sábado, 15 de outubro de 2022

ESQUERDA DOMESTICADA NÃO QUESTIONA AS PESQUISAS ELEITORAIS MANIPULADAS: SERÁ PORQUE A FRAUDE FAVORECE A CANDIDATURA BURGUESA DE LULA (PT)?

Ao contrário do que anunciavam todas as pesquisas fraudadas encomendadas pelos bancos e a Rede Globo (Ipec, Datafolha, Quaest, Ipespe) o 1º turno das eleições presidenciais no Brasil teve como resultado oficial uma pequena diferença de pouco mais de 5% (48,4% x 43,2%) em favor da candidatura burguesa de Lula. Nas sondagens para este 2º turno as pesquisas voltam a apontar ampla vantagem para o petista (53% a 47% dos votos válidos segundo a Datafolha dos dias 13 e 14 de Outubro encomendada pela TV Globo). Mesmo essas diferenças escandalosas não fizeram a esquerda domesticada questionar a manipulação das pesquisas fraudadas. Será porque a fraude da vontade popular favorece a dobradinha Lula&Alckmin contra Bolsonaro? 

Esse arco político (que inclui correntes que se reivindicam revolucionárias como o PCO e PSTU) sequer adota o critério Leninista que as eleições apenas expressam deformadamente as tendências da luta de classes e não poder ser o elemento determinante para guiar a posição das organizações políticas que se proclamam da defesa dos interesses dos trabalhadores. Para os Marxistas Revolucionários, a fraude eleitoral não nasceu com a urna eletrônica nem tampouco com as pesquisas eleitorais, é um produto histórico inerente a própria democracia burguesa. Lênin há mais de um século, estudou os mecanismos do processo eleitoral, no marco da ditadura capitalista, concluindo que seus resultados expressam sempre a forma distorcida da vontade popular. Passadas várias décadas e distintas etapas da correlação de forças da luta de classes, podemos afirmar que hoje o processo político da fraude no interior das eleições representativas não só foi ampliado como tornou-se um sofisticado mecanismo da “indústria” eleitoral. Isto significa que as distorções políticas próprias da democracia burguesa, como o peso econômico dos candidatos ou o apoio que recebem da imprensa capitalista, agora são potenciados pela manipulação direta do voto popular.

Todo o esforço do consórcio midiático capitalista em vender antecipadamente o resultado fantasioso de que Lula (PT) estava na frente com ampla margem de votos, inclusive com grande possibilidade de ganhar no 1º turno, foi por água abaixo, virou pó! 

Essa tentativa grosseira de fraudar a vontade popular orquestrada pela Rede Globo e os rentistas que escolheram Lula mais uma vez como o gerente geral de seus negócios no Palácio do Planalto, se chocou com a realidade que estava bastante clara nas ruas, como o Blog da LBI (que defendeu ativamente o Voto Nulo no circo eleitoral fraudado) denunciou durante todo o processo da disputa presidencial. 

A candidatura burguesa de Lula-Alckmin recebeu neste 2º turno o apoio de toda a canalha neoliberal (FHC, Tebet, Marina, Ciro) além de todo arco da esquerda domesticada (PSTU, PCB e UP). Ainda assim pode ser derrotada pelo neofascista Bolsonaro mesmo com a fraude nas pesquisas manipuladas e a ajuda das urnas roubotrônicas. 

Essa quadrilha burguesa escolheu Lula porque o petista está comprometido com as metas da governança global do capital financeiro. Tal desejo, entretanto, pode não se confirmar apesar da fraude das pesquisas (como vimos no 1º turno) e mesmo acionando o mecanismo de manipulação da vontade popular via as urnas roubotrônicas (sem possibilidade de recontagem física dos votos impressos), porque Bolsonaro tem uma ampla base popular, exponenciada com o Auxílio Brasil que abarca quase 21 milhões de famílias e a redução do preço da gasolina/diesel. Em resumo com a economia apontando bons índices de crescimento Bolsonaro cresceu eleitoralmente. Sua votação tende a aumentar muito neste 2º turno no embate com a desmoralizada frente ampla burguesa. 

Desde a LBI fazemos essa caracterização porque a votação gigantesca e nacional do neofascista Bolsonaro, elegendo governadores nos principais estados (como no Sudeste) e uma forte bancada parlamentar “raiz” direitista no Congresso Nacional demonstra a força popular do bufão reacionário. 

A defesa do Voto Nulo diante das duas alas burguesas é uma posição justa diante desse cenário montado no circo eleitoral da democracia dos ricos, não existindo o "mal menor" entre ambas!

O mecanismo das pesquisas fradulentas está bastante desgastado para criar um “clamor popular” a favor de Lula, basta ver que a enquete do Ipec (ex-Ibope) que deu ontem 55% das intenções de votos válidos para Lula seguido por Bolsonaro (PL), com 45%.

Com um resultado eleitoral final ainda em aberto, há a possibilidade de Bolsonaro, mesmo não sendo o gerente preferencial da governança global do capital financeiro (que já escolheu Lula) acabar sendo reeleito por uma pequena margem de votos, ainda mais que ele e seu séquito vem dando declarações favoráveis ao sistema eleitoral após o resultado do 1º turno, com uma clara sinalização ao mercado e governança do grande capital.

Como Marxistas Revolucionários defendemos o Voto Nulo diante das duas candidaturas do regime político burguês, uma verdadeira hidra de duas cabeças, assim como o boicote ativo ao circo eleitoral da democracia dos ricos!