OEA “DESEMBARCA” NO PERU... CHEGA PARA SOCORRER PEDRO CASTILLO, O CAMBALEANTE GERENTE DA ESQUERDA BURGUESA QUE
PERDEU APOIO POPULAR AO APLICAR O AJUSTE NEOLIBERAL EXIGIDO PELAS GRANDES COPORAÇÕES CAPITALISTAS
A enorme instabilidade que abala o Peru, tornando-o praticamente ingovernável, fez com que o cambaleante Pedro Castillo apelasse vergonhosamente para a mal chamada "Carta Democrática Interamericana" da Organização dos Estados Americanos (OEA). Este verdadeiro ministério das colônias do imperialismo ianque, enviou uma delegação ao Peru nestes dias após solicitação do desgastado gerente da esquerda burguesa. O chefe do Executivo peruano pediu ajuda ao amo do norte para conter a crise política que o país enfrenta, demonstrando que é um servo da Casa Branca que perdeu totalmente o apoio de massas. A decisão foi aprovada por aclamação pelo Conselho Permanente durante sessão extraordinária em Washington por ação direta de Biden, na medida que Castillo perdeu apoio popular por aplicar o ajuste neoliberal exigido pelo rentismo e as grandes corporações.
O mandatário peruano requereu uma visita de um grupo de alto nível do organismo, prevista nos artigos 17 e 18 do documento, para lidar com a crise política no país andino. A solicitação foi aprovada em 20 de outubro e a visita se iniciou neste domingo (20). Durante a passagem pelo Peru, os integrantes da comissão vão ouvir o presidente, congressistas e membros do Ministério Público (MP) e da Defensoria Pública.
Entre as reuniões agendadas está uma com a procuradora-geral
peruana, Patricia Benavides, responsável por uma denúncia constitucional
apresentada contra o presidente que pode resultar na destituição de Castillo do
cargo. A denúncia, que avançou em subcomissão do Congresso, acusa o presidente
de organização criminosa, tráfico de influência e conluio.
Outra frente em que a oposição atua para destituir Castillo
é com uma denúncia de traição à pátria. O argumento usado na acusação — visto
como frágil até por críticos do presidente — é que o mandatário teria traído os
interesses nacionais ao acenar positivamente para o reclamo da Bolívia por uma
saída para o mar durante uma entrevista.
Para o Conselho, a resolução apoia “a preservação das instituições democráticas” no Peru seguindo assim a linha da governança global do capital financeiro que apoio gerentes da esquerda burguesa como Boric, Castillo e agora Lula (PT) no Brasil.
De acordo com a OEA, o grupo é “composto por representantes dos Estados membros, de acordo com a Carta Democrática Interamericana, para realizar uma visita ao Peru a fim de analisar a situação”. O presidente peruano solicitou que os artigos 17 e 18 da Carta Interamericana fosse ativada. O primeiro item prevê que um país pode “pedir assistência para o fortalecimento e preservação de suas instituições democráticas” caso avalie estar em risco.
O segundo autoriza visitas e diligências para averiguar a situação caso o governo local autorize. Castilho justificou a solicitação como uma forma de impedir “uma grave alteração da ordem democrática no Peru”.
Ele assumiu o comando do país em julho de 2021 para um mandato de cinco anos. Neste período, houve duas tentativas de impeachment no Congresso, onde boa parte é da oposição e perdeu o apoio de seu próprio partido, o Peru Libre, por se vender ao imperialismo ianque.