CORONAVÍRUS, PANDEMIA E GRANDE RESET: UMA “CHARADA” QUE ESTÁ MUITO DISTANTE DE SER “DECIFRADA” PELA ESQUERDA REFORMISTA...
Mais além do que uma “inesperada” pandemia virótica, como
quer nos “emprenhar” a mídia corporativa, o ano de 2020 será o do início de uma
cadeia de acontecimentos que estão alterando o mundo em uma escala global.
Parece mais apropriado considerar 2020 como o ano em que se generalizou o
recurso a “cobaias humanas” para experiências nos domínios de uma nova
engenharia social e da inovação farmacológica, designadamente na área da vacinação
humana.
O conceito de “Grande
Reinício” capitalista já não é uma novidade para ninguém, minimamente
informado. Trata-se do tema da reunião de Janeiro de 2020 do Fórum Económico
Mundial (FEM), no cenário de fundo a paisagem do futuro do capitalismo que se
alcança espreitando pela "janela de oportunidade" aberta pela
pandemia.
O tema teve, entretanto, alguns desenvolvimentos
posteriores, uma vez que estamos na véspera de uma nova cúpula do Fórum. Klaus
Schwab e Thierry Malleret, os "ideólogos" do FEM, deram conhecimento
a um documento central para a reunião, intitulado: "Reiniciando o Futuro da Agenda de
Trabalho – num mundo pós-Covid-19". São 31 páginas de passos e processos
para executar o Great Reset até 2030. De braço dado com a ONU, pois Schwab e o
Secretário Geral Guterres assinaram em 2019 um acordo de cooperação.
O documento merecerá tratamento próprio a seu tempo, porque
explica como o neoliberalismo pretende saltar da crise em que vive para uma
omnipotente afirmação global através da fusão entre o fascismo econômico
dominante e um fascismo sanitário assentado na monopolização das evoluções
científicas e tecnológicas da chamada "Quarta Revolução Industrial",
do uso cada vez mais generalizado da inteligência artificial, da engenharia genética
e do acesso digital direto à mente humana. Não se trata já de antecipação
científica mas de realidades dos nossos dias em
que as corporações e seus interesses neoliberais, cada vez
mais concentrados, "privatizam" em proveito próprio para controlarem
e dominarem os governos e a sociedade globalizada. Será o início de uma
governança global do capital financeiro às claras, sem mais a necessidade de
“ocultar-se nas sombras”...
O novo documento de Schwab e Malleret faz previsões
quantificadas para os próximos anos, com base em situações que estão sendo
testadas sob a pandemia em curso: 84% dos processos de trabalho serão
digitalizados, 83% das pessoas ficarão isoladas em trabalho remoto, o
"teletrabalho", e metade das tarefas passarão a ser automatizadas ou
robotizadas.
O modo como se tem desenvolvido a era da Covid-19, prenhe de
experiências do domínio da engenharia social, sob encomenda do rentismo,
proporciona também uma aceleração das estratégias baseadas na apropriação
neoliberal das conquistas científicas e tecnológicas e que hoje progridem a um
nível e um ritmo jamais atingidos para os interesses da reprodução acelerada do
capital.
O "livro branco" para a próxima cúpula do Fórum
Económico Mundial ou Fórum de Davos é, na verdade, um livro trágico para a
implantação de um renovado fascismo sanitário, cravado na robotização e
manipulação dos seres humanos, com a aquiescência de uma esquerda domesticada. Em
10 meses de pandemia, as experiências de engenharia social incidindo sobre
centenas de milhões de seres humanos deixam um rastro suficientemente forte
para não haver dúvidas sobre os objetivos reacionários pretendidos pelos
expoentes neoliberais do capital financeiro. Só os idiotas podem saudar o
ingresso da Nova Ordem Mundial, como uma preocupação com a vida humana,
partindo das corporações capitalistas, assumindo destaque a atuação da mídia
murdochiana em todo esse processo.
Não deve considerar-se uma “coincidência” que em um período
ainda inferior a um ano estejamos assistindo ao cancelamento de direitos democráticos
no mundo inteiro, e à proliferação de governos burgueses atuando cada vez mais
por decretos de exceção e “toque de recolher”. A pandemia acelerou
indubitavelmente a marcha do neoliberalismo para o fascismo, agora remodelado
politicamente como um fascismo sanitário da Nova Ordem Mundial.
Em paralelo, as grandes corporações financeiras e os grandes
meios de comunicação que controlam a opinião pública dominante, exercem uma
fiscalização cada vez mais autoritária sobre a liberdade de expressão e organização.
Tudo isto com a conivência dos governos da esquerda Social Democrata que se
mostram os mais bem adaptados ao fascismo sanitário.