domingo, 12 de fevereiro de 2023

MRT TRANSFORMADO EM APÊNDICE DO GOVERNO DA FRENTE AMPLA: NENHUMA DENÚNCIA DO PLENO ALINHAMENTO DO VASSALO LULA AO AMO IMPERIALISTA BIDEN

O MRT, grupo satélite do PTS argentino no Brasil, lançou um artigo escandaloso intitulado “Lula com Biden: reacomodação das relações com o imperialismo norte-americano” (10.02). Nesse texto não há qualquer denúncia do alinhamento da gestão da Frente Ampla ao imperialismo ianque na visita que o petista acaba de fazer a Biden nos EUA. Ao contrário, os revisionistas celebram sua conduta: “Reunindo com Biden, na agenda de Lula houve destaque para a guerra na Ucrânia, mas também para a aproximação política com o partido democrata e seu discurso de defesa da democracia e a pauta do meio ambiente”. Com essa posição vemos a completa “acomodação” do MRT ao vassalo alinhamento de Lula ao imperialismo ianque, ainda mais que ambos convergem no apoio a Ucrânia contra a Rússia e na defesa da democracia burguesa “contra o Bolsonarismo”, usando o farsante espantalho da extrema-direita para formarem uma frente amplíssima de colaboração de classes que vai da Casa Branca até o satélite MRT!

Não por acaso o MRT escreve “Após o encontro com Biden, publicizou-se uma declaração pública com foco na condenação à Rússia e na ‘defesa da democracia’, diante dos episódios de 8 de janeiro em Brasília e da invasão do Capitólio dos EUA, em 2021. Buscam se fortalecer mutuamente contra seus opositores políticos de extrema-direita, e a condenação dos EUA às ações golpistas no Brasil e seus inúmeros sinais de advertência prévios foram um freio a qualquer aventureirismo golpista de setores do regime e inclusive segmentos militares, organicamente ligados a Washington”. Não resta a menor dúvida nestas Linhas que o grupo satélite do PTS argentino no Brasil tem plena concordância com a pauta ditada pela Governança Global do Capital Financeiro.

Por fim, diante da completa vassalagem de Lula a Biden o MRT mais uma vez nega-se a chamar a oposição operária, popular e revolucionária ao governo da Frente Ampla. Ao contrário segue a linha da suposta “independência” que como vimos não passa de um apoio envergonhado a gestão burguesa petucana. Por essa razão, declara em um vulgar distracionismo: “É fundamental erguer um programa operário independente, que responda aos grandes problemas sociais estruturais, como em especial a revogação integral de todas as reformas e privatizações, o fim do teto de gastos e o não pagamento da fraudulenta dívida pública”.

Com essa posição calhorda fica claro porque o MRT se negou a defender o voto nulo no 2º turno das eleições presidenciais: o grupo satélite do PTS não combateu frontalmente a candidatura da frente ampla burguesa para agora, depois da eleição presidencial, defender a cínica posição de “independência”, que de fato significa o apoio ao governo Lula&Alckmin mantendo a “liberdade” de criticar formalmente apenas as mais escandalosas alianças com a direita burguesa no Brasil, porém no campo internacional nem mesmo isso faz se “acomodando” ao política pró-imperialista do Lulismo de ataque a Rússia, entrega da Amazônia e defesa do identitarismo!

O MRT integra a turma dos “Lulistas acomodados”, fizeram campanha pela Frente Ampla burguesa na prática, mas não quiseram assumir sua adesão ao candidato petista, o gerente preferencial da governança global do capital financeiro que agrupou em seu apoio desde Biden, passando por rentistas como Meirelles, indo até os Morenistas do PSTU.

O mais tragicômico é que o MRT ao analisar o encontro de Lula com Biden e seus compromisso de “combate a extrema-direita” copiou toda a linha do PT alardeando que Bolsonaro representava uma “ameaça golpista” para justificar a descarada defesa do sistema eleitoral burguês fraudado que beneficiou Lula via as urnas roubotrônicas contradas pela CIA e as pesquisas “fakes” encomendadas pela grande mídia corporativa (Globo, CNN). Agora nada mais “coerente” do que se ajoelhar (reacomodar!) a conduta do domesticado “poodle” petista da Casa Branca!