segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

CARREATAS PARA IMPICHAR BOLSONARO: A ESTRADA MAIS CURTA NA DIREÇÃO DE MOURÃO E NA PRÓXIMA PARADA DÓRIA...

As carreatas convocadas neste último sábado pelo amplo arco da oposição burguesa ao governo neofascista, unificaram desde o PSTU, passando pelo PSOL e toda a Frente Popular do PT, até chegar aos Tucanos, fracassaram no seu objetivo de iniciar um grande movimento pelo impeachment de Bolsonaro. Desta vez não podem se queixar do boicote da mídia corporativa a sua ação, posto que os mafiosos da famiglia Marinho entraram de cabeça na campanha institucional do impedimento, colocando seu consórcio 24 horas no ar para defenestrar um patético presidente já “rifado” pela burguesia nacional e o imperialismo ianque. Entretanto apesar da campanha frenética da mídia murdochiana contra o “genocida”, o objetivo da campanha se restringe a demagogia eleitoral da oposição burguesa, sendo absolutamente circunscrita a classe média que diante do terror sanitário não se dispôs a conduzir seus luxuosos veículos pelas ruas das principais cidades do país. O eixo político escolhido pela Frente Ampla para a mobilização, não consegue atrair as grandes massas populares, que reivindicam emprego, renda e o fim da inflação descontrolada, questões é claro que não parecem afligir de imediato a classe média, que mais se preocupa em “não se contaminar e ficar trancada em casa”, evidentemente com os salários garantidos e confinada em seus imóveis próprios e casas de veraneio. Por isso o eixo “sanitário” da classe média e da Frente Ampla não vai galvanizar as massas, que estão nas ruas lutando cotidianamente pela sua sobrevivência diante da crise econômica capitalista. Por sua vez a burguesia avança na estratégia de “sangrar” lentamente o neofascista, até o ponto da maturação necessária para desfechar o impeachment parlamentar e empossar o milico torturador Mourão no Palácio do Planalto. O resultado da campanha do impeachment “sanitário” no sábado foram carreatas medianas, que estiveram muito longe de marcar um ponto de inflexão na conjuntura nacional.

Não seria demais “lembrar” para a esquerda reformista e domesticada pelo capital, que o “eixo sanitário” priorizado na última campanha eleitoral, conduziu o PT e o PCdoB a maior derrota dos últimos trinta e cinco anos, quando da primeira vitória petista em uma capital, no caso Fortaleza em 1985. Pode até parecer muito “sonoro e pomposo” vocalizar em consonância com a mídia corporativa que “Bolsonaro é genocida” por conta dos 220 mil mortos (números do consórcio privado dos meios de comunicação) da Covid no Brasil. Porém o “povão”, do qual o reformismo não gosta do seu “cheiro” e só o procura em tempos de eleição, tem a percepção exata de que suas agruras reais passam muito longe do “carnaval de demagogia” por conta da pandemia. Para começar teríamos que indagar a esquerda reformista, se realmente acha que Bolsonaro é um “genocida” por que diabos apoia seu candidato à presidência do Senado, e na Câmara dos Deputados chancela um aliado muito próximo do presidente neofascista? As massas proletárias não são idiotas como pensa a esquerda, esta sim imbecilizada como papagaio dos barões da mídia. Se realmente há um genocídio no país, este não é por conta de uma pandemia sobrevalorizada por interesse do rentismo financeiro, é sim um genocídio provocado pela crise agônica do capitalismo, que mata todo ano dezenas de milhares de pessoas por desnutrição, tuberculose, doenças cardiovasculares e pulmonares, falta de saneamento básico, ausência de atendimento clínico na rede pública hospitalar, incapacidade de comprar medicamentos caros, alcoolismo, depressão, abandono a idosos e moradores de rua, acidentes vasculares, Covid etc... Em resumo o verdadeiro genocida é o modo de produção capitalista que leva milhões de seres humanos a miséria, mas isto os reformistas não podem dizer por serem fiéis a burguesia e seu regime da democracia dos ricos!

Elegendo para “atacar”’apenas o gerente plantonista do Estado burguês, para “livrar a cara” da classe capitalista dominante, a verdadeira inimiga histórica da classe operária, o PT e seus assemelhados atuam como a “quinta coluna” da governança global do capital financeiro, que faz campanha aberta para retirar Bolsonaro do Planalto e colocar um novo gerente totalmente “adaptado” ao Centro Civilizatório da Nova Ordem Mundial. Se Bolsonaro foi útil a burguesia para quebrar o ciclo dos governos da Frente Popular, agora se transformou em um “pequeno” entrave ao ingresso do país a Nova Ordem Mundial e deve ser removido de forma menos traumática possível, ou seja pela via do impeachment institucional que estabeleça a transição do “milico” torturador Mourão ao “científico vacinante” João Dória.

A pretendida campanha pelo “Fora Bolsonaro”, não passa de mais uma farsa da esquerda reformista, sua estratégia política é puramente eleitoreira com objetivo de acumular “densidade” (cargos executivos e parlamentares) na própria estrutura do Estado burguês. O PT e seus apêndices são parceiros dos piores “escorpiões” genocidas do planeta, muito piores do que o neofascista Bolsonaro, que parece um pequeno “inseto” se comparado a famiglia Marinho, Democratas ianques, ou mesmo aos organismos imperialistas como a ONU e OMS, verdadeiros carniceiros históricos dos povos oprimidos. Como não falar que Lula foi cúmplice ativo da ocupação imperialista no Haiti, que causou meio milhão de mortos por doenças como cólera, tifo, tuberculose e fome, sem que a “caridosa” OMS ou a Fundação Gates emitissem uma única nota de denúncia do genocídio que estava ocorrendo a céu aberto. Agora estes canalhas da esquerda reformista estão a fazer pura demagogia eleitoral agitando a bandeira do “genocídio”, quando sequer defendem a estatização de uma empresa multinacional assassina que deixou faltar oxigênio hospitalar em Manaus, para pedir o “impeachment do presidente do genocida”... é muita cara de pau para enganar uma população aterrorizada pelo bombardeio da mídia corporativa.

No sentido inverso, “remando contra a maré” do oportunismo, os Marxistas Leninistas publicitam a necessidade de derrubar todas as alas do governo neofascista pela senda da ação direta e revolucionária das massas, empunhando a pauta das reivindicações concretas do proletariado, profundamente castigado com o aguçamento da crise capitalista. Mobilizamos por emprego, renda, aumento geral dos salários, redução e congelamento da cesta básica, saúde pública e de qualidade para todos, direito à moradia urbana e rural, confisco do latifúndio produtivo e o cancelamento de todas as medidas repressivas contra a organização popular e garantia dos direitos democráticos de concentrações públicas das massas! Organizar greves com ocupação de fábrica onde houve demissões e fechamento de empresas, rumo a uma Grande Greve Geral para impor um poder operário e popular!