quinta-feira, 24 de novembro de 2022

“GAROTADA” DO MRT É A TROPA DE CHOQUE “ESQUERDISTA” DA DEMOCRACIA DOS RICOS: DEFENDEM A HONORABILIDADE DO TSE/STF E DA LISURA DO PROCESSO ELEITORAL FRAUDULENTO DAS URNAS ROUBOTRÔNICAS. DIANTE DA DISPUTA FRATRICIDA DOS DOIS BANDOS CAPITALISTAS, OS MARXISTAS DEVEM DEFENDER A LEGITIMIDADE DAS INSTITUIÇÕES APODRECIDAS DO ESTADO BURGUÊS?

A “garotada” do MRT deu novamente o ar da graça depois das embriagadas comemorações festivas com a pequena-burguesia “prog” na Vida Madalena pela vitória eleitoral da dobradinha petucana Lula&Alckmin. Dessa vez, o MRT se fantasiou de “tropa de choque” esquerdista da democracia dos ricos. Essa “moçada”, que segue a estética e a política da esquerda “woke”, é ainda mais fiel quando se trata de ser papagaio da frente ampla burguesa na defesa das instituições carcomidas e corruptas do Estado capitalista. Saíram da toca para defender a honorabilidade do TSE e do STF como guardiões da lisura do processo eleitoral fraudulento das urnas roubotrônicas. No artigo “Sem provas, PL de Bolsonaro apresenta relatório golpista para invalidar 60% das urnas” (23.11), o Esquerda Diário denuncia o limitado e frágil questionamento ao sistema eleitoral fraudulento feito pelo partido de Bolsonaro: “O relatório apresentado pelo partido da extrema-direita contém delírios dignos da sua base bolsonarista... A questão é que foram essas mesmas urnas que elegeram a enorme bancada do PL no 1º turno. Com mais esse argumento golpista e antidemocrático o PL quer atacar o direito ao voto de milhões de pessoas”. Em resumo, o MRT empunha a defesa da vitória de Lula e do processo eleitoral fraudulento em nome de combater o Bolsonarismo e a extrema direita. Ao se postar no campo do Lulismo diante da disputa fratricida dos dois bandos capitalistas o MRT acaba por defender vergonhosamente a legitimidade das instituições apodrecidas do Estado burguês, quando a tarefa dos Marxistas Revolucionários é justamente o contrário: desmascarar o conjunto do regime da democracia fraudada, que não respeita a soberania popular e manipula os resultados eleitorais em favor do gerente que melhor defende os interesses da burguesia e do imperialismo a frente do Palácio do Planalto, no caso em questão a manipulação dos resultados eleitorais ocorrreu em benefício do arco político de colaboração de classes da Frente Ampla burguesa encabeçada por Lula (PT) no sentido de rifar o bufão reacionário da extrema-direita, que foi descartado previamente pela governança global do capital financeiro.

Em oposição a tese reformista do MRT, defendemos que o movimento operário e a esquerda revolucionária não pode admitir a o conceito da “inviolabilidade das eleições burguesas”, sob pena de não mais poder combater pela derrubada de qualquer governo eleito, seja da esquerda neoliberal burguesa ou da direita neofascista. Os Leninistas não reconhecem a "legitimidade das urnas", para nós a única legitimidade absoluta emana das mobilizações e reivindicações históricas do proletariado em direção ao socialismo.

Para os Comunistas somente o controle das organizações do movimento operário por sobre todas as instâncias da justiça eleitoral, poderia evitar a fraude e a manipulação dos resultados finais, o que logicamente contemplaria a existência do voto físico. Como se trata de uma "missão impossível" no marco institucional do regime burguês, nossa tarefa deve estar concentrada politicamente na demolição do estado capitalista (pela via da revolução socialista), e na construção de uma democracia superior baseada nos conselhos operários e populares.

Como já afirmamos, a fraude eleitoral, não nasceu com a urna eletrônica nem tampouco com as pesquisas eleitorais, é um produto histórico inerente a própria democracia burguesa. Lenin há mais de um século, estudou os mecanismos do processo eleitoral, no marco da ditadura capitalista, concluindo que seus resultados expressam sempre a forma distorcida da vontade popular.

Passadas várias décadas e distintas etapas da correlação de forças da luta de classes, podemos afirmar que hoje o processo político da fraude no interior das eleições representativas não só foi ampliado como tornou-se um sofisticado mecanismo da “indústria” eleitoral. Isto significa que as distorções políticas próprias da democracia burguesa, como o peso econômico dos candidatos ou o apoio que recebem da imprensa capitalista, agora são potenciados pela manipulação direta do voto popular.

A esquerda reformista tupiniquim como o MRT vem aceitando passiva a introdução da urna eletrônica (agora com leitura biométrica para passar confiabilidade), saudando o atual mecanismo de contagem de votos como um “avanço da modernidade”, o curioso é que países na vanguarda da eletrônica e informática, como o Japão e até mesmo os EUA, não adotaram este sistema virtual, pela insustentabilidade de sua aferição material.

Na verdade, para se instalar institucionalmente um mecanismo eleitoral fraudulento como o brasileiro, inclusive já exportado para outras semi-colônias, é necessário um amplo acordo político no seio das classes dominantes com o objetivo de estabilizar o regime burguês por um longo período. No caso de países imperialistas, com uma tradição republicana mais arraigada e sem um profundo consenso partidário no interior da burguesia, fica impraticável estabelecer a completa virtualidade do processo eleitoral.

Como Marxistas não depositamos nenhuma confiança ou credibilidade nos instrumentos e cortes da justiça eleitoral e seus “parceiros”. Desgraçadamente, a chamada “esquerda revolucionária” como o MRT e o PSTU seguiu o mesmo caminho do Lulismo e se recusa a denunciar a urna roubotrônica, como parte integrante deste grande embuste representado por este regime bastardo da democracia dos ricos e seu escopo institucional.