quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

“AGENDA DAVOS” DO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL: A ELITE CAPITALISTA AINDA MAIS RICA NA PANDEMIA E MILHARES DE PESSOAS NA POBREZA ABSOLUTA DURANTE PELO MENOS UMA DÉCADA

“The Inequality Virus” foi um estudo publicado na abertura da “Agenda Davos” do Fórum Econômico Mundial que reúne virtualmente nestes dias justamente os grandes capitalistas que ganharam imensamente com a pandemia. O relatório da Oxfam sobre o “vírus da desigualdade” aponta que as 1000 pessoas mais ricas do planeta recuperaram suas perdas econômicas anterior ao COVID-19 em apenas nove meses de pandemia, enquanto milhares de pessoas viverão na pobreza absoluta por mais de uma década devido aos efeitos diretos dramáticos da pandemia nas condições de vida do povo explorado pelo modo de produção capitalista. 

O relatório mostra que o COVID-19 teve o potencial de aumentar a desigualdade econômica em quase todos os países no imediato, a primeira vez que isto acontece desde que começou a haver registos há mais de um século. O aumento da desigualdade no marco do próprio capitalismo significa que o número de pessoas que vivem na pobreza pode levar pelo menos 14 vezes mais tempo a regressar aos níveis pré-pandêmicos do que o necessário para que as fortunas dos mil trilionários, se recuperem, que já ocorreu no curso da pandemia! 

As empresas capitalistas globais que montaram o “Event 201” com o coronavírus “inventado” são as mesmas que extraítam enormes dividendos econômicos com o coronavírus verdadeiro. Por essa razão, os Marxistas chegaram a uma conclusão científica que nada tem a ver com a “teoria da conspiração”, termo inclusive elaborado pela CIA nos anos 60 para denegrir os que denunciavam seus crimes: o novo coronavírus é parte integrante da guerra híbrida do império travada não só contra a China, mas contra os povos do mundo que lutam contra a barbárie do capital, no sentido de impor uma nova ordem de controle social no planeta, beneficiando o capital financeiro e de “quebra” a Bigpharma, um dos seus terminais de investimentos.

Um novo inquérito global junto a 295 economistas de 79 países, encomendado pela Oxfam, revela que 87 por cento dos que responderam, incluindo Jeffrey Sachs, Jayati Ghosh e Gabriel Zucman, esperam um "aumento" ou um "grande aumento" na desigualdade de rendimento no seu país em consequência da pandemia. 

O relatório da Oxfam mostra que o precário sistema econômico permitirá que uma elite super-rica acumule riqueza em meio à pior recessão desde a Grande Depressão enquanto milhares de milhões de pessoas estão lutando para conseguirem sustentar-se minimamente. Ele revela como a pandemia aprofunda as antigas divisões de classe, raciais e de gênero.

Os dez homens mais ricos do mundo viram as suas riquezas somadas aumentarem trilhões de dólares desde o começo da pandemia. Ao mesmo tempo, a pandemia anunciou a pior crise de emprego em mais de 90 anos com centenas de milhões de pessoas agora sub-empregadas ou sem trabalho.

As mulheres são as mais duramente atingidas, mais uma vez. Globalmente, as mulheres estão super-representadas nas profissões precárias com baixos pagamentos que têm sido mais duramente atingidas pela pandemia. Se as mulheres estivessem representadas à mesma taxa que os homens nestes sectores, 112 milhões de mulheres já não estariam mais em alto risco de perder os seus rendimentos ou empregos. As mulheres também constituem cerca de 70 por cento da mão-de-obra global na área da saúde (empregos essenciais mas muitas vezes mal remunerados que as colocam em maior risco de COVID-19).

A desigualdade está provocando mais mortes na pandemia. Afro-descendentes no Brasil têm uma probabilidade de morrer 40 por cento mais elevada do que a das pessoas brancas, enquanto cerca de 22 mil pessoas negras e hispânicas nos Estados Unidos ainda estariam vivas se experimentassem as mesmas “taxas de COVID-19” dos brancos. A infecção e as taxas de mortalidade são mais elevadas nas áreas mais pobres de países tais como a França, Índia e Espanha enquanto as regiões mais pobres da Inglaterra experimentam taxas de mortalidade que são o dobro daquelas das áreas mais ricas.

As fortunas dos multimilionários recuperaram à medida que os mercados bolsistas recuperavam, apesar da contínua recessão na economia real. A sua riqueza total atingiu US$11,95 trilhões em Dezembro de 2020. Quando o vírus atacou, mais da metade dos trabalhadores dos países pobres viviam na pobreza e três quartos dos trabalhadores a nível global não tinham acesso a proteções sociais como subsídio de doença ou subsídio de desemprego mostrando que a crise capitalista gerou o COVID-19 e não o contrário, ele a aprofundou.

O “insuspeito” Banco Mundial simulou que o impacto de um aumento na desigualdade em quase todos os países em simultâneo significaria para a pobreza global. O banco descobriu que se a desigualdade (medida pelo coeficiente de Gini) aumentasse em 2 pontos percentuais anualmente e o crescimento global per capita contraísse em 8 por cento, 501 milhões mais de pessoas ainda estariam vivendo com menos de US$5,50 por dia em 2030, em comparação com um cenário em que não houvesse qualquer aumento de desigualdade. Em consequência, os níveis de pobreza global seriam mais altos em 2030 do que eram antes do ataque da pandemia, com 3,4 mil milhões de pessoas a viverem ainda com menos de US$5,50 por dia.

Quando a elite dos predadores do capital financeiro reunidos na Agenda Davos do Fórum Econômico Mundial, que conduziram o mundo ao estado desgraçado em que se encontra, agora se propõem a salvá-lo, tirando proveito da “janela de oportunidade” que são as pandemias, podemos deduzir que há nuvens ainda mais sombrias no horizonte. 

É necessário organizar a resistência revolucionária das massas, de forma totalmente independente da esquerda domesticada, transformada em um apêndice putrefato da criminosa OMS.