segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

FORD ANUNCIOU QUE “QUEBROU” NO BRASIL: CONVOCAR ASSEMBLÉIAS MASSIVAS PARA OCUPAR AS FÁBRICAS FECHADAS! 

O “Grande Reset” da economia capitalista mundial já está em pleno andamento, e ao contrário do que afirma a esquerda reformista não é uma “invenção da cabeça dos paranóicos”, é um fato concreto também comprovado no Brasil pelo fechamento das atividades industriais da multinacional Ford, após mais de um século de atividades no país. A resolução de finalizar as linhas de manufaturas brasileiras segue uma reestruturação dos negócios na América do Sul, que tende a impactar setores estratégicos da classe operária em todo o continente latino-americano.

A histórica montadora anunciou nesta segunda-feira (11/01) que encerrará a produção de veículos no Brasil em 2021, o que levará mais trabalhadores para a fila de desemprego. Apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto(unidade de planejamento)na Bahia, o Campo de Provas e sua sede administrativa regional, ambos em São Paulo, permanecerão funcionando. As fábricas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP) serão fechadas imediatamente. A planta da Troller, em Horizonte (CE), será desativada no final de 2021. A empresa imperialista alega que trabalhará em colaboração com os sindicatos para "minimizar os impactos do encerramento da produção". Já a burocracia sindical cutista, não pretende fazer nada além do que colher declarações de parlamentares da esquerda e políticos da burguesia.

Os veículos da marca vendidos no Brasil de agora em diante serão importados da Argentina, Uruguai, e de outras regiões fora da América do Sul. Assim que os estoques forem esgotados, não serão mais comercializados no Brasil a EcoSport, Ka e Troller T4, o que deve acarretar o encerramento de mais de uma centena de revendas com a marca Ford, e consequentemente a demissão de milhares de vendedores técnicos e trabalhadores administrativos destas empresas associadas a multinacional.

Diante da inércia da CUT e do PT, é necessário que as organizações classistas intervenham imediatamente neste processo de “falência branca” da Ford no Brasil, convocando assembléias democráticas para unificação dos trabalhadores industriais e comerciais (funcionários das agências que tem a representação da montadora), na deflagração de uma greve de ocupação por tempo indeterminado, única via para barrar o fechamento da montadora no Brasil.