quarta-feira, 30 de novembro de 2022

NAS MÃOS DO “CENTRÃO”: PT APOIA O “BOLSONARISTA” LIRA EM BUSCA DE GARANTIR A GOVERNABILIDADE BURGUESA DE LULA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

 

A federação burguesa que reúne PT, PV e PCdoB anunciou nesta terça-feira (29.11) que irá apoiar a recondução do presidente da Câmara, o "Bolsonarista" e dirigente do corrupto "Centrão", Arthur Lira (PP-AL), ao cargo. Juntas, as três bancadas terão 80 deputados a partir da próxima legislatura – PT (68), PV (6) e PCdoB (6). Segundo o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), a decisão foi tomada por consenso entre os representantes dos partidos. "Nós decidimos pelo apoio à reeleição do presidente Arthur Lira, compreendendo que nós temos uma agenda de país, de reconstrução do Brasil. O próprio presidente Arthur Lira foi o primeiro a reconhecer a legitimidade das urnas, do voto popular, e nós entendemos que é fundamental essa estabilidade institucional. E que é possível construir um bloco de governo que possa dar ao país, ao presidente Lula, estabilidade, governabilidade e uma base sólida", afirmou Lopes.O apoio a Lira passa por uma articulação para garantir governabilidade burguesa para a frágil gerência petucana. A eleição para presidência da Câmara será no início de fevereiro. Formalmente, portanto, Lira já teria até agora o apoio de quase 300 deputados. Outros partidos também já sinalizaram que devem apoiar a recondução do atual presidente da Casa: PL (99 deputados) e PSD (42). 

A decisão da federação também facilita a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. As declarações de Lula e Lira unidos sobre o “Teto de Gastos” e a manutenção do “Auxílio Brasil” (Bolsa Família), seguem rigorosamente a pauta econômica que os rentistas da Governança Global do Capital Financeiro estão impondo ao novo governo da Frente Ampla burguesa de colaboração de classes. 

Inclusive o “alinhamento geral” que Lula&Alckmin enviaram em forma da PEC a ser aprovada pelo Congresso Nacional ainda este ano para garantir o programa de renda mínima (outra imposição do próprio FMI para o país) é ainda mais recessiva e comprime os gastos públicos de forma muito mais brutal do que a prevista por Bolsonaro caso fosse reeleito. 

A PEC da Transição vem com preço alto: a fim de garantir a continuidade do pífio benefício de R$600,00, não previsto no Orçamento 2022, em vez de revogar o insano teto, estão inserindo na Constituição o “Orçamento Secreto”, que permite as obscuras “emendas de relator” criadas por Lira. Tudo para manter o privilégio dos juros e demais gastos com a chamada dívida pública, que ficam fora do teto.

Lula que já governa indiretamente pela via do apoio recebido pelo “Centrão” no Congresso (Lira, Pacheco, PP, PSD já se integraram a nova “Base Aliada”), é a principal garantia do pagamento dos juros e serviços da Dívida Pública, interna e externa, que praticamente duplicou de volume com a instauração da farsa da pandemia do coronavírus, uma operação criminosa do Fórum de Davos para “quebrar as contas” dos países com a compra das vacinas inúteis, respiradores, hospitais de campanha montados para matar pessoas e principalmente com o pagamento do programa de renda mínima idealizado pelos rentistas do Clube de Bilderberg, os mesmos que criaram o manifesto do “Identitarismo” e a fraude do “Aquecimento Global”. 

O texto começa a tramitar no Senado, mas também terá que ser aprovado na Câmara nas próximas semanas. O governo espera aprovar o texto em definitivo até 16 de dezembro – quando, se não houver atrasos, também seria votado o Orçamento de 2023.