quarta-feira, 27 de novembro de 2019

FUP TEATRALIZA GREVE “FAZ DE CONTA” ENQUANTO FNP EM ABERTA PELEGAGEM SEQUER MOBILIZA SUAS BASES NA PETROBRAS: RESPONDER AOS ATAQUES DE GUEDES E DO TST COM UMA VERDADEIRA GREVE NACIONAL COM PIQUETES QUE PARALISEM A EXTRAÇÃO, REFINO E ABASTECIMENTO!


Os petroleiros ligados a FUP deliberaram pela greve por tempo determinado, de 25 a 29 de novembro, desgraçadamente trata-se de uma “greve de faz de conta”. Esta foi a tímida e midiática resposta da burocracia sindical cutista ao não cumprimento do acordo de trabalho (ACT), que mesmo rebaixado, não foi cumprido sequer pela direção privatista da Petrobras. A paralisação de mentirinha visa em tese alertar a própria empresa para os riscos da política de demissões e de transferência de pessoal implementada. A FNP, ligada ao PSTU, PSOL e setores da chamada “esquerda petista”, teve uma conduta ainda mais pelega, não mobilizaram e sequer paralisaram as atividades em suas bases na Petrobras, como no Rio de Janeiro, apostando em negociações a porta fechada com a direção da empresa! Uma traição aberta a luta dos petroleiros! A Petrobras descumpriu os termos do acordo coletivo de trabalho, assinado no dia 4 depois de negociação mediada pelo próprio TST, efetuando demissões e transferências, além de incluir metas de segurança, saúde e meio ambiente como critérios para pagamento de bônus. Apenas nos cinco últimos anos, a empresa cortou quase 23 mil postos de trabalho. Tinha 86.111 no final de 2013 e fechou 2018 com 63.361, sendo 47.556 na controladora e os demais nas subsidiárias. Em represália patronal, a empresa recorreu mais uma vez à Justiça, pedindo que o TST impusse multas ainda mais elevadas e punições mais rígidas, reivindicação acatada pelo reacionário e ultra-neoliberal “ministro” Ives Gandra, que classificou a paralisação como “afronta”. Gandra determinou hoje a suspensão das mensalidades pagas pelos empregados para sustentar os sindicatos até que seja alcançado o valor das multas. Determina também o bloqueio de R$ 2 milhões das contas dos 13 sindicatos envolvidos na greve e da FUP. A última vez que a Justiça autorizou um bloqueio desse tipo foi na greve de 1999, a única em que houve desabastecimento de combustível. Por sua vez, o ministro da Economia, Paulo Guedes sugeriu que demitiria os grevistas da Petrobras se a estatal fosse uma empresa privada comandada por ele. “Você tem excelentes salários (na Petrobras), bons benefícios, quase estabilidade de emprego e tenta usar o poder político para extrair aumento de salário no momento em que há desemprego em massa? Se fosse uma empresa privada e eu fosse o presidente, sei o que faria. Cheio de gente procurando emprego e tem gente fazendo greve?". Na paralisação desta semana, no entanto, os sindicatos escandalosamente garantiram que o atendimento à população estaria garantido, cedendo a chantagem da empresa e do TST. Segundo a bucrocracia cutista, “Para a FUP, a decisão do TST de bloquear as contas e os repasses à entidade e aos sindicatos é arbitrária. Afinal, a mobilização, como a entidade fez questão de ressaltar desde a semana passada, não irá afetar a produção de petróleo, ou o abastecimento de combustíveis do país e por isso não prejudicará a população”. Essa política defensiva e pelega da FUP visa sempre buscar um acordo com o governo, somente pressionar por um acatamento do ACT proposto pelo próprio TST. Diante da ofensiva reacionária de Guedes e do TST que atacam a greve dos petroleiros da FUP é paralisar a Petrobras de verdade (extração, refinarias e abastecimento) para derrotar a ofensiva privatista e policialesca do governo Bolsonaro, sendo necessário as bases da paralítica FNP ingressarem imediatamente na paralisação, superando a disputa dos aparatos sindicais burocráticos que sequer conseguem fazer uma greve nacional conjunta enquanto a Petrobras é destruída e privatizada!