domingo, 21 de janeiro de 2024

CONVERGÊNCIA SOCIALISTA DA ARGENTINA ATACA O IRÃ E HEZBOLLAH À SERVIÇO DO IMPERIALISMO: EM PLENA GUERRA DA PALESTINA MORENISTAS CONFIRMAM SER A “QUINTA COLUNA” DA CASA BRANCA 

A Convergência Socialista (CS) da Argentina confirmou sua vergonhosa condição de “Quinta Coluna” da Casa Branca ao atacar politicamente o Irã e o Hezbollah em plena Guerra da Palestina, uma prova evidente que esses Morenistas estão a serviço do imperialismo ianque e do sionismo contra a Resistência Árabe! Essa diabrite do grupo pseudo-trotrskista argentino contra o Irã e seus aliados ocorre justamente quando os EUA e Israel vem assassinando generais iranianos em Beirute e Damasco, ou seja, justamente países e organizações políticas (Hezbollah) que atuam em defesa da causa palestina contra o enclave terrorista de Israel, provendo armas, munições e apoio militar concreto ao Hamas e a Jihad em Gaza!

Para disfarçar seu papel de “Quinta Coluna” do Pentágono, a CS alega que os ataques do Irã na Síria e Iraque são contra “minorias oprimidas” em ambos países e não diretamente a alvos ligados a Israel e aos EUA. O que esses filisteus Morenistas “esquecem” é que as regiões atacas pelo Irã na Síria e no Iraque foram literalmente capturadas por grupos terroristas islâmicos e tropas dos EUA que inclusive implantaram bases militares ilegais em ambos os países. São esses territórios de “minorias oprimidas” controlados por grupos terroristas islâmicos que se aliaram as forças imperialistas que foram alvos do Irã!

Não esqueçamos que a organização terrorista Daesh, criada pelo imperialismo ianque para atacar os regimes nacionalistas burgueses, assumiu a responsabilidade pelo duplo atentado atroz na cidade iraniana de Kerman que deixou mais de 100 mortos há poucas semanas quando uma multidão estava reunida ao lado do túmulo do comandante iraniano martirizado há quatro anos, General Qasem Soleimani, deixando um saldo genocida de cerca de 300 vítimas mortas e feridas.

As regiões das “minorias oprimidas” usadas pela CS como pretexto para atacar politicamente o Irã e o Hezbollah são controladas pelo Daesh (conhecido com o rótulo de ISIS em inglês). Essa organização terrorista que junto com os Morenistas defendem o fim do governo Assad atua fundamentalmente na guerra civil da Síria, onde mesmos derrotados recebem armamento e logística financeira diretamente do enclave sionista de Israel e também da OTAN. Tem sua base militar na desértica fronteira entre a Síria e o Iraque, justamente ao lado dos postos militares norte-americanos que se apossaram ilegalmente de parte do território destes dois países.

Para a CS os “Ataques iranianos na Síria, no Iraque e no Paquistão: uma agressão reacionária, que não é contra os EUA ou Israel, mas contra as minorias oprimidas” (20/01). Algum Marxista pode acreditar em tamanha farsa? Não temos a menor dúvida que tal grupo degenerado está completamente alinhado aos EUA e Israel contra a Resistência Árabe que lançou diversas declarações denunciando os assassinatos orquestrados pelo imperialismo ianque e o sionismo contra militares iranianos. 

As organizações da Resistência Palestina lançaram recentemente notas condenando o assassinato criminoso de altos oficiais da Guarda Revolucionária Iraniana na Síria e o terrorismo do Estado sionista que os atacou. A FPLP lançou nota dizendo “A Frente Popular condena o crime sionista de assassinato contra autoridades iranianas e afirma que não ficará sem resposta” (20/01). O Hamas também pronunciou-se, afirmando “Condenamos veementemente a última agressão sionista que teve como alvo os líderes da Guarda Revolucionária Iraniana na capital síria, Damasco”. Por sua vez, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, condenou veementemente o assassinato de cinco conselheiros do Corpo da Guarda da Revolução Islâmica (IRGC) num ataque com mísseis israelenses na Síria, dizendo que tais atos “covardes” não ficarão sem resposta.

Enquanto isso a CS quer nos fazer crer que “Os ataques com mísseis do Irã – contrariamente à retórica fraudulenta do seu regime – não têm nada a ver com Israel, os Estados Unidos ou o Daseh. Teerã explora antes a indignação popular interna para atacar grupos militantes que se opõem ao regime dos mulás e demonstrar a sua força militar como potência regional”. 

Não por acaso declaram “A Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI) condena a agressão reacionária do Irã. Estes atos não contêm sequer uma sugestão de anti-imperialismo ou anti-sionismo” e por fim afirmam cinicamente “Continuamos o nosso apoio aos rebeldes na Síria que lutam contra a tirania de Assad” comprovando seu papel de “Quinta Coluna” da Casa Branca com a LBI vem denunciando desde antes da Guerra na Palestina!

Não podemos esquecer que diante da intensa polarização da luta de classes a nível mundial os Morenistas da CS/CCRI declararam “de boca” que apoiam a resistência palestina. O que esses revisionistas do trotskismo cinicamente não dizem é que juntos com Israel estão querendo derrubar os regimes nacionalistas da Síria e do Irã, os mesmos que apoiam militarmente a épica resistência palestina. Esses pseudo-trotskistas consideram que esses dois países são governados por “ditaduras sanguinárias”, copiando como papagaios a cantilena da mídia corporativa.

A CS da Argentina publicou vários artigos poucos dias antes dos ataques do Hamas contra Israel com o chamado a derrubar tanto o governo Assad como o Regime dos Aiatolás. Essa orientação suicida rompe com legado de Trotsky que defendeu incondicionalmente a frente única contra o imperialismo (e obviamente para derrotar o sionismo!), mantendo a independência política na mesma trincheira de combate para enfrentar o inimigo comum, sem abrir não de colocar-se ombro a ombro de fuzil na mão com essas direções burguesas, sejam estatais ou não!

Seguindo os passos dos outros membros da “família” Morenista, a CS afirmou “Fora o regime dos aiatolás iranianos, assassinos de mulheres e do seu povo” (22/09/2023), reivindicando a queda do regime iraniano, acusado por Israel e os EUA de fornecer treinamento militar e armas para o Hamas! A CS declara “Os trabalhadores e os povos oprimidos do Irã devem unir-se numa grande luta para acabar com a ditadura e impor uma solução democrática, através da qual os responsáveis por estes crimes sejam duramente julgados e punidos”. Biden e Netanyahu desejam ardorosamente para que a política da CS se concretize no Irã, dessa forma a resistência palestina perderia um aliado estratégico. Tais manifestações são desgraçadamente parte da guerra híbrida do imperialismo ianque e do sionismo contra o regime dos Aiatolás.

Na ausência de um partido revolucionário com peso de massas que desse um curso proletário aos protestos no Irã (hoje claramente manipulados pela CIA), a vitória das manifestações levaria a ascensão de um governo certamente bem mais alinhado à Casa Branca e Israel, inimigos mortais da causa palestina e da revolução socialista, portanto seria uma revés para a luta de libertação nacional palestina e para a estratégia comunista!

Em oposição completa a linha defendida pelos Morenistas a LBI compreende que oligarquia Assad dominante na Síria há várias décadas, controla um regime que representa uma verdadeira barreira de contenção ao expansionismo estatal sionista. Humilhado com as derrotas sofridas nas guerras contra Israel, chegando a perder parte do seu território, como as colinas de Golan, o regime Assad dedicou-se a apoiar as guerrilhas árabes anti-sionistas, como uma forma de estabelecer uma guerra não convencional com Israel, no sentido de pressionar pela devolução de seus territórios ocupados até hoje pelas forças do gendarme imperialista.

A eliminação do apoio logístico e político as guerrilhas do Hezbolah e do Hamas dado pela Síria (como defende a CS) é considerado um ponto de honra pelo staff sionista, que colocou seu aparelho de segurança militar inteiramente à disposição da oposição aos Assad. O proletariado mundial tem um campo político bem delimitado neste conflito, qual seja do lado dos combatentes palestinos e libaneses, seja ao lado do Irã e da Síria.

Os próprios combatentes palestinos, que já combateram no passado o regime burguês sírio, sabem muito bem que Assad deposto por forças pró-sionistas, como esta oposição “democrática”, significa uma vitória para Israel e um tremendo reforço na marcha imperialista para atacar o Irã, com um “corredor” aberto na Síria.

Por sua vez no caso do Irã, os genuínos Trotskistas não irão alterar sua posição programática em defesa do regime dos Aiatolás contra o imperialismo ianque e o sionismo em nome de uma “solução democrática” como defende vergonhosamente a CS e seus pares Morenistas. Não apoiaremos nenhuma manifestação pela “democracia no Irã”, no curso de uma suposta “revolta popular” (induzida pela CIA). Não custa lembrar que o enclave genocida de Israel é o principal inimigo do Regime dos Aiatolás na região, em função do apoio militar e político que Teerã tem dado ao Hamas e ao Hezbollah.

Os Marxistas Leninistas não têm a menor dúvida de que lado se postar caso se deflagre um conflito militar entre a nação oprimida do Irã e o imperialismo ianque/sionismo. Estaremos incondicionalmente ao lado do regime dos Aiatolás contra a Casa Branca, apesar do caráter burguês e teocrático do governo iraniano. Assim como na Síria, os Bolcheviques estabelecem uma frente única de ação com o nacionalismo burguês para derrotar o principal inimigo dos povos, o imperialismo!

Não esqueçamos que o objetivo central do Pentágono continua a ser desestabilizar a Síria para neutralizar o regime da oligarquia Assad, debilitar o Hezbollah, aniquilar a resistência palestina encabeçada pelo Hamas e seguir sem maiores obstáculos em seu plano de atacar Irã.

Sempre declaramos que os revolucionários não são partidários do Regime dos Aitolás no Irã, embora reconheçamos os avanços anti-imperialistas conquistados pelas massas em 1979. Sempre alertamos que a burguesia iraniana, diante de seu isolamento internacional e das sanções impostas pela ONU, estava buscando um acordo estratégico com o imperialismo ianque e europeu. Agora essa etapa se rompeu. O imperialismo ianque e Israel exigem a rendição completa do Irã, perspectiva que sofre grande resistência interna, particularmente pelas massas iranianas que viram a barbárie imposta à Líbia e a destruição em curso na Síria.

O fato desses países serem controlados por regimes burgueses nacionalistas atacados abertamente pelos EUA e Israel e que são apoiadores da causa palestina impõe ainda mais relevância nesta tarefa para os genuínos trotskistas. Não esqueçamos o que se sucedeu na Líbia de Kadaffi, onde a tal “Revolução Árabe” impôs a barbárie social e a retomada do controle pelo imperialismo ianque de partes importantes do país do Magreb africano imerso até hoje em uma guerra civil fratricida, “levante” patrocinado artificialmente pela OTAN e a CIA com o apoio entusiasta dos Morenistas.

Frente a esta situação, defendemos integralmente o direito deste país oprimido a possuir todo arsenal militar atômico ao seu alcance. É absolutamente sórdido e cretino que o imperialismo ianque e seus satélites pretendam proibir o acesso à tecnologia atômica aos países que não se alinham com a Casa Branca, quando esta arma “até os dentes” Estados gendarmes como Israel com farta munição atômica.

Como Marxistas Revolucionários não dissimulamos em um só momento o caráter burguês e obscurantista do regime nacionalista do Irã. Mas estes fatos em nada mudam a posição comunista diante de uma possível agressão imperialista contra uma nação oprimida. Não nos omitiremos de estabelecer uma unidade de ação com o Regime dos Aiatolás, diante de uma possível agressão imperialista. Por esta mesma razão, chamamos o proletariado persa a construir uma alternativa revolucionária dos trabalhadores que possa combater consequentemente o imperialismo e o sionismo pavimentando o caminho nesta trincheira de luta em defesa de um programa comunista e proletário como nos ensinou Trotsky quando deu como exemplo a hipotética unidade de ação com Getúlio Vargas no Brasil para derrotar o imperialismo britânico.

Como o grande revolucionário Trotsky afirmou no final dos anos 30 “Estaremos incondicionalmente com o fascismo de Vargas contra uma intervenção imperialista no Brasil!”. O fundador do Exército Vermelho não tinha nenhuma simpatia por Vargas porém afirmou exaustivamente que diante de um confronto entre o Imperialismo “democrático” e o “semi-fascista” Getúlio cerraria fileiras com este último.

Trotsky definiu brilhantemente a possibilidade de uma hipotética derrota do “Brasil fascista” diante da “Inglaterra democrática” e como ele os Trotskistas da LBI não têm dúvidas de que lado ficar em um conflito desta dimensão. O velho mestre nos apontava esse caminho com muita clareza e sem malabares políticos acerca de que lado estariam os revolucionários no caso de uma possível invasão de um país semicolonial pelo imperialismo: “Existe atualmente no Brasil um regime semi-fascista que qualquer revolucionário só pode encarar com ódio. Suponhamos, entretanto que, amanhã, a Inglaterra entre em conflito militar com o Brasil. Eu pergunto a você de lado que do conflito estará a classe operária? Eu responderia: nesse caso eu estaria do lado do Brasil ‘fascista’ contra a Inglaterra ‘democrática’. Por que? Porque o conflito entre os dois países não será uma questão de democracia ou fascismo. Se a Inglaterra triunfasse ela colocaria um outro fascista no Rio de Janeiro e fortaleceria o controle sobre o Brasil. No caso contrário, se o Brasil triunfasse, isso daria um poderoso impulso à consciência nacional e democrática do país e levaria à derrubada da ditadura de Vargas. A derrota da Inglaterra, ao mesmo tempo, representaria um duro golpe para o imperialismo britânico e daria um grande impulso ao movimento revolucionário do proletariado inglês. É preciso não ter nada na cabeça para reduzir os antagonismos mundiais e os conflitos militares à luta entre o fascismo e a democracia. É preciso saber distinguir os exploradores, os escravagistas e os ladrões por trás de qualquer máscara que eles utilizem!” (Entrevista com Leon Trotsky, Mateo Fossa, 23/9/1938).

Seguindo esse legado, sem depositar nenhuma confiança política no regime Assad ou mesmo dos Aitolás, os Marxistas Leninistas lutam ombro a ombro, na mesma trincheira militar, com todas as forças políticas e militares que se proponham a derrotar a ocupação sionista e o imperialismo... enquanto a CS e seus “irmãos” Morenistas se perfilam juntos de Israel e dos EUA contra a Síria e o Irã, aliados da resistência palestina!