sábado, 3 de julho de 2021

BOLSONARO E A CIA (DEEP STATE): UMA REUNIÃO PARA ENQUADRAR O NEOFASCISTA TUPINIQUIM 

William Burns, diretor da CIA, se encontrou com o presidente neofascista Bolsonaro e alguns dos seus ministros mais próximos em Brasília. O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês), William J. Burns, visitou a capital federal, Brasília, ontem, dia 1° de julho. O objetivo do “colóquio” foi encontrar-se com o Presidente da República, Jair Bolsonaro, e com os ministros-generais Luiz Eduardo Ramos, chefe da Casa Civil, e com Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).A visita de Burns foi mantida em sigilo e sua pauta não foi previamente informada, porém o novo gerente da Casa Branca, o Democrata Joe Biden, enviou um destacado membro do Deep State Ianque (Estado profundo) no sentido de enquadrar o neofascista tupiniquim na direção da Nova Ordem Mundial, que Bolsonaro ainda emite tímidos ruídos (para seu público de extrema direita) em contestar. Suas colocações contra o Grande Reset, uma herança esquálida da política Trumpista, são absolutamente impotentes e inócuas, já que não conseguem penetrar no âmago neocapitalista da Nova Ordem Mundial.

Sobre o jantar, propriamente dito, que aconteceu na residência do embaixador norte-americano Todd Chapman, em Brasília, Bolsonaro gravou um vídeo, publicado em suas redes sociais.O presidente afirmou que a conversa com o diretor da agência de “inteligência” ianque tratou especificamente de temas relacionados à situação de instabilidade pela qual passa a América do Sul, particularmente Colômbia e Venezuela, além especificamente da situação interna no Brasil.

Bolsonaro comparou a situação do Brasil com a da Bolívia e fez referência à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Nela, o ministro determinou a abertura de uma investigação para apurar a existência de uma organização criminosa digital composta por aliados de Bolsonaro que usam a estrutura pública do Palácio do Planalto, da Câmara e do Senado para atacar as instituições.

"Não vou dizer que isso foi tratado com ele (Burns), mas a gente analisa aqui na América do Sul como estão as coisas. A Venezuela a gente não aguenta falar mais, mas olha a Argentina. Para onde está indo o Chile? O que aconteceu na Bolívia? Voltou a turma do Evo Morales e mais ainda, a presidente que estava lá no mandato tampão (Jeanine Áñez) está presa, acusada de atos antidemocráticos. Estão sentindo alguma semelhança com o Brasil?", afirmou o presidente fascista.

O novo diretor da CIA, William J. Burns, foi nomeado para o cargo pelo novo gerente ianque, Biden. Burns é diplomata de carreira e chegou a ser o número dois do Departamento de Estado. Ele foi um dos responsáveis por manter negociações secretas com o Irã, as quais resultaram no acordo nuclear de 2015, no governo Barack Obama. No caso concreto do Brasil, a Burns externou seu total desacordo com a possibilidade da introdução do voto auditável, através da comprovação física do sufrágio popular. A CIA que tem acesso livre aos sistemas virtuais de totalização de votos do TSE, sendo norte-americano o software usado pela Justiça Eleitoral brasileira, teme obviamente que sua vasta rede de fraudes eletrônicas, pela via de controle nos sistemas operacionais dos países periféricos, venha a ser revelada.

Impulsionando a política imperialista, em crise de hegemonia, os EUA têm crescente preocupação com os distúrbios sociais que ameaçam seu sistema de dominação na América Latina, que vai conformando-se como o elo débil da sua cadeia de dominação do capital financeiro. A política imperialista, do tipo semicolonial, ocorre atualmente por via diplomática e política.  Desde que ficou estampado aos olhos dos povos de todo o mundo a sua participação direta nos regimes militares da segunda metade do século XX, os ianques agora buscam a “estabilidade”. Estabilidade social dos regimes burgueses para manter seu sistema imperialista opressor sobre os povos, mantendo o capitalismo parasitário atado aos regimes reacionários dos Estados latino-americanos.

Porém não se pode descartar a possibilidade de uma intervenção militar direta do Pentágono, ou mesmo um apoio logístico decisivo para um golpe fascista em nosso continente. Por isso a CIA (Deep State) continua em alerta máximo na América Latina, seja para enquadrar os governos burgueses neoliberais (direita e esquerda), ou derrubá-los violentamente quando achar necessário.