NOTÍCIA DO “INSUSPEITO” WASHINGTON POST: PENTÁGONO CONFIRMA PRESENÇA DE TROPAS DOS EUA NA UCRÂNIA
Em guerras recentes, os Estados Unidos nunca anunciam a intervenção de suas tropas no exterior. Assim como na Síria, está gradualmente dosando os vazamentos, entre outras razões porque o Congresso tem que autorizar a participação em uma guerra estrangeira. É por isso que quase não há mais guerras e é por isso que há quase todos os dias. É assim que se parece a "nova ordem internacional baseada em regras". As guerras não são mais anunciadas ou autorizadas. Agora o Pentágono confirma que tem tropas no terreno na Ucrânia. Essas tropas realizam outras tarefas que não a mera segurança das embaixadas. Eles estão realizando inspeções de carregamentos de armas dos Estados Unidos, alguns dos quais caíram nas mãos do mercado negro e de organizações criminosas. Na semana passada, o Departamento de Estado e o Pentágono anunciaram um novo plano para rastrear as armas fornecidas à Ucrânia, porque eles devem prestar contas dos bilhões de dólares gastos nos últimos oito meses. “Um pequeno número de forças militares dos EUA dentro da Ucrânia começou recentemente a realizar inspeções no local para garantir que as tropas ucranianas controlem adequadamente as armas fornecidas pelo Ocidente que recebem”, diz o Washington Post.
Um relatório do Pentágono confirma que um “pequeno contingente” de tropas realizará inspeções perto da linha de frente: “O oficial, que falou sob condição de anonimato para fornecer uma atualização militar, não disse onde as inspeções estão ocorrendo ou quão perto tropas estão na linha de frente. O funcionário disse que o pessoal dos EUA não pode realizar inspeções 'perto da linha de frente', mas disse que vai onde as condições de segurança permitem.
Para evitar o mercado negro, o Pentágono está implantando novos meios de rastreamento de armas consideradas com maior risco de desvio, incluindo mísseis terra-ar Stinger e mísseis antitanque Javelin.
Várias inspeções já ocorreram, supervisionadas pelo adido de defesa dos EUA e uma equipe do Escritório de Cooperação de Defesa dos EUA com sede em Kyiv. De acordo com o Washington Post, "observadores dos EUA conduziram apenas inspeções pessoais de cerca de 10% das 22.000 armas fornecidas pelos Estados Unidos à Ucrânia".
No entanto, embora Biden descarte que as tropas tenham entrado em combate, elas já começam a reconhecer abertamente a escalada, da mesma forma que em outras zonas de guerra, como na Síria.
Se as tropas dos EUA estão inspecionando as armas e a Rússia está mirando nos estoques em que estão armazenadas , os incidentes ocorrerão em breve.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, disse que os ucranianos cooperaram como parceiros voluntários para assumir a responsabilidade pelas armas e implementar medidas para garantir uma cadeia de custódia adequada. "Embora reconheçamos a imprevisibilidade dos combates, os Estados Unidos e a Ucrânia cooperaram para evitar o desvio ilícito de armas desde que a nova invasão da Rússia começou no início deste ano", disse ele.
A medida faz parte dos esforços de Biden para neutralizar as críticas dos republicanos no Congresso, que denunciaram a proliferação de armas do Pentágono.
Esta semana, a Finlândia foi um dos primeiros países europeus a documentar a disseminação de armas fornecidas pelo Ocidente fora das fronteiras da Ucrânia e nas mãos de organizações criminosas. “Armas enviadas [por vários países] para a Ucrânia também foram encontradas na Suécia, Dinamarca e Holanda”, disse Christer Ahlgren, chefe do Bureau Nacional de Investigação da Finlândia, segundo a rádio pública Yle.
A Rússia alertou que atacará carregamentos estrangeiros de armas, comboios de transporte e estoques encontrados na Ucrânia. Não demorará muito para que o primeiro míssil atinja os inspetores dos EUA.
