TENSÃO MÁXIMA NO MAR NEGRO: RÚSSIA RESPONDE ÀS PROVOCAÇÕES DA OTAN
As tensões continuam no Mar Negro, na última terça-feira, 29 de junho, a Rússia iniciou exercícios aéreos de grande escala nesta área, isso devido à operação militar “Sea Breeze 2021” que está sendo realizada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com o apoio de vários países subalternos ao imperialismo ianque, como o Brasil inclusive. A Federação Russa indicou que o objetivo das manobras de suas tropas é avaliar a velocidade de resposta de sua poderosa força aérea. De acordo com a agência de notícias russa Interfax, Moscou deslocou cerca de 20 aviões de guerra e helicópteros, incluindo os bombardeiros Su-24, sistemas de mísseis ar-solo, S-400 Triumph e Pantsir, Su-27 e Su-30SM. Com este desdobramento, a Rússia acompanha de perto a atividade desenvolvida pela Aliança Atlântica, comandada pelos EUA, a fim de verificar se não haverá violação da fronteira do Mar Negro, como a que ocorreu com a fragata de guerra da marinha britânica.
Esses exercícios militares do imperialismo ocorrem em um momento de alta tensão entre a OTAN e a Federação Russa, especificamente em 23 de junho houve um primeiro episódio, que contou com a Frota Russa do Mar Negro e o navio de guerra britânico HMS Defender. Este último violou a fronteira russa por três quilômetros. Posteriormente, Moscou ameaçou bombardear navios britânicos no Mar Negro no caso de novas provocações. Para os britânicos, súditos de Washington, não houve violação das fronteiras russas porque eles não reconhecem a adesão da Crimeia à Rússia oficializada democraticamente em 16 de março de 2014.
A Operação Sea Breeze 2021 da Aliança Atlântica teve início na segunda-feira, 28 de junho e, segundo informações da OTAN, terminará no dia 10 de julho. A área em que a operação está sendo realizada corresponde à região noroeste do Mar Negro e sul da Ucrânia. Cerca de 17 países membros da OTAN e “aliados” participam nestes exercícios. Da mesma forma, a Sea Breeze inclui 32 navios de guerra, 40 aeronaves e cerca de 5.000 soldados. Além disso, em 26 de junho, o caça torpedeiro USS Ross chegou ao Mar Negro, que pode transportar até 56 mísseis Tomahawk. Paralelamente, o torpedeiro britânico HMS Defender e a fragata holandesa Evertsen também estão nas águas do Báltico.
Para o governo Putin, é a primeira vez que uma operação com um desdobramento deste calibre pela OTAN é registrada no Mar Negro. Por outro lado, para a subserviente Ucrânia essas manobras demonstram o apoio concreto e confiável da OTAN, reconhecendo-os como verdadeiros “pontas de lança” para iniciar uma agressão a Rússia.
As provocações que assistimos no Mar Negro são um produto direto dos vértices políticos que ocorreram recentemente, nomeadamente a cúpula do G7 no Reino Unido e a OTAN na Bélgica. Em ambas as reuniões foram produzidas as declarações finais nas quais o conceito de “Nova Ordem Mundial” é promovido, com base nos interesses diretos da governança global do capital financeiro. Em outras palavras, o imperialismo norte-americano e suas corporações econômicas estão tentando impor ao mundo sua própria dinâmica de acumulação para resgatar o cadáver do modo de produção capitalista. Como já tínhamos afirmado anteriormente a reunião ocorrida na Suíça entre o Democrata Biden e o “ditador” Putin, serviu apenas como um recado do imperialismo a Rússia: Em breve vamos atacar, mas vocês têm a oportunidade de uma rendição prévia... Putin desejou ao demente “boa sorte” no seu objetivo guerreirista, porém ordenou prontidão máxima a suas forças armadas.