terça-feira, 5 de novembro de 2019

PACOTÃO ULTRA NEOLIBERAL PARA DESMONTAR O ESTADO: ENQUANTO OPOSIÇÃO BURGUESA ESTÁ PERDIDA COM “PORTARIA E PORTEIRO”...


O ministro rentista Paulo Guedes, apresentou nesta terça-feira (05/11) um “Pacotão” ultra neoliberal de arrocho contra a população brasileira e de entrega do patrimônio nacional a trustes imperialistas, como sendo um “novíssimo” pacto federativo. Nada mais falso sem o menor escrúpulo!  Ao contrário do que Guedes afirma todas as medidas do pacote restringem as verbas das administrações estaduais e municipais, acabam com os orçamentos obrigatórios para Saúde e Educação e criam mecanismos de punição e arrocho salarial de professores, enfermeiros, médicos, policiais e demais servidores públicos. Os servidores públicos são um dos principais alvos do malfadado “Pacto Federativo”, que prevê possibilidade de redução da jornada em até 25%, com corte proporcional no salário. Como um estafeta do capital financeiro, Guedes acena para a burguesia com as migalhas que as petroleiras estrangeiras deixariam no país depois de abocanhar e traficar nosso petróleo. Ele prometeu dividir essas migalhas com prefeitos e governadores, desde que eles concordem em arrochar seus orçamentos cortando gastos sociais. Cinicamente ele chama seu plano ultra neoliberal de estrangulamento e desmonte do Estado de “Mais Brasil”. Seria bom enfatizar que essas mesmas medidas draconianas do governo Bolsonaro, que visam enfraquecer a economia do país, vender tudo o que é estatal, perseguir servidores, aposentados e trabalhadores em benefício de banqueiros e especuladores financeiros como ele, representam exatamente a mesma política que a “patota” de Guedes implantou para “quebrar” o Chile. A estratégia do governo neofascista é mesmo o desmonte do que ainda resta de conquistas sociais no marco constitucional, o “pacotão” extingue o Plano Plurianual (PPA), previsto no artigo 165 da Constituição Federal. Ou seja, nada mais de um mínimo planejamento econômico e social. Para Guedes, quem deve “planejar” a economia do país não é o governo central, não é o Congresso Nacional, mas sim a “mão do mercado” financeiro. Afinal, os bancos brasileiros têm recebido tratamento “especial” desde o governo Lula, e dando mostras de extrema “eficiência” em bater recordes internacionais de acumulação de capital, ou seja, são “experts” em ganhar dinheiro extorquindo os trabalhadores e o Tesouro Nacional, através de uma fraudulenta dívida pública. A prioridade absoluta da quadrilha de Guedes é drenar os recursos estatais para remunerar a “meia dúzia” de rentistas que aplicam em títulos seguros da dívida pública. Esse neo engodo de “pacto federativo” e suas “proibições” valerão por dois anos, o pretexto é que depois desse período de arrocho fiscal a União, Estados e municípios terão recuperado a “saúde financeira”, uma verdadeira “fábula” para enganar os tolos e incautos! No entanto o mais grave na dramática conjuntura nacional, é a absoluta inércia das forças políticas que se dizem de “oposição” ao bolsonarismo, absorvidas no jogo distracionista dos “factoides” lançados diariamente pela mídia corporativa, acreditam que a única resposta política ao neofascismo deve acontecer no campo institucional, em particular nos litígios do STF e na expectativa das próximas eleições. Enquanto a oposição burguesa se perde imobilizada com “porteiros e portarias”, a horda neoliberal de Guedes, o clã fascista Bolsonaro e as milícias criminosas avançam terreno contra o povo brasileiro...