ISSO A OTANEWS NÃO MOSTRA: RÚSSIA REVELA NOVOS DETALHES DAS
ATIVIDADES BIOLÓGICAS DOS EUA
O Ministério da Defesa russo assegurou que o ex-assessor de Segurança Nacional, John Bolton, foi co-autor de um documento sobre a necessidade de criar armas biológicas para "a liderança" de Washington a nível mundial. Os países ocidentais praticamente sabotaram a votação no Conselho de Segurança da ONU sobre a investigação das atividades de biolaboratórios americanos na Ucrânia, denunciou neste sábado da Rússia o chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas, Igor Kirillov.
O militar destacou que, apesar de o Conselho não ter conseguido acionar um mecanismo para analisar os materiais apresentados por Moscou, os resultados da votação mostram que a atividade biológica da Casa Branca na Ucrânia "leva dúvidas até mesmo entre seus mais próximos aliados”.
Segundo o representante russo, a doutrina vislumbra a tentativa de Washington de interferir nos assuntos internos de outros Estados, já que os EUA estipulam responder a ameaças biológicas mesmo que surjam fora de seu território. Da mesma forma, o militar de alto escalão sustentou que, para tentar evitar acusações sobre atividades militar-biológicas, o Pentágono restringirá a participação de seus especialistas em projetos estrangeiros e optará por empreiteiros civis. Desta forma, o país pretende reforçar o seu “controle global” na matéria.
Por outro lado, muitas das atividades da Agência de Redução de Ameaças dos EUA (DTRA) são "cuidadosamente escondidas até dos próprios americanos". Entre as informações excluídas, destacam-se os resultados de experimentos biológicos na Ucrânia, disse Kirilov.
Sublinhou ainda que os dados hoje revelados confirmam a colaboração entre Kiev e Washington nesta área. "Os documentos publicados confirmam mais uma vez a cooperação entre Kiev e Washington, bem como as tentativas de estabelecer controle sobre agentes patogênicos em laboratórios ucranianos", detalhou.
Nesse contexto, a Rússia propõe retomar as negociações sobre o desenvolvimento de um protocolo à Convenção de Armas Biológicas (CABT) que leve em conta os avanços da biologia e envolva verificações efetivas, bem como a criação de um comitê para avaliar os avanços da ciência e tecnologia, com ampla representação e direitos iguais, disse ele.