O ministro rentista Paulo Guedes, apresentou nesta
terça-feira (05/11) um “Pacotão” ultra neoliberal de arrocho contra a população
brasileira e de entrega do patrimônio nacional a trustes imperialistas, como
sendo um “novíssimo” pacto federativo. Nada mais falso sem o menor
escrúpulo! Ao contrário do que Guedes
afirma todas as medidas do pacote restringem as verbas das administrações
estaduais e municipais, acabam com os orçamentos obrigatórios para Saúde e
Educação e criam mecanismos de punição e arrocho salarial de professores,
enfermeiros, médicos, policiais e demais servidores públicos. Os servidores
públicos são um dos principais alvos do malfadado “Pacto Federativo”, que prevê
possibilidade de redução da jornada em até 25%, com corte proporcional no salário.
Como um estafeta do capital financeiro, Guedes acena para a burguesia com as
migalhas que as petroleiras estrangeiras deixariam no país depois de abocanhar
e traficar nosso petróleo. Ele prometeu dividir essas migalhas com prefeitos e
governadores, desde que eles concordem em arrochar seus orçamentos cortando
gastos sociais. Cinicamente ele chama seu plano ultra neoliberal de
estrangulamento e desmonte do Estado de “Mais Brasil”. Seria bom enfatizar que
essas mesmas medidas draconianas do governo Bolsonaro, que visam enfraquecer a
economia do país, vender tudo o que é estatal, perseguir servidores,
aposentados e trabalhadores em benefício de banqueiros e especuladores
financeiros como ele, representam exatamente a mesma política que a “patota” de
Guedes implantou para “quebrar” o Chile. A estratégia do governo neofascista é
mesmo o desmonte do que ainda resta de conquistas sociais no marco
constitucional, o “pacotão” extingue o Plano Plurianual (PPA), previsto no
artigo 165 da Constituição Federal. Ou seja, nada mais de um mínimo
planejamento econômico e social. Para Guedes, quem deve “planejar” a economia
do país não é o governo central, não é o Congresso Nacional, mas sim a “mão do
mercado” financeiro. Afinal, os bancos brasileiros têm recebido tratamento
“especial” desde o governo Lula, e dando mostras de extrema “eficiência” em
bater recordes internacionais de acumulação de capital, ou seja, são “experts”
em ganhar dinheiro extorquindo os trabalhadores e o Tesouro Nacional, através
de uma fraudulenta dívida pública. A prioridade absoluta da quadrilha de Guedes
é drenar os recursos estatais para remunerar a “meia dúzia” de rentistas que
aplicam em títulos seguros da dívida pública. Esse neo engodo de “pacto
federativo” e suas “proibições” valerão por dois anos, o pretexto é que depois
desse período de arrocho fiscal a União, Estados e municípios terão recuperado
a “saúde financeira”, uma verdadeira “fábula” para enganar os tolos e incautos!
No entanto o mais grave na dramática conjuntura nacional, é a absoluta inércia
das forças políticas que se dizem de “oposição” ao bolsonarismo, absorvidas no
jogo distracionista dos “factoides” lançados diariamente pela mídia
corporativa, acreditam que a única resposta política ao neofascismo deve
acontecer no campo institucional, em particular nos litígios do STF e na
expectativa das próximas eleições. Enquanto a oposição burguesa se perde
imobilizada com “porteiros e portarias”, a horda neoliberal de Guedes, o clã
fascista Bolsonaro e as milícias criminosas avançam terreno contra o povo
brasileiro...