CAPITAL FINANCEIRO “QUEBROU” (CAPTUROU) O PAÍS: GERENTE NEOFASCISTA SE DIZ IMPOTENTE, MAS SE FOSSE OUTRO GERENTE DA ESQUERDA SOCIAL DEMOCRATA, O BRASIL ESTARIA NA MESMA SITUAÇÃO. PARA SAIR DA CRISE NÃO ADIANTA MUDAR O GERENTE NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, É NECESSÁRIO TOMAR O PODER PELA VIA DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA!
O presidente neofascista deu a declaração a “bombástica” hoje em Brasília, durante uma conversa com um grupo de apoiadores na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada, antes de seguir para seu escritório, no Palácio do Planalto: "Chefe, o Brasil está quebrado, chefe. Eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do imposto de renda, teve esse vírus potencializado pela mídia que nós temos aí, essa mídia sem caráter", disse Bolsonaro. Não podemos desta vez acusar Bolsonaro de mentiroso, os rentistas do capital financeiro realmente quebraram (capturaram o Estado nacional) o país. Porém o que Bolsonaro omitiu foi que sua gerência neoliberal de subserviência ao imperialismo ajudou em muito esta situação falimentar das contas públicas, onde a dívida pública já alcança quase a totalidade do PIB brasileiro. Entretanto temos que dizer a verdade ao povo, caso a esquerda Social Democrata estivesse na gerência do Estado burguês, a situação seria exatamente a mesma, a não ser pela utilização da retórica demagógica populista do PT, PCdoB e PSOL.
Bolsonaro parece estar bem consciente que será descartado
pelo imperialismo e a burguesia nacional nas eleições de 2022. Depois
protagonizar a fraude eleitoral em 2018, para impedir o retorno do governo da
Frente Popular, Bolsonaro seguiu com ortodoxia a cartilha neoliberal, imposta
pelos rentistas em função da crise capitalista internacional, recrudescida em
2014. Apenas deu continuidade a pauta das (contra)reformas que a presidente
petista Dilma já tinha iniciado em 2015, mas que não pode concluir por motivo
do golpe institucional sofrido no ano seguinte. O golpista Temer impulsionou a
reforma trabalhista, porém “engasgou” na previdenciária, concluída pelo atual
governo neofascista, no marco do regime de exceção iniciado com a operação
“Lava Jato”.
O desabafo de Bolsonaro: “Vão ter que me aguentar até o
final de 22, pode ter certeza", deve ser entendido com duplo sentido,
primeiro que não tem chance alguma de estender sua gerência por mais um
mandato, e o segundo sentido, é que tem a garantia da burguesia nacional, que
hoje lhe faz oposição sistemática, para permanecer no Planalto até às próximas
eleições presidenciais. Fica claro que apesar do “fogo cerrado” da mídia
corporativa (porta-voz do imperialismo) contra sua gerência, Bolsonaro tem o
“salvo conduto” da esquerda reformista (PT e apêndices) e da famiglia Marinho
para governar até o último dia do seu mandato. Toda a demagogia da oposição
burguesa expressa no bordão “Bolsonaro genocida”, por conta das mortes na pandemia,
não tem nenhuma consequência prática na convocação de uma ação direta das
massas para derrubar o neofascista. Assim como o direitista Trump foi colocado
na lixeira da Casa Branca pela governança global do capital financeiro, o
destino político de Bolsonaro tem a mesma direção.
O Brasil está “quebrado”, ou seja, “deve” aos rentistas
internacionais uma soma financeira equivalente a toda a riqueza do país. A
Frente Ampla ou Popular apresenta seu “tradicional” programa das reformas
desenvolvimentistas, que só “funciona” é claro em etapas de expansão econômica
mundial, o que está longe de ser o caso neste momento pandêmico de ingresso na
Nova Ordem Mundial do Isolamento Social, leia-se Fascismo Sanitário. A única
alternativa possível e realista para tirar o país da recessão e do parasitismo
financeiro do qual é “vítima”, passa pela construção de uma alternativa de
poder para a classe operária, na senda política da revolução socialista!