segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

DUPLA DE VENDILHÕES NEOLIBERAIS (GUEDES & BOLSONARO) ANUNCIAM DESMONTE DO BANCO DO BRASIL: DESLIGAMENTO DE 5 MIL BANCÁRIOS E FECHAMENTO DE 361 UNIDADES. MOBILIZAÇÃO ATIVA E REAL É A ÚNICA FORMA DE BARRAR A PRIVATIZAÇÃO EM CURSO! 

Na lista de privatizações do ministro rentista da Economia, Paulo Guedes, e seu chefe neofascista Jair Bolsonaro, está o Banco do Brasil. A empresa estatal anunciou que irá fechar “361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento”. Por meio de um comunicado ao mercado assinado pelo vice-Presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Carlos José da Costa André, a instituição financeira afirma que disponibilizou planos de “demissão voluntária”, visando o desligamento de 5 mil funcionários.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o “plano de reorganização” prevê a otimização de 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios   e a conversão de 243 agências em postos. Também estão previstas a transformação de oito postos de atendimento em agências, de 145 unidades de negócios em Lojas BB, além da relocalização de 85 unidades de negócios e a criação de 28 unidades de negócios. "A reorganização da rede de atendimento objetiva a sua adequação ao novo perfil e comportamento dos clientes e compreende, além das medidas de otimização de estrutura descritas acima, outros movimentos de revisão e redimensionamento nas diretorias, áreas de apoio e rede, privilegiando a especialização do atendimento e a ampliação da oferta de soluções digitais", afirma o comunicado. 

Os programas possuem regulamentos específicos, ainda não especificados, que estabelecem as regras para adesão até 5 de fevereiro. O Programa de Adequação de Quadros (PAQ) busca promover transferências “voluntárias” e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE) respondem a públicos diferentes, mas ambos buscam incentivar 5 mil demissões. A expectativa é que a adoção das medidas resultem em uma economia anual estimada em R$ 353 milhões ainda este ano e R$ 2,7 bilhões até 2025. 

As intenções de privatização do BB não são propriamente uma novidade. Já em 2019, também foi feito um programa de desligamento incentivado mas sua adesão ficou abaixo do esperado, só 2367. O plano de desmonte da empresa estatal já vem sendo implementado há algum tempo, porém este anúncio de um protocolo de “demissões voluntárias” em grande escala e amplo fechamento de agências e unidades do banco, pretende dar um passo acelerado ao projeto neoliberal, logo no início de 2021 e, em plena pandemia do coronavírus, onde milhares de trabalhadores da instituição estão afastados por questões sanitárias. Como se não bastasse esses ataques, os bancários em home office ou não permanecem superexplorados, sofrendo assédio moral sistematicamente em agências lotadas, sem estrutura. Há ainda os bancários de primeira e segunda categoria com direitos diferenciados, já que a bandeira da isonomia, dentre tantas outras, foi abandonada pelos sindicatos. E a clientela sendo expulsa das agências e amontoadas nos correspondentes bancários!

Diante dessa situação, o que fazem os sindicatos e a Contraf-CUT/CTB? Nada! Os sindicatos permanecem fechados com o pretexto da pandemia. Utilizam-se das redes sociais como palco de sua própria covardia e muro de lamentações, clamando por tuitaços inócuos, debates e negociações virtuais, etc. Tudo em nome de garantir o “isolamento” das lutas! 

A política imobilista das direções sindicais dos trabalhadores bancários, majoritariamente ligadas à CUT (PT) e CTB (PCdoB), vem se mostrando desastrosa e de grande colaboração com os planos do governo Bolsonaro, mantendo os sindicatos fechados, sob a base de atendimento virtual. 

É urgente romper a postura de covardia política e colaboração de classes das burocracias sindicais que encontraram no pretexto da pandemia uma justificativa perfeita para não “mover uma palha” contra os ataques neoliberais, enquanto a maioria dos trabalhadores estão nas agências lotadas e sob uma carga de trabalho extenuante. 

Somente a mobilização direta, através da convocação imediata de assembleias presenciais e massivas, pode dar um primeiro passo para a categoria começar a derrotar o avanço privatista, uma das exigências do capital financeiro que capturou por completo o Estado nacional, sob a aquiescência do atual governo neofascista. Mas para vencer é necessário romper a camisa de força imposta pelas burocracias sindicais e construir uma nova direção combativa e classista para o movimento!

MOVIMENTO DE OPOSIÇÃO BANCÁRIA (MOB)