COM AVAL DO ALTO COMANDO DAS FFAA NO VOTO "MINERVA" DE TOFFOLI: LULA SAI
DA PRISÃO E JÁ PREGA A CONCILIAÇÃO DE CLASSES EM UM FUTURO GOVERNO DA FRENTE
POPULAR EM 2022
Com o aval do alto comando das FFAA que avalizaram
previamente o voto de minerva do arrivista Dias Toffoli, Lula acaba de ser
liberado do cárcere em que foi mantido 580 dias por uma sórdida sentença
manipulada pelos bandidos da famigerada Lava Jato. Lula falou rapidamente, por
cerca de 10 minutos, no acampamento da vigília “Lula Livre”, em Curitiba, na
toada já de uma campanha eleitoral para presidência da república. A principal
liderança da Frente Popular atacou violentamente o “lado podre” do sistema judiciário (MP,
PF e o próprio Sérgio Moro), embora tenha afirmado que “não guarda mágoas de
ninguém”, acenando com o velho “Lulinha, paz e amor”. No outro campo político,
o da reação da direita, o Alto Comando das FFAA não se manifestou sobre a
soltura de Lula, se restringindo a um comunicado do vice-presidente, general
Mourão, com lamúrias defensivas em defesa do “Estado de Direito”. Lula anunciou
que amanhã sábado (09/11) no sindicato dos metalúrgicos do ABC, fará um
discurso mais amplo sobre a conjuntura e as perspectivas do PT. Nós, Leninistas
da LBI, que fomos a primeira corrente a denunciar a grande farsa da Lava Jato,
ainda em 2014 e apontamos a trama política do golpe parlamentar contra o
governo do PT, estamos totalmente a vontade para caracterizar a liberdade de
Lula como uma “iniciativa” da burguesia nacional para se “armar” politicamente
diante de uma possível “explosão social” fruto da crise neoliberal capitalista
que assola a maioria dos países do continente latino-americano. Nossa análise
marxista, derivada de uma deliberação institucional do STF, parte da ausência
de uma efetiva mobilização de massas para libertar Lula, ficando a cargo de um
setor da própria cúpula republicana a “missão” de revogar os atos arbitrários
da quadrilha de Moro e Dallagnol. Porém estes fatos não anulam a justeza da
defesa enfática do “Lula Livre”, que em nada significa legitimar a estratégia
de colaboração de classes do PT e sua Frente Popular (PSOL, PCdoB, PCO, etc..).
Nos próximos dias ficará mais cristalino, os passos da classe dominante diante
do ex-presidente Lula de volta ao comando pessoal da oposição burguesa, assim
como a tática política que adotará a Frente Popular no curso da ofensiva
neoliberal para suprimir as conquistas históricas do povo brasileiro. Cabe a vanguarda
do movimento operário e popular, desnutrir-se das ilusões disseminadas pelo
cretinismo parlamentar da esquerda reformista e construir sua própria
ferramenta revolucionária de embrião de poder proletário.