BOLSONARO E A CIA (DEEP STATE): UMA REUNIÃO PARA ENQUADRAR O
NEOFASCISTA TUPINIQUIM
William Burns, diretor da CIA, se encontrou com o presidente neofascista Bolsonaro e alguns dos seus ministros mais próximos em Brasília. O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês), William J. Burns, visitou a capital federal, Brasília, ontem, dia 1° de julho. O objetivo do “colóquio” foi encontrar-se com o Presidente da República, Jair Bolsonaro, e com os ministros-generais Luiz Eduardo Ramos, chefe da Casa Civil, e com Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).A visita de Burns foi mantida em sigilo e sua pauta não foi previamente informada, porém o novo gerente da Casa Branca, o Democrata Joe Biden, enviou um destacado membro do Deep State Ianque (Estado profundo) no sentido de enquadrar o neofascista tupiniquim na direção da Nova Ordem Mundial, que Bolsonaro ainda emite tímidos ruídos (para seu público de extrema direita) em contestar. Suas colocações contra o Grande Reset, uma herança esquálida da política Trumpista, são absolutamente impotentes e inócuas, já que não conseguem penetrar no âmago neocapitalista da Nova Ordem Mundial.
Sobre o jantar, propriamente dito, que aconteceu na
residência do embaixador norte-americano Todd Chapman, em Brasília, Bolsonaro
gravou um vídeo, publicado em suas redes sociais.O presidente afirmou que a
conversa com o diretor da agência de “inteligência” ianque tratou
especificamente de temas relacionados à situação de instabilidade pela qual
passa a América do Sul, particularmente Colômbia e Venezuela, além
especificamente da situação interna no Brasil.
Bolsonaro comparou a situação do Brasil com a da Bolívia e
fez referência à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Alexandre de Moraes. Nela, o ministro determinou a abertura de uma investigação
para apurar a existência de uma organização criminosa digital composta por
aliados de Bolsonaro que usam a estrutura pública do Palácio do Planalto, da
Câmara e do Senado para atacar as instituições.
"Não vou dizer que isso foi tratado com ele (Burns),
mas a gente analisa aqui na América do Sul como estão as coisas. A Venezuela a
gente não aguenta falar mais, mas olha a Argentina. Para onde está indo o
Chile? O que aconteceu na Bolívia? Voltou a turma do Evo Morales e mais ainda,
a presidente que estava lá no mandato tampão (Jeanine Áñez) está presa, acusada
de atos antidemocráticos. Estão sentindo alguma semelhança com o Brasil?",
afirmou o presidente fascista.
O novo diretor da CIA, William J. Burns, foi nomeado para o
cargo pelo novo gerente ianque, Biden. Burns é diplomata de carreira e chegou a
ser o número dois do Departamento de Estado. Ele foi um dos responsáveis por
manter negociações secretas com o Irã, as quais resultaram no acordo nuclear de
2015, no governo Barack Obama. No caso concreto do Brasil, a Burns externou seu
total desacordo com a possibilidade da introdução do voto auditável, através da
comprovação física do sufrágio popular. A CIA que tem acesso livre aos sistemas
virtuais de totalização de votos do TSE, sendo norte-americano o software usado
pela Justiça Eleitoral brasileira, teme obviamente que sua vasta rede de
fraudes eletrônicas, pela via de controle nos sistemas operacionais dos países
periféricos, venha a ser revelada.
Impulsionando a política imperialista, em crise de
hegemonia, os EUA têm crescente preocupação com os distúrbios sociais que
ameaçam seu sistema de dominação na América Latina, que vai conformando-se como
o elo débil da sua cadeia de dominação do capital financeiro. A política
imperialista, do tipo semicolonial, ocorre atualmente por via diplomática e
política. Desde que ficou estampado aos
olhos dos povos de todo o mundo a sua participação direta nos regimes militares
da segunda metade do século XX, os ianques agora buscam a “estabilidade”.
Estabilidade social dos regimes burgueses para manter seu sistema imperialista
opressor sobre os povos, mantendo o capitalismo parasitário atado aos regimes
reacionários dos Estados latino-americanos.
Porém não se pode descartar a possibilidade de uma
intervenção militar direta do Pentágono, ou mesmo um apoio logístico decisivo
para um golpe fascista em nosso continente. Por isso a CIA (Deep State) continua
em alerta máximo na América Latina, seja para enquadrar os governos burgueses
neoliberais (direita e esquerda), ou derrubá-los violentamente quando achar
necessário.