Em uma tentativa desesperada de encobrir sua traição
histórica a luta do proletariado boliviano ao se emblocar com a direita e o
fascismo contra o governo de colaboração de classes do MAS, o
POR boliviano resolveu atacar os “impostores que se fingem como trotskistas”
(Jornal Masas, 29/11) em uma referência indireta e furiosa a LBI que tratou de polemizar
desde o início da crise boliviana com as posição dos Loristas na Bolívia e no
Brasil, inclusive identificando um certo “desconforto” da TPOR brasileira em
aceitar a linha escandalosa do POR da Bolívia de caracterizar como uma “rebelião popular”
as manifestações reacionárias e neofascistas que desembocaram no Golpe de
Estado apoiado pelo imperialismo ianque e Bolsonaro. A seção brasileira do
CERCI defende a existência do golpe, ainda que de forma centrista colocou o
termo entre aspas em sua primeira declaração sobre a Bolívia. Segundo o POR boliviano “Son los estalinistas, los derrocados masistas y algunos impostores que fungen
como trotskistas, que hacen circular la falacia de que el POR habría
conspirado, bajo las mismas banderas, con la derecha tradicional para acabar
con un ‘gobierno progresista y antiimperialista’ que ha llevado adelante un
interesante y novedoso 'proceso de cambio' y ha transformado radicalmente la
estructura económica de este país”. Como
a LBI defendeu o Voto Nulo nas eleições de 20 de outubro (a mesma posição do
POR boliviano) e denunciou duramente as alianças de Evo com a burguesia em seus
14 anos de governo de aberta conciliação de classes, não perderemos tempo na calúnia
de explicar que jamais consideramos a gestão da centro-esquerda burguesa do MAS como "anti-imperialista que
transformou radicalmente a estrutura econômica da Bolívia". Iremos direto ao
ponto: a seita revisionista nega que houve um Golpe de Estado! Os Loristas têm essa
caracterização anti-Marxista porque participaram ativamente das marchas
reacionárias caracterizando que havia uma “rebelião popular” em curso. Essa é a
razão do POR afirmar que disputava com a direita a orientação política das
marchas, vejamos com nossos próprios olhos “Durante la última rebelión popular
que ha terminado tumbando al gobierno del MAS, nos hemos diferenciado de la
vieja derecha señalando que el objetivo no es luchar por una inexistente
democracia que es una forma de administrar el Estado burgués, sino por la
defensa de los derechos y libertades democráticas entendido como el derecho que
tienen los bolivianos a pensar y expresarse libremente, a organizarse, a vivir
en condiciones humanas, a tener acceso al agua, a la educación, a la salud,
etc.”.
O cenário armado pelo POR trata-se de uma farsa completa! Desde seu início, quando entrou em uma espécie de convulsão social devido a convocação de uma greve nacional e uma marcha para cercar La Paz, iniciativa dos governadores departamentais da oposição de direita (Santa Cruz e outros), com o apoio de Carlos Mesa e o aval da OEA, ficara evidente para os Marxistas Leninistas que estava em andamento na Bolívia um processo de desestabilização do governo Evo Morales rumo a um golpe de estado ou, no mínimo, para obrigar a convocação de novas eleições a fim de que a vitória nas urnas fosse de Mesa ou de um candidato ainda mais à direita. A famigerada OEA, que supervisionava todo o processo eleitoral, já havia “aconselhado” Morales a aceitar uma segunda volta, independente dos votos depositados nas urnas (soberania popular). Ocorreu que Carlos Mesa e o arco político da extrema direita comandado por Camacho intensificaram o cerco a Morales, com ações violentas e terroristas com incendiar as sedes de vários tribunais regionais eleitorais e locais partidários do MAS, acabando por ganhar o apoio da polícia, das FFAA e da Casa Branca, o que levou à renúncia de Morales e sua fuga covarde para o México. Registre-se que nesse contexto, o POR Lora somou suas forças (sindicais e partidárias) com a oposição de direita a Evo Morales em nome de “disputar as massas”. Por essa razão o POR cinicamente afirma “Hemos sostenido un duro combate contra todas las expresiones de la vieja derecha y la ultraderecha del Comité pro Santa Cruz al interior de los comités cívicos y de la movilización nacional”. Como não havia nada de “progressivo” nos protestos, desde a LBI alertamos como Marxistas Leninistas que estabeleceram a oposição operária e camponesa aos governos de Frente Popular, não admitir qualquer “unidade de ação” com a extrema direita para “derrubar os reformistas do poder”, como defendem os revisionistas do POR que desgraçadamente enxergam “rebeliões” dirigidas pela CIA e a OEA. Atuamos com esse princípio leninista mais uma vez na Bolívia, tudo o oposto do que fizeram os filisteus do POR que maculam a bandeira da IV Internacional! Consumado o golpe de Estado, com a covarde renúncia do presidente Evo Morales e todo seu staff político traidor, empossado fraudulentamente um governo títere do imperialismo ianque, se instalou no país uma enorme resistência espontânea de massas violentamente reprimida pelos golpistas. O POR frente a uma escolha elementar para uma corrente que se reivindica trotskista, ou seja, lutar com a forças da resistência contra o golpe (por mais heterogêneas que sejam), ou juntar-se ao bloco da reação (o que obviamente incluí o governo títere), os Loristas fixaram a segunda opção. Tanto que na sua mais recente publicação, o Jornal Masas (29/11) segue comemorando a queda de Evo pelas mãos da direita reacionária ao afirmar em letras garrafais: “Não derramamos nenhuma lágrima pela derrubada do governo impostor do MAS! Caiu como merecia: repudiado por amplos setores da massas”... Os Loristas só não dizem que foram os fascistas e o imperialismo ianque que tramaram a queda de Evo!
Triste fim do POR, organização que é a maior referência histórica de Trotskismo na Bolívia mas que sob uma direção abertamente revisionista aniquilou a trajetória de uma corrente que se orgulhava de ter tido um dirigente, Guilhermo Lora, que redatou as históricas “Teses de Pulacayo” (1946), um norte programático que apontava a necessidade da tomada de poder político para os mineiros e operários da Bolívia, todo o oposto de sua vexatória trajetória atual. Chamamos os militantes do POR boliviano, da TPOR do Brasil e demais membros do CERQUI a romperem com essa política suicida e anti-trotskista de sua direção revisionista, lutando para derrotar nas fileiras Loristas essa traição vergonhosa que macula as fileiras da IV Internacional.
O cenário armado pelo POR trata-se de uma farsa completa! Desde seu início, quando entrou em uma espécie de convulsão social devido a convocação de uma greve nacional e uma marcha para cercar La Paz, iniciativa dos governadores departamentais da oposição de direita (Santa Cruz e outros), com o apoio de Carlos Mesa e o aval da OEA, ficara evidente para os Marxistas Leninistas que estava em andamento na Bolívia um processo de desestabilização do governo Evo Morales rumo a um golpe de estado ou, no mínimo, para obrigar a convocação de novas eleições a fim de que a vitória nas urnas fosse de Mesa ou de um candidato ainda mais à direita. A famigerada OEA, que supervisionava todo o processo eleitoral, já havia “aconselhado” Morales a aceitar uma segunda volta, independente dos votos depositados nas urnas (soberania popular). Ocorreu que Carlos Mesa e o arco político da extrema direita comandado por Camacho intensificaram o cerco a Morales, com ações violentas e terroristas com incendiar as sedes de vários tribunais regionais eleitorais e locais partidários do MAS, acabando por ganhar o apoio da polícia, das FFAA e da Casa Branca, o que levou à renúncia de Morales e sua fuga covarde para o México. Registre-se que nesse contexto, o POR Lora somou suas forças (sindicais e partidárias) com a oposição de direita a Evo Morales em nome de “disputar as massas”. Por essa razão o POR cinicamente afirma “Hemos sostenido un duro combate contra todas las expresiones de la vieja derecha y la ultraderecha del Comité pro Santa Cruz al interior de los comités cívicos y de la movilización nacional”. Como não havia nada de “progressivo” nos protestos, desde a LBI alertamos como Marxistas Leninistas que estabeleceram a oposição operária e camponesa aos governos de Frente Popular, não admitir qualquer “unidade de ação” com a extrema direita para “derrubar os reformistas do poder”, como defendem os revisionistas do POR que desgraçadamente enxergam “rebeliões” dirigidas pela CIA e a OEA. Atuamos com esse princípio leninista mais uma vez na Bolívia, tudo o oposto do que fizeram os filisteus do POR que maculam a bandeira da IV Internacional! Consumado o golpe de Estado, com a covarde renúncia do presidente Evo Morales e todo seu staff político traidor, empossado fraudulentamente um governo títere do imperialismo ianque, se instalou no país uma enorme resistência espontânea de massas violentamente reprimida pelos golpistas. O POR frente a uma escolha elementar para uma corrente que se reivindica trotskista, ou seja, lutar com a forças da resistência contra o golpe (por mais heterogêneas que sejam), ou juntar-se ao bloco da reação (o que obviamente incluí o governo títere), os Loristas fixaram a segunda opção. Tanto que na sua mais recente publicação, o Jornal Masas (29/11) segue comemorando a queda de Evo pelas mãos da direita reacionária ao afirmar em letras garrafais: “Não derramamos nenhuma lágrima pela derrubada do governo impostor do MAS! Caiu como merecia: repudiado por amplos setores da massas”... Os Loristas só não dizem que foram os fascistas e o imperialismo ianque que tramaram a queda de Evo!
Triste fim do POR, organização que é a maior referência histórica de Trotskismo na Bolívia mas que sob uma direção abertamente revisionista aniquilou a trajetória de uma corrente que se orgulhava de ter tido um dirigente, Guilhermo Lora, que redatou as históricas “Teses de Pulacayo” (1946), um norte programático que apontava a necessidade da tomada de poder político para os mineiros e operários da Bolívia, todo o oposto de sua vexatória trajetória atual. Chamamos os militantes do POR boliviano, da TPOR do Brasil e demais membros do CERQUI a romperem com essa política suicida e anti-trotskista de sua direção revisionista, lutando para derrotar nas fileiras Loristas essa traição vergonhosa que macula as fileiras da IV Internacional.