CAPITULAÇÃO VERGONHOSA DE EVO MORALES: ABAIXO O GOLPE DE ESTADO NA BOLÍVIA! PELO ARMAMENTO DA CLASSE
OPERÁRIA E DOS MINEIROS PARA DERROTAR O GOLPISMO DA EXTREMA-DIREITA!
O presidente Evo Morales anunciou saída da presidência
boliviana na tarde deste domingo (10.11) em rede nacional e seu vice também deixou
o cargo. A ex-presidente do Supremo Tribunal Eleitoral da Bolívia,
Maria Eugenia Choque Quispe, foi presa na noite deste domingo e exibida
com algemas pela polícia numa entrevista coletiva. Esse é resultado de um golpe de estado perpetrado pela direita, que
agora pretende encarcerá-lo. Evo renunciou mais cedo ao cargo de presidente da
Bolívia e postou em rede social que um “oficial da polícia anunciou
publicamente que tem instrução para executar um mandado de prisão ilegal. Grupos
violentos assaltaram minha casa. Os golpistas destroem o Estado de Direito”,
acrescentou. Diante dos ataques da direita é preciso organizar a resistência da
classe operária, armando os trabalhadores para enfrentar a reação burguesa, convocando os mineiros para a luta direta contra os fascistas.
Desgraçadamente a política do MAS foi de render-se diante da ofensiva
reacionária, não convocando os trabalhadores a responder aos ataques da polícia
e das FFAA. Tanto que Evo declarou “Decidi, escutando meus companheiros,
renunciar ao meu cargo da presidência. Por que tomei essa decisão? Para que
Mesa e Camacho não sigam perseguindo meus irmãos dirigentes sindicais. Para que
Mesa e Camacho não sigam queimando a casa dos governadores de Oruro e
Chuquisaca. Lamento muito esse golpe cívico, e de alguns setores da polícia que
se juntaram para atentar contra a democracia, contra a paz social com
violência, com amedrontamento para intimidar o povo boliviano”. Os Marxistas
Leninistas que estabeleceram a oposição operária e camponesa aos governos de
Frente Popular e em particular a gestão de Evo Morales, não admitimos qualquer
“unidade de ação” com a extrema direita para “derrubar os reformistas do
poder”, desgraçadamente o POR aderiu às “teses” revisionistas dos Morenistas
que enxergam “revoluções” dirigidas pela CIA e a OTAN. Em oposição a esse
caminho suicida, os Marxistas Revolucionários da LBI, que defendemos o Voto
Nulo nas eleições presidenciais e depois, quando a direita partiu para o ataque
com manifestações terroristas, estabelecemos frente única de ação com o MAS e
os setores da COB que se lavantaram contra os neofascistas, agora diante da
capitulação de Evo declaramos que a classe trabalhadora e os setores populares devem se
armar e combater a direita nas ruas, lutando para forjar sua própria alternativa de
poder por meio de um Congresso de Trabalhadores do campo e da cidade, com delegados
democraticamente eleitos pela base, que coloque na ordem do dia a questão de um
poder revolucionário dos explorados como alternativa à Frente Popular e a
direita!