FIM DO AUXÍLIO EMERGENCIAL, DEMISSÕES, FECHAMENTO DE FÁBRICAS: “RECEITA” DA BURGUESIA FRENTE A CRISE ECONÔMICA FAZ VIRALIZAR A POBREZA E AS MORTES... ORGANIZAR NAS RUAS A RESISTÊNCIA OPERÁRIA E POPULAR!
Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (25) mostra que 69% dos brasileiros que receberam o Auxílio Emergencial que o governo Bolsonaro e o Congresso Nacional negaram-se renovar em 2021 não encontraram outra fonte de renda para substituir o benefício liberado em função da pandemia de Covid-19. Ao contrário, a receita da burguesia e seus gerentes de plantão foi demissões em massa, fim do auxílio emergencial e fechamento de fábricas. Por sua vez, comércios fechados e explosão do desemprego não abalaram a saúde financeira dos multimilionários, pelo contrário, aumentou a concentração de renda no Brasil e no mundo.
Os dados sinalizam que a Covid-19 impactou mais fortemente segmentos que, para a realização de suas atividades, não podem prescindir do contato pessoal, como os serviços prestados às famílias, onde se incluem atividades como as de bares e restaurantes, e pequenas hospedagens. Para os Marxistas Leninistas a questão do agravamento da crise econômica capitalista e o surgimento da pandemia sempre estiveram intimamente ligadas, para muito além de uma mera coincidência.
O aumento das fortunas com a origem do coronavírus não é aleatório, muito pelo contrário. O que explica uma performance tão robusta dos barões do grande capital? Valorização das ações na bolsa durante a pandemia.
Como diz um refrão neoliberal “siga o dinheiro e encontrará o responsável” e logo verificamos que os verdadeiros “beneficiários” econômicos da crise da pandemia estão no território ianque. É verdade que os mortos da pandemia mundial estão em grande número nos EUA, mas são na sua esmagadora maioria velhos, pobres, negros e imigrantes sem acesso à saúde privada, ou seja, considerados pela elite eugenista do imperialismo, subcidadãos descartáveis. Na outra ponta da pandemia estão Bezos, a Blackrock e os barões do capital financeiro que “paparam” do FED por conta da crise alguns trilhões de dólares.
No seu livro Imperialismo, Lenin anos ensinou que toda crise
sob o capitalismo, seja econômica ou política, torna-se uma ocasião para a
centralização do capital. É justamente o caso da “crise sanitária” em curso.
Por essa razão, alertamos mais uma vez que destes carniceiros e do Clube de
Bilderberg ávidos pelo lucro, que hoje se concentra na venda das vacinas (um
unguento milagroso que os Estado compraram graças a bondade destes "santos
homens" milionários), só podemos esperar mais miséria, guerras e doenças.
E ainda existem os parvos da esquerda revisionista que afirmam que o
Coronavírus é um “acidente natural”...
O “Grande Reset” da economia capitalista mundial já está em
pleno andamento, e ao contrário do que afirma a esquerda reformista não é uma
“invenção da cabeça dos paranóicos”, é um fato concreto também comprovado no
Brasil pelo fechamento das atividades industriais da multinacional Ford, após
mais de um século de atividades no país, além de outras grandes empresas como a
3M, Sony, etc. A resolução de finalizar as linhas de manufaturas brasileiras
segue uma reestruturação dos negócios na América do Sul, que tende a impactar
setores estratégicos da classe operária em todo o continente latino-americano.
O governo neofascista de Bolsonaro abriu os cofres do
Tesouro para grandes corporações, e os bancos públicos ou privados “socorreram”
apenas grandes empresas que tampouco estavam ameaçadas de falência, mas que
seguiram o cardápio das demissões, apesar de terem sido resgatadas pela
generosidade do Estado capitalista.
Neste ano de 2021 vimos a inexistência real e concreta de
qualquer ação de socorro financeiro e de outros subsídios aos trabalhadores e a
população pobre. Absolutamente nenhum recurso foi aportado até aqui pelo
governo Bolsonaro/Guedes para atenuar os impactos da atual crise humanitária,
mesmo com o isolamento social em muitos estados e municípios, levando as famílias
pobres ao desespero, sem direito sequer a alimentação.
A realidade desta conjectura pueril, aponta para um
agravamento do endividamento dos estados aos agiotas rentistas em função da
compra da vacina e a intensificação do processo de acumulação e dominação do
grande capital, o chamado “Clube de Bilderberg” via a governança global sob o
controle do capital financeiro.
Na sociedade capitalista dividida em classes sociais o direito à vida se confronta com o lucro e a propriedade privada dos meios de produção. Para os grandes capitalistas, o lucro é o centro das suas preocupações. Para os Marxistas Revolucionários o direito à vida dos trabalhadores é o centro de nossa luta. Esse direito pleno somente poderá ser alcançado pela via da Revolução Socialista, através da luta direta operária e popular!
O quadro de barbárie social aumenta
e as contradições do modo produção capitalista acentua-se nesta pandemia, colocando mais de
forma nítida o axioma marxista: “Socialismo ou Barbárie”.