleitoral, servindo também para que a
CIA e OTAN intensificasse suas investidas guerreiristas contra a Síria e o
Líbano (Hezbolah), que possivelmente foram acusadas levianamente pela mídia
“murdochiana” de co-responsabilidade no atentado de Paris.
Chamamos há 6 anos atrás o movimento de massas na França a
recusar o patético chamado governista a “Unidade Nacional”, assim como manter
muito acesa a luta contra o neofascismo, construído a aliança classista entre a
juventude oprimida, os imigrantes e seus familiares perseguidos pelo estado
racista e o combativo proletariado que já foi capaz até historicamente de
derrotar a poderosa máquina de guerra nazista durante a ocupação alemã na
Guerra Mundial.
Hoje, em meio as manifestações contra o terror sanitário imposto
pelo governo Macron usando a Covid-19 para impor o fechamento do regime político
e há 6 anos do ataque a revista Charlei Hebdo defendemos reconstruir os
Partisans, como uma alternativa de poder operário contra a barbárie fascista
que novamente se aproxima! O atentado em Paris esteve situado em meio a uma
profunda polarização que atravessa toda a Europa, cujo centro é a questão da
xenofobia racista contra a população não "originária". Países
centrais como Alemanha e Inglaterra estão atravessando neste exato momento
mobilizações reacionárias contra os direitos dos imigrantes e ao mesmo tempo o
crescimento de partidos de extrema-direita e neonazistas.
A contraofensiva do movimento de massas ainda é bastante
limitada, em razão do programa e estratégia das direções reformistas que se
recusam a romper os estreitos limites da institucionalidade burguesa em meio a manipulada
pandemia de Covid-19. Sem sombra de dúvidas o atentado em Paris fortaleceu um
curso político conservador em toda região, como vemos agora na Inglaterra e na
própria França!