domingo, 31 de janeiro de 2021

GOLPE DE ESTADO NA BIRMÂNIA (MYANMAR) MILITARES DETEM O PRESIDENTE E A PRIMEIRA MINISTRA: DERROTAR O GOLPISMO DOS REACIONÁRIOS MILITARES COM A MOBILIZAÇÃO DIRETA DA CLASSE OPERÁRIA!

A Primeira Ministra da Birmânia (Myanmar) Aung San Suu Kyi, o presidente do país, Win Myint, além de outras figuras de destaque do partido governante, foram detidas durante uma operação militar golpista realizada nas primeiras horas desta segunda-feira (01/02), informou um porta-voz do governo citado pela agência Reuters de notícias. Segundo o porta-voz, Myo Nyunt, que conversou com a Reuters por telefone, Aung San Suu Kyi, a ganhadora do prêmio Nobel da Paz em 1991 e conselheira de Estado da Birmânia e o presidente do país, Win Myint, foram "levados" junto com outras lideranças políticas nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (horário local,domingo a noite no Brasil). “Quero dizer a nossa gente que não responda de forma precipitada e quero que atuem conforme a lei", afirmou o secretário de justiça, que acrescentou que também esperava ser preso pelas forças militares do país asiático.

As prisões acontecem após dias de aumento das tensões entre o governo civil, que é comandado pelo partido Liga Nacional pela Democracia (LND), liderado por Aung San Suu Kyi, e o Exército do país, o que provocou temores de um golpe de Estado após uma eleição que os militares consideraram como fraudulentas. Segundo a Reuters, as linhas telefônicas da capital do país, Naypyidaw, não estavam disponíveis na madrugada desta segunda-feira. Além disso, a emissora de televisão estatal MRTV escreveu em uma publicação no Facebook que não estava conseguindo transmitir o seu sinal devido a problemas técnicos.

Um parlamentar da LND citado pela Reuters, que pediu o anonimato por medo de sofrer retaliação, declarou que entre os detidos também estava Han Thar Myint, integrante do comitê executivo central do partido.Nas eleições ocorridas em novembro, a LND venceu por grande maioria o partido vinculado aos militares.No sábado (30/01) o Exército da Birmânia afirmou que protegeria e cumpriria a Constituição, e que agiria de acordo com a lei, depois que a possibilidade de um golpe de Estado foi ventilada no país ao longo da última semana. A Comissão Eleitoral da Birmânia , por sua vez, rejeitou as alegações dos militares de que teria ocorrido fraude nas eleições, ao assinalar que não houve problemas suficientes para afetar a credibilidade da votação.

Os Marxistas Leninistas diante do anúncio do golpe militar, ocorrido no milenar país asiático que tem uma população de mais de 50 milhões de habitantes, convocam as organizações operárias e entidades populares do país a derrotar o golpismo reacionário e pró-imperialista pela via da mobilização direta das massas. Nenhuma ilusão no atual partido governante(LND)que chama a não resistência ao golpe, em nome de uma possível negociação parlamentar com os militares. Construir o verdadeiro poder operário, camponês e popular para defenestrar os golpistas, na perspectiva de estabelecer um genuíno governo dos trabalhadores!