O mais recente capítulo da novela de bravatas reacionárias
da familícia Bolsonaro (“ameaça” de um novo AI-5 pela boca de “03”) foi
integralmente “comprado” pelos grupos revisionistas do Trotskismo (PSTU e MRT).
Que PT, PSOL e PCdoB defendam a ampliação das fronteiras do chamado “campo
democrático” a cada factoide criado pelo clã bolsonarista não há nenhuma
novidade, tal polarização lhe favorece imensamente no terreno eleitoral e
social. Essa dinâmica joga “água no moinho” da “Frente Ampla antifascista” que Lula
costura com o Centrão de Maia e até mesmo o PSDB de FHC de olho nas eleições
presidenciais de 2022. Caberia todo tipo de alianças burguesas para derrotar
Bolsonaro e seus pimpolhos nazis, nada de estimular a luta direta
revolucionária nas ruas. Tudo seria decido nas urnas, como condensa a manchete
do site frente populista Brasil 247 “Aliança da esquerda com o centro pode
cassar Eduardo Bolsonaro”. O portal lulista aponta a tarefa do momento: “A
batalha política pela cassação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
já iniciada com o pedido apresentado pela oposição na quinta-feira (31) depois
que o filho do ocupante do Planalto defendeu a volta da ditadura com a edição
de um ‘novo AI-5’ porá à prova a força política de uma frente ampla democrática
em confronto com o clã Bolsonaro e a extrema-direita que o apoia”. O
reformismo, eterno defensor do “Estado de direito” e da “democracia”, se posta
como melhor paladino do regime político burguês, chamando inclusive toda a
escória neoliberal a não aceitar os “exageros” da familícia, tanto que até
Dória criticou as declarações de Eduardo Bolsonaro. Como essa tal
“radicalização da esquerda” delirante de “03” sob comando do PT não existe,
caberia apenas lucrar nas urnas com as bravatas da familícia. O grave nesse
episódio não são as “ameaças” de “03” mas o fato de que os grupos revisionistas
do trotskismo como o PSTU e o MRT compram, patrocinam e estimulam a dinâmica
que favorece a política de colaboração de classes da Frente Popular, atuam
acriticamente diante dessa armadilha. O MRT, por exemplo, logo saiu alarmado
“Eduardo Bolsonaro quer censurar, fechar Congresso e institucionalizar tortura
com novo AI-5”. Com “Trotskistas” como esses, impressionistas e ingênuos, a
vanguarda classista nunca vai superar o reformismo da Frente Popular, ao
contrário, os revisionistas não passarão de “pata esquerda” do Lulismo. Tanto
que o próprio MRT, depois de saudar as declarações de Maia e da máfia togada do
STF, aconselha o PT: “A referência feita por Eduardo Bolsonaro já provocou
reações negativas por ministros do Supremo Tribunal Federal, por siglas
partidárias como PSDB e PSOL e Rodrigo Maia, presidente da Câmara já fala em
punição. Para nós do Esquerda Diário não se trata tão somente de rechaçar
referências a ditadura militar, mas sim de defender os processos que estão
ocorrendo por toda a América Latina e lutar para que todos os crimes das
ditaduras militares, assim como os crimes políticos como o de Marielle Franco
sejam apurados e seus executores e mandantes punidos” (Esquerda Diário, 31,10).
No artigo, não é chamado a se romper com a política de paralisia imposta pela
Frente Popular e, muito menos, a construir as milícias de auto-defesa dos
trabalhadores, seria apenas necessário que a sonhada “Frente Ampla” proposta por
Lula (Centrão, PT, PSOL) se postasse contra as bravatas da familícia e, juntos,
exigissem a apuração e punição dos crimes da ditadura e do assassinato de
Marielle Franco. O PSTU foi no mesmo caminho de fortalecer a “frente
democrática” em torno do PT, como fez nas eleições presidenciais de 2018 ao
apoiar Haddad no segundo turno em nome de derrotar a direita: “Todas as
organizações da classe trabalhadora, mas também as organizações da sociedade
civil que se reivindicam democráticas, precisam rechaçar essas ameaças
autoritárias. Precisamos dar um basta nisso! Ditadura nunca mais!”.
A pauta policlassista defendida pelo PSTU e MRT que unifica todo o chamado “campo democrático” contra o bolsonarismo é um completo engodo, porque tem como limite apenas do desgaste eleitoral da extrema-direita e não sua derrubada revolucionária que coloque na ordem do dia a edificação de um Governo Operário e Camponês sob os escombros do Estado capitalista. Enquanto 2022 não chega, o tripé ultraneoliberal Bolsonaro-Guedes-Moro leva adiante o ajuste exigido e aplaudido pela burguesia e os rentistas, que a cada bravata do clã avança em sua agenda contra os trabalhadores (privatizações, reformas neoliberais administrativa e tributaria, quebra de direitos). O PT, por sua vez, aguarda passivo o calendário eleitoral (2020, 2022), enquanto a CUT sabota as lutas, como foi o aborto da greve petroleira, a inação diante do fechamento do FORD no ABC e a sabotagem da paralisação nos Correios... Em resumo, a Frente Popular agradece aos revisionistas do Trotskismo (PSTU e MRT) pelo apoio a sua política de colaboração de classes aguardando paralítica um novo capítulo da novela rocambolesca do clã bolsonarista!
A pauta policlassista defendida pelo PSTU e MRT que unifica todo o chamado “campo democrático” contra o bolsonarismo é um completo engodo, porque tem como limite apenas do desgaste eleitoral da extrema-direita e não sua derrubada revolucionária que coloque na ordem do dia a edificação de um Governo Operário e Camponês sob os escombros do Estado capitalista. Enquanto 2022 não chega, o tripé ultraneoliberal Bolsonaro-Guedes-Moro leva adiante o ajuste exigido e aplaudido pela burguesia e os rentistas, que a cada bravata do clã avança em sua agenda contra os trabalhadores (privatizações, reformas neoliberais administrativa e tributaria, quebra de direitos). O PT, por sua vez, aguarda passivo o calendário eleitoral (2020, 2022), enquanto a CUT sabota as lutas, como foi o aborto da greve petroleira, a inação diante do fechamento do FORD no ABC e a sabotagem da paralisação nos Correios... Em resumo, a Frente Popular agradece aos revisionistas do Trotskismo (PSTU e MRT) pelo apoio a sua política de colaboração de classes aguardando paralítica um novo capítulo da novela rocambolesca do clã bolsonarista!