terça-feira, 26 de janeiro de 2021

FIM DO AUXÍLIO EMERGENCIAL, DEMISSÕES, FECHAMENTO DE FÁBRICAS: “RECEITA” DA BURGUESIA FRENTE A CRISE ECONÔMICA FAZ VIRALIZAR A POBREZA E AS MORTES... ORGANIZAR NAS RUAS A RESISTÊNCIA OPERÁRIA E POPULAR!

Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (25) mostra que 69% dos brasileiros que receberam o Auxílio Emergencial que o governo Bolsonaro e o Congresso Nacional negaram-se renovar em 2021 não encontraram outra fonte de renda para substituir o benefício liberado em função da pandemia de Covid-19. Ao contrário, a receita da burguesia e seus gerentes de plantão foi demissões em massa, fim do auxílio emergencial e fechamento de fábricas. Por sua vez, comércios fechados e explosão do desemprego não abalaram a saúde financeira dos multimilionários, pelo contrário, aumentou a concentração de renda no Brasil e no mundo.

Os dados sinalizam que a Covid-19 impactou mais fortemente segmentos que, para a realização de suas atividades, não podem prescindir do contato pessoal, como os serviços prestados às famílias, onde se incluem atividades como as de bares e restaurantes, e pequenas hospedagens. Para os Marxistas Leninistas a questão do agravamento da crise econômica capitalista e o surgimento da pandemia sempre estiveram intimamente ligadas, para muito além de uma mera coincidência. 

O aumento das fortunas com a origem do coronavírus não é aleatório, muito pelo contrário. O que explica uma performance tão robusta dos barões do grande capital? Valorização das ações na bolsa durante a pandemia. 

Como diz um refrão neoliberal “siga o dinheiro e encontrará o responsável” e logo verificamos que os verdadeiros “beneficiários” econômicos da crise da pandemia estão no território ianque. É verdade que os mortos da pandemia mundial estão em grande número nos EUA, mas são na sua esmagadora maioria velhos, pobres, negros e imigrantes sem acesso à saúde privada, ou seja, considerados pela elite eugenista do imperialismo, subcidadãos descartáveis. Na outra ponta da pandemia estão Bezos, a Blackrock e os barões do capital financeiro que “paparam” do FED por conta da crise alguns trilhões de dólares.

No seu livro Imperialismo, Lenin anos ensinou que toda crise sob o capitalismo, seja econômica ou política, torna-se uma ocasião para a centralização do capital. É justamente o caso da “crise sanitária” em curso. Por essa razão, alertamos mais uma vez que destes carniceiros e do Clube de Bilderberg ávidos pelo lucro, que hoje se concentra na venda das vacinas (um unguento milagroso que os Estado compraram graças a bondade destes "santos homens" milionários), só podemos esperar mais miséria, guerras e doenças. E ainda existem os parvos da esquerda revisionista que afirmam que o Coronavírus é um “acidente natural”...

O “Grande Reset” da economia capitalista mundial já está em pleno andamento, e ao contrário do que afirma a esquerda reformista não é uma “invenção da cabeça dos paranóicos”, é um fato concreto também comprovado no Brasil pelo fechamento das atividades industriais da multinacional Ford, após mais de um século de atividades no país, além de outras grandes empresas como a 3M, Sony, etc. A resolução de finalizar as linhas de manufaturas brasileiras segue uma reestruturação dos negócios na América do Sul, que tende a impactar setores estratégicos da classe operária em todo o continente latino-americano.

O governo neofascista de Bolsonaro abriu os cofres do Tesouro para grandes corporações, e os bancos públicos ou privados “socorreram” apenas grandes empresas que tampouco estavam ameaçadas de falência, mas que seguiram o cardápio das demissões, apesar de terem sido resgatadas pela generosidade do Estado capitalista.

Neste ano de 2021 vimos a inexistência real e concreta de qualquer ação de socorro financeiro e de outros subsídios aos trabalhadores e a população pobre. Absolutamente nenhum recurso foi aportado até aqui pelo governo Bolsonaro/Guedes para atenuar os impactos da atual crise humanitária, mesmo com o isolamento social em muitos estados e municípios, levando as famílias pobres ao desespero, sem direito sequer a alimentação.

A realidade desta conjectura pueril, aponta para um agravamento do endividamento dos estados aos agiotas rentistas em função da compra da vacina e a intensificação do processo de acumulação e dominação do grande capital, o chamado “Clube de Bilderberg” via a governança global sob o controle do capital financeiro.

Na sociedade capitalista dividida em classes sociais o direito à vida se confronta com o lucro e a propriedade privada dos meios de produção. Para os grandes capitalistas, o lucro é o centro das suas preocupações. Para os Marxistas Revolucionários o direito à vida dos trabalhadores é o centro de nossa luta. Esse direito pleno somente poderá ser alcançado pela via da Revolução Socialista, através da luta direta operária e popular! 

O quadro de barbárie social aumenta e as contradições do modo produção capitalista acentua-se nesta pandemia, colocando mais de forma nítida o axioma marxista: “Socialismo ou Barbárie”.