sexta-feira, 8 de novembro de 2019

COM AVAL DO ALTO COMANDO DAS FFAA NO VOTO "MINERVA" DE TOFFOLI: LULA SAI DA PRISÃO E JÁ PREGA A CONCILIAÇÃO DE CLASSES EM UM FUTURO GOVERNO DA FRENTE POPULAR EM 2022


Com o aval do alto comando das FFAA que avalizaram previamente o voto de minerva do arrivista Dias Toffoli, Lula acaba de ser liberado do cárcere em que foi mantido 580 dias por uma sórdida sentença manipulada pelos bandidos da famigerada Lava Jato. Lula falou rapidamente, por cerca de 10 minutos, no acampamento da vigília “Lula Livre”, em Curitiba, na toada já de uma campanha eleitoral para presidência da república. A principal liderança da Frente Popular atacou violentamente o “lado podre” do sistema judiciário (MP, PF e o próprio Sérgio Moro), embora tenha afirmado que “não guarda mágoas de ninguém”, acenando com o velho “Lulinha, paz e amor”. No outro campo político, o da reação da direita, o Alto Comando das FFAA não se manifestou sobre a soltura de Lula, se restringindo a um comunicado do vice-presidente, general Mourão, com lamúrias defensivas em defesa do “Estado de Direito”. Lula anunciou que amanhã sábado (09/11) no sindicato dos metalúrgicos do ABC, fará um discurso mais amplo sobre a conjuntura e as perspectivas do PT. Nós, Leninistas da LBI, que fomos a primeira corrente a denunciar a grande farsa da Lava Jato, ainda em 2014 e apontamos a trama política do golpe parlamentar contra o governo do PT, estamos totalmente a vontade para caracterizar a liberdade de Lula como uma “iniciativa” da burguesia nacional para se “armar” politicamente diante de uma possível “explosão social” fruto da crise neoliberal capitalista que assola a maioria dos países do continente latino-americano. Nossa análise marxista, derivada de uma deliberação institucional do STF, parte da ausência de uma efetiva mobilização de massas para libertar Lula, ficando a cargo de um setor da própria cúpula republicana a “missão” de revogar os atos arbitrários da quadrilha de Moro e Dallagnol. Porém estes fatos não anulam a justeza da defesa enfática do “Lula Livre”, que em nada significa legitimar a estratégia de colaboração de classes do PT e sua Frente Popular (PSOL, PCdoB, PCO, etc..). Nos próximos dias ficará mais cristalino, os passos da classe dominante diante do ex-presidente Lula de volta ao comando pessoal da oposição burguesa, assim como a tática política que adotará a Frente Popular no curso da ofensiva neoliberal para suprimir as conquistas históricas do povo brasileiro. Cabe a vanguarda do movimento operário e popular, desnutrir-se das ilusões disseminadas pelo cretinismo parlamentar da esquerda reformista e construir sua própria ferramenta revolucionária de embrião de poder proletário.