quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

LBI REALIZA PANFLETAGEM E AGITAÇÃO NA FÁBRICA FORD/TROLLER PELA GREVE COM OCUPAÇÃO DIANTE DO ANÚNCIO DE FECHAMENTO DA PLANTA NO HORIZONTE. ESQUERDA REFORMISTA QUE DEFENDE O ISOLAMENTO SOCIAL DA CLASSE OPERÁRIA, PASSOU PARA O CAMPO PATRONAL DO GRANDE RESET E DA NOVA ORDEM MUNDIAL DO CAPITAL FINANCEIRO. CONCENTRAÇÕES PROLETÁRIAS (ASSEMBLÉIAS, MARCHAS E GREVES) DEVEM SER ELIMINADAS PORQUE REPRESENTAM UM “PERIGO DE CONTAMINAÇÃO”. OS “MASCARADOS” DO PT, PSOL, PCdoB E PSTU FORAM DEFINITIVAMENTE CONTAMINADOS PELO VÍRUS DA CONTRARREVOLUÇÃO, ACOVARDADOS PELAS ORDENS DA OMS SÓ QUEREM VER AS MASSAS BEM DE LONGE E QUANDO PASSAR A PANDEMIA....

A militância da LBI esteve hoje na fábrica da Ford-Troller na cidade de Horizonte, na grande Fortaleza, no Ceará, uma planta que conta com 500 operários. Rompendo o “distanciamento operário” imposto pela burocracia sindical ligada a CUT e a Força Sindical, nossos camaradas distribuíram durante o fim do turno da produção centenas de notas aos trabalhadores e dialogaram cara a cara com os operários sobre a necessidade de dar uma resposta operária ao fechamento das fábricas em São Paulo, Bahia e no Ceará. A expropriação de todo capital da empresa no Brasil seria o mínimo a ser feito, a ocupação de todas as plantas pelos trabalhadores já deveria ter ocorrido e chamada pelos sindicatos sob o eixo de luta de estatização da transnacional ianque sob o controle dos trabalhadores. Longe disso, a CUT, FS, os sindicatos dos metalúrgicos dos três estados, PT, PSOL, PCdoB defendem que a saída da Ford não tem nada a ver nem com a crise capitalista, nem com as medidas gerenciais de suporte às taxas de lucro com o enxugamento dos gastos com salários, todos defendem que o Estado burguês deveria dar mais incentivos fiscais e mais flexibilização trabalhista para a Ford ficar no Brasil.

O “Grande Reset” da economia capitalista mundial já está em pleno andamento, e ao contrário do que afirma a esquerda reformista não é uma “invenção da cabeça dos paranóicos”, é um fato concreto também comprovado no Brasil pelo fechamento das atividades industriais da multinacional Ford, após mais de um século de atividades no país. A resolução de finalizar as linhas de manufaturas brasileiras segue uma reestruturação dos negócios na América do Sul, que tende a impactar setores estratégicos da classe operária em todo o continente latino-americano.

O fechamento das plantas da Ford e da Troller fazem parte de um plano de reestruturação da companhia que procura reduzir seus custos de produção, a fim de manter e ampliar sua taxa de lucro. Faz isso demitindo, fechando fábricas e jogando nas costas dos trabalhadores o peso desta reestruturação. A GM iniciou anos atrás esta ofensiva e vem sendo seguida por todas as grandes montadoras globais. A Mercedes também anunciou o fechamento da sua unidade no interior de São Paulo, e a Volks anunciou recentemente o corte de 35% de seu efetivo através de um Programa de Demissão Voluntário (PDV), que de voluntário não tem nada.

Lembremos que em fevereiro de 2019, a política de traição da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, controlada pela burocracia lulista, mandou os operários para casa diante do anúncio do fechamento da Ford de São Bernardo. Depois, longe de deflagrar a greve geral contra ocupação da fábrica, aprovaram a ida de uma comitiva de burocratas aos EUA para “dialogar” com os patrões da multinacional ianque.

O objetivo seria apresentar propostas contra o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo, tudo não passou de uma encenação para facilitar a vida da multinacional, voltada a não convocar a luta direta dos operários, que exigiria a mobilização de toda a categoria metalúrgica e a ocupação imediata da empresa, exigindo a sua estatização sob o controle dos trabalhadores.

Agora acontece a mesma coisa com a burocracia sindical exigindo que Bolsonaro, Dória e Rui Costa financiem as transnacionais e tentem trazer novas montadoras para o Brasil, liberando empréstimos e subsídios, reclamando que os governos são “negligentes” em apoiar as grandes empresas capitalistas. Como se observa, a Frente Popular, a esquerda domesticada pela pandemia e as direções sindicais fazem uma crítica à direita dos governos burgueses, exigindo que eles doem as verbas estatais diretamente para as grandes empresas capitalistas.

Para barrar as demissões em massa é necessária, desde já, uma mobilização nacional, unitária e centralizada dos trabalhadores, baseada num programa operário e anticapitalista, capaz de defender os empregos através da greve com ocupação de fábrica. Para vencer, o proletariado precisa superar as direções sindicais.

É preciso rechaçar as demissões, convocar pela base uma assembleia e deflagrar a greve com ocupação de fábrica, chamando a solidariedade de toda a categoria. É hora de resistir usando os métodos de luta da classe operária! Para a vanguarda classista e revolucionária este é o momento certo para apoiar fortemente a luta dos operários da Ford com toda solidariedade política e material e construir uma verdadeira oposição classista alternativa aos pelegos da CUT!

Neste momento o programa de luta é a escala móvel de salários, onde os contratos coletivos de trabalho devam assegurar aumento automático dos salários, de acordo com a elevação dos preços dos carros e a escala móvel por horas de trabalho, para absorver a mão de obra metalúrgica desempregada. Ao mesmo tempo defendemos uma campanha nacional em solidariedade a luta dos operários para o cancelamento das demissões. Estatização da empresa sob controle dos trabalhadores e sem nenhuma indenização. Para que esta luta possa vencer é necessário superar a política de colaboração de classes dos sindicatos.

É fundamental para enfrentar a ofensiva dos patrões a retomada dos métodos de luta e ação direta, com assembleias massivas democráticas e greves para fazer avançar a consciência política da classe, a fim de aumentar o potencial de combate contra os seus inimigos de classe que têm imputado derrotas econômicas, sociais e políticas aos trabalhadores!