REUNIÃO BLINKEN E PETRO: AGORA O IMPERIALISMO IANQUE APOSTA
SUAS FICHAS NA CENTRO-ESQUERDA BURGUESA LATINA AMERICANA
No começo de outubro, o novo presidente colombiano Gustavo Petro reuniu-se com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken. Os temas discutidos no encontro foram a implementação do “Acordo de Paz”, e o fortalecimento da “inteligência colombiana” para o suposto combate ao narcotráfico, e a migração latina para os EUA.
O Secretário de Estado dos Estados Unidos afirmou que através da inclusão étnica da USAID, será promovida a inovação na agricultura e as energias renováveis, a segurança nas zonas rurais e a redução da violência de género. O criminoso ianque agradeceu à Colômbia por conceder status de proteção temporária aos migrantes venezuelanos que chegaram ao país. Também se encontrou com a vice presidente, Francia Márquez, com quem discutiu o capítulo étnico do Acordo de Paz assinado em Havana. Ambos se manifestaram cinicamente a favor do encontro cordial e positivo para o relacionamento bilateral de dois países "soberanos" e "independentes", mesmo sendo a Colômbia uma colônia dos EUA.
Na realidade, a visita representa um “lembrete” dos Estados Unidos à Colômbia, da dominação que o país imperialista exerce sobre sua semi-colônia, que continua e se reforça com o novo governo da centro-esquerda burguesa. Apesar da presidência da Colômbia estar nas mãos de uma ala Social-Democrata reformista, as cadeias da real dependência econômica, política e militar entre o “Amo do Norte” e a Colômbia continuam a existir, apesar dos discursos demagógicos emitidos por Petro e e que são bem muito recebidos pelo governo do açougueiro Biden.
O apoio dos Estados Unidos a diferentes programas sociais,
ao Acordo de Paz, aparentemente atuando como potência benfeitora e madrinha de
um país oprimido pelo imperialismo como a Colômbia, é apenas a máscara com que,
no fundo, escondem a real dependência que existe por parte do país
sul-americano com os EUA. Com esta visita, o imperialismo ianque afunda ainda
mais as garras em sua principal presa nesta parte do mundo, e o governo
populista do” Pacto Histórico” o recebe com tapete vermelho. É assim que o
governo Petro nem sequer foi capaz de exigir que Biden retire as bases
militares que os Estados Unidos espalharam pela Colômbia e que representam de
fato, com o poder militar ianque, a interferência direta dos imperialistas
sobre a Colômbia e a América do Sul.
Os imperialistas já estão desencadeando carnificinas militares em países como a Ucrânia, em outros, avançam os preparativos para a guerra de rapinagem, como na zona fronteiriça entre China e Taiwan. O capitalismo mundial está em crise e a esquerda reformista o ajuda no auge de sua agonia terminal. Esse é o papel do governo “Pacto Histórico” com o imperialismo norte-americano nesta parte do mundo. Responde ao caráter da burguesia colombiana, lacaia do capital financeiro internacional.
Na verdade o "governo da mudança" reforça a
dominação ianque sobre a Colômbia. A classe trabalhadora deve romper essas
cadeias de dominação através de sua organização e luta direta, insurgindo-se
violentamente contra as classes dominantes, sem ilusões na Democracia dos
Ricos. A classe operária é a única capaz de levantar um Programa
verdadeiramente revolucionário que rompa pela raiz a dominação imperialista
existente.
