terça-feira, 8 de novembro de 2022

AL GORE, PORTA-VOZ DO “ECOIMPERIALISMO” NA COP-27... COMEMORA VITÓRIA DE LULA E DEFENDE QUE BRASIL ENTREGUE AMAZÔNIA PARA “SUPERVISÃO” INTERNACIONAL

O Democrata Al Gore, porta-voz do “eco-imperialismo” na COP-27, comemorou a vitória de Lula no Brasil em seu discurso na conferência climática da ONU. Segundo ele "há apenas dias, o povo do Brasil escolheu parar a destruição da Amazônia", referindo-se ao resultado do segundo turno, em 30 de outubro. A vendida esquerda tupiniquim obviamente entrou em “orgasmo político” com a fala de Al Gore na COP-27, para esta malta de reformistas ele e Biden são aliados fiéis "democrático". Essa escória domesticada pelo capital financeiro internacional, clama cretinamente para que o governo dos EUA “proteja a Amazônia”, convocando o imperialismo para essa tarefa de “ajudar a defender as nossas matas”.

Al Gore, Biden e Lula sabem que organismos de inteligência dos EUA monitoram a região amazônica com atenção redobrada, por razões econômicas e políticas. Como essa corja reformista perdeu há muito tempo qualquer traço tênue de anti-imperialismo, saúda com entusiamo o apoio da Casa Branca a “causa amazônica”, obviamente sem qualquer denúncia dos reais interesses do imperialismo ianque nessa questão, por sinal “causa” também abraçada freneticamente pela liderança da mídia corporativa nacional, ou seja, a Famiglia Marinho.

A eleição de Lula apoiada pelos Democratas e agora amplamente comemorada pela Casa Branca põem em marcha uma operação de grande envergadura pelo controle estratégico da Amazônia pelo imperialismo, devemos ter esse foco para o combate revolucionário do proletariado brasileiro e não nos perdermos em uma demagogia barata da Frente Popular de colaboração de classes, denunciando Lula como sendo um verdadeiro estafeta do imperialismo ianque que deseja entregar a Amazônia.

Para Gore, que esteve ao lado do ex-presidente Bill Clinton nos seus dois mandatos entre 1993 e 2001, "é hora para claridade moral, e não para indiferença imprudente", ressaltando exemplos recentes que mostram haver "caminho para um futuro com esperança": Precisamos de mais [ação climática], mas temos a base para a esperança. Há apenas dias atrás o povo do Brasil escolheu parar a destruição da Amazônia. Mais cedo neste ano, o povo da Austrália escolheu começar a liderar a revolução da energia renovável. Mais cedo neste ano, líderes escolhidos pelo povo do meu país finalmente implementaram a maior e mais ambiciosa legislação ambiental da História do mundo”.

Al Gore, que perdeu para George W. Bush a contestada eleição presidencial americana de 2000, ganhou em 2007 o Prêmio Nobel da Paz em conjunto com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a organização da ONU que reúne cientista climáticos. Foi homenageado por sua contribuição para "obter e disseminar informações sobre o desafio climático". O democrata não mencionou Lula diretamente, mas citou o Brasil enquanto falava da necessidade de crescer diante de desafios e respondê-los de maneira adequada, sugerindo a "supervisão" internacional da Amazônia. 

O petista vai ao Egito entre os dias 14 e 18, sua primeira viagem internacional após a eleição, com o objetivo de reposicionar o país no debate climático após quatro anos de políticas ambientais sob o comando do presidente Jair Bolsonaro.