BRASIL VOTA COM OS EUA RESOLUÇÃO CONTRA A RÚSSIA NA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU: GOVERNO LULA AGORA É OFICIALMENTE CAPACHO DO IMPERIALISMO IANQUE
A Assembleia Geral da ONU encerrou-se nesta quinta-feira (23.02) realizando a votação de uma proposta de resolução sobre a Ucrânia. O texto articulado pelos EUA com a ajuda do governo Lula, capacho do imperialismo ianque, exige que a Rússia deixe o território ucraniano imediatamente, retirando todas as forças militares do país. Trata-se de uma condenação clara e explícita contra Putin assinada pelo Brasil. Foram 141 votos a favor, 7 contra e 32 abstenções. Os cínicos que votaram a favor “esquecem” que a Rússia foi ataca pela Ucrânia, “armada até os dentes” pela OTAN para destruir as Repúblicas Populares do Donbasss que se tornaram independentes do governo neofascista de Kiev.
Segundo o Itamaraty, dias antes da Assembleia da ONU, como demonstra a foto abaixo, “O Ministro Mauro Vieira encontrou-se, à margem da Conferência de Segurança de Munique, com o Ministro da Relações Estrangeiras da Ucrânia, Dmytro Kuleba. Os chanceleres do Brasil e a Ucrânia discutiram a situação atual da guerra, a posição brasileira sobre o conflito e a contribuição do Brasil a resolução a ser votada na Assembleia Geral da #ONU”.
O embaixador da Rússia, Vassily Nebenzia, denunciou na ONU que “os países do Ocidente tentam mobilizar os Estados-membros da ONU para uma cruzada contra a Rússia” ao submeter este projeto de resolução que, para ele, “permanece anti-russo e discriminatório”. Nebenzia alegou existir “uma campanha de difamação que consiste em acusar a Rússia de uma agressão não provocada contra seu vizinho. Para ele, isso é o resultado de uma ambição imperial, desejo de tomar posse de territórios estrangeiros e destruir a Ucrânia como tal”. O embaixador ressaltou que oito anos antes das ‘operações especiais militares russas’, o ‘nacionalismo criminoso chegava a Kiev, como resultado de um golpe anticonstitucional apoiado pelo Ocidente’, que travou uma guerra sangrenta contra os habitantes de Donbass. Para ele, contar a história “a partir de 24 de fevereiro de 2022, ignorando tudo o que aconteceu antes, é uma tentativa deliberada dos países do ocidente de enganar e ocultar as verdadeiras causas do conflito, que são fundamentais para entender as perspectivas de sua resolução pacífica”.
O governo Lula obviamente teve o “aval” das maiores potências imperialistas para incluir um trecho sobre a “cessação de hostilidades” entre Rússia e Ucrânia na resolução das Nações Unidas que marca o aniversário de um ano da guerra entre os dois países.
O objetivo dessa manobra distracionista
foi para conquistar mais apoios na Assembleia Geral da ONU. Esse foi o
patamar mais alto de votos favoráveis alcançados até agora, em cinco resoluções
aprovadas desde o começo da guerra em fevereiro de 2022, condenando a invasão
russa. Para isso usaram o fantoche vassalo Lula.
A ONU tem 193 países-membros. China, Bolívia, Cuba, Irã, Índia, África do Sul e Argélia têm adotado sistematicamente a postura de se abster nessas votações. A mesma posição é seguida por muitas nações africanas e ex-repúblicas soviéticas, além de asiáticos como Vietnã e Paquistão. Votaram corajosamente contra a Síria, Nicarágua, Bielorússia, Mali, Coreia do Norte, Eritréia além da própria Rússia.
Para angariar mais votos e criar um fato novo, as potências imperialistas decidiram propor desta vez um texto com a cínica “sugestão brasileira”. A estratégia é justamente mudar parte das abstenções e enviar a Moscou um recado de que cresce a pressão internacional. Entre outros pontos, a resolução “exorta países-membros [da ONU] e organizações internacionais a redobrar o apoio para esforços diplomáticos para alcançar uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia”, ou seja, a “paz dos cemitérios” da OTAN porque o texto reitera que a Rússia deverá “retirar imediatamente, completamente e incondicionalmente todas as suas forças militares das fronteiras internacionalmente reconhecidas” da Ucrânia. Foi nesse parágrafo que o Itamaraty atuou diretamente para acrescentar um trecho inútil e demagógico que “conclama a cessação de hostilidades” entre as partes.
Obviamente o trecho sugerido pelo governo brasileiro foi aceito por negociadores dos Estados Unidos, da União Europeia, do Japão, da Austrália e uma série de outros países. Com isso, houve consenso sobre sua incorporação ao texto votado que condena a Rússia e se alia a ofensiva da OTAN e do imperialismo ianque.