segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

REVOLUÇÃO PROLETÁRIA OU BARBÁRIE SOCIAL: CAPITALISMO ARRASTARÁ MILHÕES PARA O DESEMPREGO NESTA DÉCADA E APROFUNDARÁ AS CONTRADIÇÕES DE UMA SOCIEDADE DIVIDIDA EM CLASSES COM INTERESSES ANTAGÔNICOS E IRRECONCILIÁVEIS  

O modo de produção capitalista se tornou há décadas um fator de regressão absoluta da civilização, ameaçando a própria continuidade da vida na Terra em função da necessidade da classe dominante mundial condensada na Governança Global do capital Financeiro controlar a riqueza do planeta, deixando as amplas massas na fome, alienação e na miséria. Uma prova disso é que o relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial prevê que, até 2025, a automação e a divisão do trabalho entre humanos e máquinas fecharão 85 milhões de empregos no mundo em empresas de médio e grande porte em 15 setores e 26 economias, incluindo o Brasil.

Funções em áreas como processamento de dados, contabilidade e suporte administrativo são as que mais devem perder empregos à medida que a automação e a digitalização no local de trabalho aumentam. Mais de 80% dos executivos estão acelerando os planos para digitalizar processos de trabalho e implantar novas tecnologias, e 50% dos empregadores pretendem acelerar a automação de algumas funções. 

A criação de empregos está diminuindo, enquanto o fechamento de vagas está acelerando, o que coloca em revelo a disjuntiva “Revolução ou Barbárie”.

“A Covid-19 acelerou a chegada do futuro do trabalho”, disse Saadia Zahidi, diretora-executiva do Fórum Econômico Mundial. Segundo ela, a aceleração da automação e as consequências da recessão trazida pela pandemia aprofundaram as desigualdades existentes nos mercados de trabalho e reverteram o cenário de abertura de vagas após a crise financeira global de 2008.

Cerca de 43% das empresas pesquisadas disseram que vão reduzir sua força de trabalho devido à tecnologia, 41% planejam expandir a contratação dentro de funções especializadas e 34% pretendem aumentar a força de trabalho por causa da integração trazida pela tecnologia. Até 2025, os empregadores irão dividir igualmente o trabalho com as máquinas. As funções que potencializam as habilidades humanas serão mais demandadas. O uso de máquinas será focado principalmente no processamento de dados, tarefas administrativas e trabalhos manuais de rotina.

O levantamento é baseado em previsões de executivos de recursos humanos e estratégia de 300 empresas globais, que empregam 8 milhões de trabalhadores, além de dados do LinkedIn, Coursera, ADP Research Institute e FutureFit.AI.

O relatório mostra que quase 50% dos trabalhadores que permanecerem em suas funções nos próximos cinco anos precisarão de requalificação. A maioria dos empregadores reconhece o valor de requalificar sua força de trabalho - 66% esperam retorno sobre o investimento na qualificação e requalificação dos funcionários dentro de um ano. E também preveem realocar 46% dos trabalhadores em sua própria organização.

Os mais afetados pelas mudanças trazidas pela Covid-19 são aqueles que já estavam em desvantagem. E a desigualdade será intensificada pelo duplo impacto da tecnologia e recessão.

Nos Estados Unidos, a pandemia tirou o emprego principalmente das mulheres, mais jovens e com salários mais baixos. Na comparação com a crise financeira global de 2008, o relatório mostra que o impacto hoje é muito mais significativo e tem maior probabilidade de aprofundar as desigualdades existentes. “A pandemia afetou desproporcionalmente milhões de trabalhadores pouco qualificados”, disse Jeff Maggioncalda, CEO da Coursera.

Esse é o cenário que o capitalismo nos aponta para os próximos anos, devendo o proletariado se organizar em um partido operário mundial para liquidar esse decadente modo de produção e construir as bases para o Comunismo!