quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

CHINA E EUA JUNTOS CONTRA O IÊMEN: GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO ATUA UNIDA PARA COMBATER A RESISTÊNCIA ÁRABE

O "insuspeito" Financial Times (FT) noticou ontem (23/01) que os EUA pediram à China que exorte o Irã a controlar os rebeldes houthis que atacam navios comerciais no mar Vermelho. Segundo o jornal a Casa Branca têm levantado a questão com os altos responsáveis chineses nos últimos três meses e o PCCh tem atuado nos bastidores com esse objetivo, tanto que o Iêmen está completamente isolado em sua resistência militiar contra a coalização imperialista. Como o Blog da LBI alertou os burocratas restauracionistas chineses, não condenaram os bombardeios do imperialismo ianque sobre o Iêmen, e ainda mantiveram suas críticas aos huties mesmo neste contexto de agressão de uma potência capitalista contra uma nação árabe oprimida. A razão desta conduta vergonhosa é bem simples de entender: para a burocracia chinesa a única questão que importa são os negócios que faz em conjunto com a Governança Global do Capital Financeiro. Se a combativa ação política e militar protagonizada pelo movimento dos huties “atrapalha” o comércio internacional capitalista chinês e mesmo dos EUA no Mar Vermelho, então deve ser condenada junto com a Casa Branca! Como a burocracia restauracionista chinesa é uma sócia minoritária da Governança Global do Capital Financeiro, tem que seguir sua orientação geral de acobertar os crimes hediondos sionistas e condenar a Resistência Árabe!

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A articulação diplomática dos EUA com Pequim surge em um momento em que os EUA e os aliados, em especial o Reino Unido, continuam bombardeando posições houthis no Iêmen. Uma autoridade norte-americana não identificada disse ao FT que houve "alguns sinais" de envolvimento da China na questão.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse na terça-feira (23/01) que Washington "acolheria com satisfação um papel construtivo da China, usando a influência e o acesso que sabemos que eles têm [...] ajudaria a conter o fluxo de armas e munições para os houthis".

Liu Jianchao, chefe do departamento internacional do Partido Comunista da China, que esteve em contato com funcionários norte-americanos sobre a questão, viajou ao Irã em dezembro, dias depois da cúpula bilateral entre o presidente Joe Biden e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, em São Francisco. 

O antigo especialista da CIA em China, Dennis Wilder, especialista da Universidade de Georgetown, disse ao FT que Pequim "trabalhou assiduamente" para cortejar as nações do Oriente Médio, incluindo o Irã, em busca de ganhos econômicos e geopolíticos. 

A embaixada chinesa nos EUA disse que a China está preocupada com a "escalada da tensão" no mar Vermelho. O porta-voz Liu Pengyu disse que isso serve os interesses comuns da comunidade internacional e que a China instou "as partes relevantes a desempenharem um papel construtivo e responsável na manutenção de um mar Vermelho seguro e estável".

A China convocou todos os países a trabalharem em conjunto para manter a segurança das rotas marítimas no mar Vermelho, conforme declarado pelo representante de Pequim nas Nações Unidas, Zhang Jun, durante uma sessão do Conselho de Segurança.

"A China insta todas as partes, especialmente os países importantes com influência, a desempenharem um papel construtivo e responsável e a colaborarem para manter a segurança e as rotas de navegação no mar Vermelho", afirmou o embaixador.

Como o Blog da LBI noticiou o “CC” do partido governante chinês (comunista e capitalista) manifestou-se logo após o ataque dos EUA e seus aliados contra o Iêmen: “A China espera que todas as partes envolvidas possam desempenhar um papel construtivo e responsável na manutenção da segurança e da estabilidade na região”. Seguindo a direção no mesmo covarde cinismo de um governo marionete da Governança Global do Capital Financeiro: “Apela a todas as partes envolvidas para que mantenham a calma e exerçam moderação para evitar uma nova escalada de conflitos”, anunciou a Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning. 

A preocupação “comercial” da burocracia restauracionista chinesa é bem clara: “A área do Mar Vermelho é uma importante rota comercial internacional de bens e energia, por isso a China espera que todas as partes envolvidas possam desempenhar um papel construtivo e responsável”. Nenhuma solidariedade, mesmo que formal, com a nação árabe atacada pelo imperialismo, para os cretinos “comunistas” a única preocupação é com os seus negócios e a submissão aos interesses da Goverança Global do Capital Financeiro!