domingo, 10 de janeiro de 2021

CORONAVÍRUS, PANDEMIA E GRANDE RESET: UMA “CHARADA” QUE ESTÁ MUITO DISTANTE DE SER “DECIFRADA” PELA ESQUERDA REFORMISTA...


É muito fácil caracterizar o ano de 2020 como o início da “era do vírus” ou de qualquer outro termo assemelhado. Entretanto a verdadeira história do coronavírus está ainda muito distante de se conhecer, desde as origens às estatísticas fraudadas, sejam as relacionadas com as causas de mortes, sejam as resultantes de diagnósticos feitos com base em testes que não foram criados para fazer diagnósticos de doenças. Passará muito tempo ainda até que venham à tona todas as vertentes “ocultas” da pandemia e seus respectivos efeitos sobre a formatação econômica, política e social da Nova Ordem Mundial. O mais certo é que a esquerda reformista será formatada com as draconianas consequências do novo fascismo sanitário, sem jamais esboçar uma mínima reação, a não ser o desejo de integrar-se cada vez mais aos protocolos de isolamento social.

Mais além do que uma “inesperada” pandemia virótica, como quer nos “emprenhar” a mídia corporativa, o ano de 2020 será o do início de uma cadeia de acontecimentos que estão alterando o mundo em uma escala global. Parece mais apropriado considerar 2020 como o ano em que se generalizou o recurso a “cobaias humanas” para experiências nos domínios de uma nova engenharia social e da inovação farmacológica, designadamente na área da vacinação humana.

 O conceito de “Grande Reinício” capitalista já não é uma novidade para ninguém, minimamente informado. Trata-se do tema da reunião de Janeiro de 2020 do Fórum Económico Mundial (FEM), no cenário de fundo a paisagem do futuro do capitalismo que se alcança espreitando pela "janela de oportunidade" aberta pela pandemia.

O tema teve, entretanto, alguns desenvolvimentos posteriores, uma vez que estamos na véspera de uma nova cúpula do Fórum. Klaus Schwab e Thierry Malleret, os "ideólogos" do FEM, deram conhecimento a um documento central para a reunião, intitulado:  "Reiniciando o Futuro da Agenda de Trabalho – num mundo pós-Covid-19". São 31 páginas de passos e processos para executar o Great Reset até 2030. De braço dado com a ONU, pois Schwab e o Secretário Geral Guterres assinaram em 2019 um acordo de cooperação.

O documento merecerá tratamento próprio a seu tempo, porque explica como o neoliberalismo pretende saltar da crise em que vive para uma omnipotente afirmação global através da fusão entre o fascismo econômico dominante e um fascismo sanitário assentado na monopolização das evoluções científicas e tecnológicas da chamada "Quarta Revolução Industrial", do uso cada vez mais generalizado da inteligência artificial, da engenharia genética e do acesso digital direto à mente humana. Não se trata já de antecipação científica mas de realidades dos nossos dias em

que as corporações e seus interesses neoliberais, cada vez mais concentrados, "privatizam" em proveito próprio para controlarem e dominarem os governos e a sociedade globalizada. Será o início de uma governança global do capital financeiro às claras, sem mais a necessidade de “ocultar-se nas sombras”...

O novo documento de Schwab e Malleret faz previsões quantificadas para os próximos anos, com base em situações que estão sendo testadas sob a pandemia em curso: 84% dos processos de trabalho serão digitalizados, 83% das pessoas ficarão isoladas em trabalho remoto, o "teletrabalho", e metade das tarefas passarão a ser automatizadas ou robotizadas.

O modo como se tem desenvolvido a era da Covid-19, prenhe de experiências do domínio da engenharia social, sob encomenda do rentismo, proporciona também uma aceleração das estratégias baseadas na apropriação neoliberal das conquistas científicas e tecnológicas e que hoje progridem a um nível e um ritmo jamais atingidos para os interesses da reprodução acelerada do capital.

O "livro branco" para a próxima cúpula do Fórum Económico Mundial ou Fórum de Davos é, na verdade, um livro trágico para a implantação de um renovado fascismo sanitário, cravado na robotização e manipulação dos seres humanos, com a aquiescência de uma esquerda domesticada. Em 10 meses de pandemia, as experiências de engenharia social incidindo sobre centenas de milhões de seres humanos deixam um rastro suficientemente forte para não haver dúvidas sobre os objetivos reacionários pretendidos pelos expoentes neoliberais do capital financeiro. Só os idiotas podem saudar o ingresso da Nova Ordem Mundial, como uma preocupação com a vida humana, partindo das corporações capitalistas, assumindo destaque a atuação da mídia murdochiana em todo esse processo.

Não deve considerar-se uma “coincidência” que em um período ainda inferior a um ano estejamos assistindo ao cancelamento de direitos democráticos no mundo inteiro, e à proliferação de governos burgueses atuando cada vez mais por decretos de exceção e “toque de recolher”. A pandemia acelerou indubitavelmente a marcha do neoliberalismo para o fascismo, agora remodelado politicamente como um fascismo sanitário da Nova Ordem Mundial.

Em paralelo, as grandes corporações financeiras e os grandes meios de comunicação que controlam a opinião pública dominante, exercem uma fiscalização cada vez mais autoritária sobre a liberdade de expressão e organização. Tudo isto com a conivência dos governos da esquerda Social Democrata que se mostram os mais bem adaptados ao fascismo sanitário.