PSTU DECLARA VOTO EM LULA NO 2º TURNO: MORENISTAS DIZEM “ESQUEÇAM
O QUE FALEI” E ADOTAM A POLÍTICA ANTI-TROTSKISTA DO “MAL MENOR” NA DISPUTA
ENTRE DUAS CANDIDATURAS BURGUESAS INIMIGAS DOS TRABALHADORES
Esqueçam o que escrevi, desprezem o que falei. Essa é, em resumo, a posição dos Morenistas do PSTU neste 2º turno da disputa presidencial entre as candidaturas burguesas de Lula (PT) e Bolsonaro (PL) no Brasil. Se no 1º turno chamavam a “Derrotar o inominável, sim! Mas escolher mal menor, não!” (21.09), fingindo principismo e ortodoxia, portanto rechaçando o voto em Lula, agora os mesmos camaleões revisionistas afirmam justamente o contrário do que declaravam há poucos dias: “No 2º turno, quando não podemos apresentar uma candidatura independente, defendemos o voto crítico em Lula para derrotar Bolsonaro nas eleições.” (06.10). Esses farsantes lançaram a candidatura identitária de Vera apenas para consumo interno e na campanha eleitoral foram linha auxiliar do PT, aconselhando diplomaticamente Lula. Agora adotaram a política anti-Trotskista do suposto “mal menor” entre duas principais candidaturas burguesas inimigas dos trabalhadores, aderindo a dobradinha petucana no qual consideram "criticamente" aliada.
Anteriormente, o PSTU afirmava que “O que chamam de 'voto
útil', ou seja, o voto na chapa Lula-Alckmin para liquidar a fatura no primeiro
turno, é um voto inútil para a classe trabalhadora. Isso porque ele não avança
na consciência de classe, na organização e na mobilização dos trabalhadores e
trabalhadoras, os únicos que realmente podem derrotar, para valer, Bolsonaro e
resolver o desemprego, a fome e a carestia”. Mas agora dizem, para justificar sua nova posição vergonhosa, que “Bolsonaro
reivindica a ditadura militar, defende um projeto autoritário e ameaça as
liberdades democráticas. Seguir no controle do aparelho de Estado facilita seu
projeto autoritário. Por isso defendemos o voto crítico em Lula”.
Os Morenistas capitularam a pressão do PT e da candidatura
burguesa de Lula, não desejando se isolar no arco político da frente popular
que controla os sindicatos, fonte de renda parasitária da esmagadora maioria
dos seus dirigentes.
Para enganar tolos antes o PSTU afirmava que “A chapa
Lula-Alckmin sinaliza à população que basta votar para tirar Bolsonaro. E
pronto. E que os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras são os mesmos dos
banqueiros, dos grandes empresários e do agronegócio. E não antagônicos.
Inevitavelmente, contudo, um futuro governo de aliança de classes vai atacar os
trabalhadores, como o próprio Meirelles já vem adiantando, e o que pode restar
é decepção, a desorganização e a desmoralização”.
Agora, apesar de todos esses argumentos e de afirmarem que Lula e Bolsonaro não são antagônicos, o PSTU irá servilmente votar em Lula, levando a desmoralização de sua militância e demonstrando que não fazem um combate de princípios a Frente Popular.
Em
resumo, no 1º turno os Morenistas chamaram voto em Vera para marcar posição
testemunhal, no 2º turno seguem a maré reformista da frente popular escolhendo
o suposto “mal menor” burguês que na verdade é o peão preferencial do grande
capital na disputa presidencial.