CARACTERIZAR A INVASÃO DO CAPITÓLIO COMO “GOLPE DE ESTADO” NÃO APONTA CONTRA OS FASCISTAS: SÓ FORTALECE OS REACIONÁRIOS DEMOCRATAS
Um “golpe” ao estilo de Facebook. Até mesmo a própria
publicidade amplamente replicada de que se tratava de “tomar pela força o poder
político” da potência mais perigosa da história da humanidade é realmente
ridícula e certamente responde a outros interesses. Foram as principais redes
sociais (Facebook, Instagram e Twitter) que fizeram essa avaliação estúpida e a
esquerda reformista foram os que mais a replicaram de forma “boba”, mas muito
útil aos interesses dos assassinos do Partido Democrata.
Jornalistas reacionários e magnatas das grandes corporações
que por alguns minutos se tornaram radicalmente "antifascistas",
invocaram com entusiasmo a mesma retórica para descrever o que aconteceu no
Capitólio como "terrorismo doméstico" ou "insurreição",
isto é, aqueles tipificadores que normalmente também se aplicam contra o
movimento de massas.
Um covarde de Trump, que “amarelou” poucas horas depois da
encenação da extrema direita. A noção de que Trump "incitou" uma
violenta insurreição é ridícula, e não se sustenta com o decorrer dos acontecimentos.
Seu discurso na tarde de segunda-feira, que precedeu a marcha para o Capitólio
foi outro festival de absurdos politicamente desconexos, exceto que faltou o
humor que costumava torná-lo divertido. Trump não deu ordem para seus
seguidores invadirem a sede da "sagrada democracia americana". Na
verdade, depois de fazer seu discurso, foi para casa tweetar e assistir
televisão, como ele mesmo afirmou, isto está muito longe de ser realmente uma
preparação para um golpe de Estado!
Trump nunca teve coerência ideológica para organizar um
"golpe" contra as instituições republicanas. Flertou eleitoralmente
com o fascismo, para ganhar os votos da extrema direita, ao mesmo tempo que tem
os pés fincados no regime “liberal democrático” dos EUA. Pouco depois da
erupção, ele pediu a seus seguidores que "fossem para casa". Nenhuma facção do governo federal se juntou à
marcha por ordem de Trump, porque ele não se preocupou em emitir nenhuma
orientação nesta direção. Se é um fato comprovado que o movimento fascista
cresce nos EUA, na mesma simetria da grave crise capitalista do imperialismo
ianque, não terá um Donald Trump como novo líder nazista.
Mas será que “devemos armar a democracia”, como afirmam os
reformistas domesticados ao capital financeiro? O episódio inteiro nunca teve a
mais remota chance de evitar a certificação de Joe Biden, muito menos de
derrubar o governo eleito pelo Deep State. Foi apenas mais uma “palhaçada
política” da extrema direita eleitoral, e nesse sentido, um final melancólico,
um “tiro no próprio pé” adequado para a presidência de um reacionário covarde,
como é Trump. O crescimento do fascismo, o proletariado norte-americano deve
combater com seus próprios métodos de classe: A ação direta das massas!
Defender um alinhamento com a CIA, FBI e o Pentágono, para “salvar a
democracia”, merece todo o nojo político dos Marxistas Leninistas.