sexta-feira, 4 de novembro de 2022

EQUIPE DE TRANSIÇÃO NEOLIBERAL DO GOVERNO LULA COMANDADA POR ALCKMIN... PREPARA PACOTE DE ARROCHO SALARIAL, CORTE DE VERBAS E ATAQUE AOS BENEFÍCIOS SOCIAIS

Em encontro com o relator-geral do Orçamento para 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), o vice-presidente eleito da República e coordenador da equipe de transição neoliberal do governo burguês de Lula, Geraldo Alckmin, defendeu nesta quinta-feira (3) a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição que mais se parece um pacote neoliberal. Chamada de PEC da Transição, a matéria deve dispensar excepcionalmente a União de cumprir o teto de gastos em áreas específicas de despesas mas trata-se de um pacote neoliberal de arrocho salarial, corte de verbas e ataque aos benefícios sociais promovido previamente pela gestão petucana, indicando o caminho cada vez mais a direita de agradar o "Deus Mercado" e penalizar os trabalhadores.

O Opus Dei Alckmin se reuniu na Presidência do Senado com Marcelo Castro e se encontrou com o próprio Bolsonaro. Nos próximos dias, a viabilidade da PEC da Transição será discutida com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco; da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Celso Sabino (União-PA). Na terça-feira (8), a equipe de transição volta a se reunir com o senador Marcelo Castro, ou seja, já negocia com o Centrão fisiológico e corrupto que vai integrar a base de Lula.

O coordenador da equipe de transição neoliberal afirmou ainda que é preciso assegurar recursos no Orçamento para a continuidade de obras e serviços. Segundo ele, “há necessidade de suplementação” de recursos no projeto de lei orçamentária (PLN 32/2022) encaminhado ao Congresso Nacional pelo atual governo. 

Para o relator, o projeto orçamentário atual é “seguramente o mais restritivo e o que traz mais ‘furos’ da nossa história”. Castro disse que a proposta não tem recursos suficientes para a manutenção de programas como Auxílio Brasil e Farmácia Popular, além de ações em saúde indígena. Segundo ele, "São muitas as deficiências do Orçamento. Mas temos que trabalhar dentro da realidade. De comum acordo, decidimos levar a ideia de uma PEC em caráter emergencial de transição, excepcionalizando do teto de gastos algumas despesas inadiáveis. Houve esse entendimento, agora depende de decisão do Congresso Nacional".

O governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT) participou do encontro como integrante da equipe de transição. Ele reconheceu que um dos desafios é o tempo curto para a aprovação da PEC da Transição antes do recesso parlamentar de dezembro para levar a frente o pacote neoliberal do governo petista.